Resumo do artigo de Kennyo Ismail
Existe uma ideia, propagada até por alguns maçons, de que "maçom não lê". Mas será que isso é realmente verdade? Afinal, os maçons são pessoas intelectualmente preparadas, com uma média de nível educacional bastante superior à sociedade em geral. Então, de onde vem essa impressão de que maçons leem pouco?
Primeiro, é importante considerar a disponibilidade de livros. Conforme dados do IBGE, apenas 28% dos municípios brasileiros possuem livrarias, e grande parte delas é segmentada, como livrarias de livros didáticos, religiosos ou jurídicos. Isso faz com que seja raro encontrar livros sobre maçonaria nas livrarias das cidades menores, onde muitas Lojas Maçônicas estão localizadas. Além disso, mesmo que a compra pela internet seja uma opção, apenas 27% dos lares brasileiros possuem acesso à internet, dificultando ainda mais o acesso ao conhecimento impresso.
Além do acesso físico aos livros, precisamos falar do próprio mercado editorial. O Brasil possui mais de 700 editoras, mas apenas algumas poucas publicam títulos específicos sobre maçonaria. Editoras como Madras, Landmark e Pensamento fazem um grande esforço para que esses livros cheguem ao público, mas, num mercado que lança dezenas de milhares de títulos por ano, nem sempre livros sobre temas maçônicos têm prioridade nas estantes das livrarias. O resultado é que muitos maçons simplesmente não têm acesso fácil a livros que os interessem.
Portanto, não é que "maçom não lê", mas sim que os livros não chegam a grande parte dos maçons. Cabe às editoras encontrar maneiras inovadoras de levar o conteúdo a esse público específico. Com maior acesso, poderíamos ter mais tiragens, livros mais baratos e, consequentemente, mais maçons lendo, aprendendo e iluminando nossa Ordem.
Fonte: Facebook_Curiosidades da Maçonaria
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