LIVRO DE PRESENÇAS E USO DE MEDALHAS
(republicação)
Em 05/07/2017 o Respeitável Irmão Marcelo Gass, Loja Tríplice Aliança, 3.277, REAA, GOB-PR, Oriente de Toledo, Estado do Paraná, solicita as informações seguintes:
1 - Sei quem fecha o Livro de presença é o Venerável Mestre em algum momento propício na Reunião. Nossa Loja fez um Livro de presenças com os nomes dos Irmãos em ordem alfabética de A até Z. Sendo que nesta lista, constam todos os Irmãos de nossa Loja, entre eles os "paraquedistas", que caiam às vezes dentro da Loja, os que estão de licença e outros. Hoje temos 52 Irmãos no quadro, e o percentual de frequência em torno de 60%. Ou seja, quase metade do Livro com os nomes, mas sem assinaturas de presença. Mesmo em ordem alfabética, o Venerável será o último a assinar onde consta seu nome? Questionei os Irmãos que com o Livro em ordem alfabética, o Venerável pode assinar por primeiro ou por último que ninguém vai saber. Gostaria de sua opinião sobre o assunto, ou se é muito preciosismo da minha parte.
2 - Em nosso Ritual, consta que os Irmãos, presentes nas Sessões Ordinárias ou Magnas, podem portar somente insígnias e condecorações relativas aso graus simbólicos.
Alguns Irmãos usam a medalha do Arco Real, e dizem que podem usá-las, pois a mesma faz parte dos graus simbólicos. Isso procede?
CONSIDERAÇÕES:
1 - O correto é que o Venerável Mestre feche as assinaturas no rol de presenças das sessões da Loja. Ele é o último que coloca manualmente o seu nome e assina. Assim, no Livro de Presenças ele será o último na sequencia dos que apõe nome na lista. Isso se justifica para que se certifique que depois dele (do Venerável) ninguém mais pode firmar o seu “ne varietur”.
Devido a esse procedimento é que os livros de frequência para as sessões maçônicas têm que ser preenchidos individualmente com o nome, grau e assinatura de cada um, na medida em que o obreiro se apresentar ao Chanceler na Sala dos Passos Perdidos antes no início da sessão.
A exceção é o Venerável Mestre que só preenche e assina o Livro no final e após o início dos trabalhos, atentando para que isso só aconteça depois de já terem ingressado os visitantes com formalidade conforme especifica o ritual, se for o caso.
Em face ao exposto, não é recomendável existirem Livros de Presença com o nome dos obreiros já impressos ou gravados e até colocados na ordem alfabética para ocasional assinatura, pois isso poderia ser um agente facilitador para eventuais fraudes atinentes à frequência – a prudência é a mãe das virtudes.
Assim, o Livro de Presenças ao ser preparado pelo Chanceler deve conter apenas a data, o tipo, o número de ordem e o grau da sessão que será realizada. As linhas devem estar em branco e serem preenchidas no ato por cada um dos quais se apresentarem quando; colocam manualmente o número sequencial do rol, o seu nome, o grau e assinatura.
O Venerável quando assinar por último o Livro inutiliza as demais linhas que não receberam preenchimento.
Quanto ao excesso de preciosismo, fique tranquilo. O Irmão está corretíssimo no seu raciocínio.
2 – Nunca! É bem clara a assertiva: nos graus simbólicos somente são permitidas insígnias e condecorações do simbolismo.
O Arco Real não faz parte do simbolismo. Quem afirmar o contrário está completamente equivocado. O franco-maçônico básico universal é composto apenas e tão somente pelos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre.
Outros graus acima desses, dependendo do Rito, são os de aperfeiçoamento, laterais, filosóficos, etc., e fazem parte de outros Corpos.
Por mais que apareçam elucubrações nesse sentido, elas nunca serão verdadeiras. Para os que duvidam, só para começar, que consultem então a Constituição do Grande Oriente do Brasil no seu Art. 2º, IV – a divisão da Maçonaria Simbólica em três graus (o grifo é meu).
T.F.A.
PEDRO JUK
Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB/PR
jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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