Em 10.02.2025 o Respeitável Irmão Carlos Fernandes dos Santos, Loja Acácia, 0177, REAA, GOB-RJ, Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, apresenta as questões seguintes:
RITUAL 2024 - ESCLARECIMENTOS
Em nossa Loja fizemos uma programação de estudos no novo Ritual, procurando dirimir possíveis dúvidas e padronizar dos entendimentos entre os Irmãos.
Logo na primeira reunião de estudos surgiram algumas dúvidas e, dentro de sua disponibilidade de tempo peço-lhe a gentileza de nos ajudar a elucidá-las:
1. O Mestre de Cerimônias, quando no cumprimento de suas funções, sem a necessidade de utilizar o seu bastão, ao se levantar para dar início à circulação em Loja precisa fazer o sinal de ordem e em seguida desfazer para iniciar a circulação? E quando retornar ao seu lugar? Necessitará também de fazer e desfazer o sinal de Ordem para poder se sentar?
2. Um Irmão que pede a palavra, seguindo os preceitos protocolares, deve se postar de pé, ficando a Ordem e cumprimentando o Ven∴ Mestre, Luzes, Autoridades e demais Irmãos. A pergunta é: Se o Ven∴ Mestre conceder ao Irmão o direito de falar sem estar a Ordem, ao término de sua fala ele ainda estará obrigado a fazer o Sinal de Ordem e desfazer para poder se sentar? Essa é uma prática que observo muito acontecer em várias Lojas que visito, mas no meu entendimento, não vejo a necessidade de repetição do protocolo para poder se sentar, já que o Irmão foi dispensado do protocolo.
3. Porque passamos a usar o Chapéu desabado no REAA do GOB?
RESPOSTAS:
Não faz nenhum Sinal. O titular simplesmente se levanta e parte em perambulação pela Loja. De retorno ao seu lugar, simplesmente senta-se. Nessa condição, não só o Mestre de Cerimônias, mas qualquer obreiro que for se levantar para empreender deslocamento, procede da mesma forma. Quem estiver em pé e parado, fica à Ord∴. Para desfazer o Sin∴ de Ord∴, faz-se pelo Sin∴ Pen∴ do grau. No mais, as saudações em Loja (pelo Sin∴) estão previstas no ritual de Aprendiz vigente, REAA, páginas 42 e 43.
Se o Venerável Mestre autorizar - o que só acontece esporadicamente - o Obreiro fala sem o Sin∴ composto, concluída a sua fala, simplesmente senta-se.
Vários rituais do GOB já preconizavam o uso do chapéu como o de 1955, 1907, 1959, 1898, 1981. Tradicionalmente, na França, berço do REAA, o Venerável Mestre já usava chapéu nos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Nos dois primeiros graus, como o rei diante dos seus súditos, apenas ele se cobria, enquanto que diante dos seus pares (Mestres), todos se cobriam. Há também o misticismo hebraico que inegavelmente influencia o REAA. Neste caso, a cobertura representa a submissão do homem ao Criador, em última análise, a cobertura evidencia que acima da mente falível do homem, está a Onisciência, Onividência e Onipresença de Deus. O chapéu negro com a aba mole, também era um elemento de disfarce, pois a aba caída escondia boa para da face e com isso ajudava a preservar a identidade do maçom, sobretudo nos períodos em que os maçons eram perseguidos por lutarem pela liberdade e por novas conquistas sociais. O fato é que o costume do uso do chapéu veio da França do século XVIII e acabou se consagrando pela Maçonaria em muitos ritos. Em várias gravuras maçônicas francesas do século XVIII e XIX é possível se encontrar maçons usando cobertura. Infelizmente o comodismo acabou deixado de lado esse artefato de cobertura da cabeça. Na intenção de reparar esse desleixo, os Rituais do REAA de 2024 no GOB resgataram o uso deste importante adereço maçônico.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR-GOB.
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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