SESSÃO PÚBLICA - EXALTAÇÃO
(republicação)
O Respeitável Irmão Sidney Morato (ou Melo), Loja Universitária Acácia do Amazonas, 3.975, GOB-AM, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, apresenta a questão que segue:
morato.sidney@gmail.com
Gostaria de sua ajuda em alguns assuntos. Recentemente me filiei em uma Loja do Estado do Amazonas, e aqui existem algumas dúvidas e gostaria que me ajudasse a esclarecê-las.
1. Em sessão festiva de homenagem, realizamos a abertura ritualista da Loja, suprimimos a leitura da ata, expediente e vamos direto para a Ordem do dia, neste momento vamos dar entrada aos profanos, com isso pergunto: o Venerável Mestre suspende os trabalhos? Esconde-se o painel do Grau? Fecha-se o Livro da Lei e desfaz-se o Esquadro e Compasso? Depois da entrada dos profanos o culto da bandeira pode acontecer? Entendo que se o esquadro está na posição do grau sobre o Livro Lei não podemos ter a entrada de profanos e temos que realizar os sinais, por isso acredito que antes disso devemos suprimir os símbolos que nos remete a abertura da Loja enquanto estivermos suspensos e com profanos no Templo, mesmo porque se no passado o Painel era apagado acredito que hoje ele não deve ser exposto.
2. Em uma Exaltação realizamos como diz o ritual, forramos o Templo de preto, com as lágrimas e os crânios e a única iluminação foi a luz sobre a esquife e as velas do Altar e assim foi desde a abertura dos trabalhos até o encerramento, pergunto: para abertura, encerramento e culto ao pavilhão as luzes do templo deveriam estar acessas?
CONSIDERAÇÕES:
Sessão Pública – O ideal seria que essas Sessões não fossem realizadas no Templo (Sala da Loja), todavia como ela está prevista no RGF, faz-se então a abertura no Grau de Aprendiz sem a presença de não iniciados. Suprime-se a leitura da Ata, do expediente e da circulação do Saco de Propostas e Informações. Abre-se a Ordem do Dia no momento em que o Venerável deve fazer as recomendações no tocante aos sinais que serão abolidos assim que seja dado ingresso aos não iniciados (profanos). Dá-se então o ingresso aos visitantes primeiro as do sexo feminino que ocupam a Coluna do Sul e posteriormente os do sexo masculino que ocupam a Coluna do Norte. Em hipótese alguma não iniciados adentram ao Oriente. Se forem feitas homenagens ou mesmo palestras realizadas por profanos dá-se um lugar de destaque, todavia no Ocidente. A Sessão não é suspensa e nem há necessidade alguma de se fechar o Livro da Lei, cobertura do Painel, etc. Isso não revela nenhum segredo e dificilmente não iniciados entenderão a disposição da Loja, desde que não sejam executadas certas firulas dialéticas para impressionar visitantes que a bem da verdade não servem mesmo para nada. Também não se dá ingresso aos visitantes profanos sob a abóbada de aço. Normalmente dá-se ingresso ao Pavilhão Nacional depois da entrada dos convidados. Quanto a sua retirada ela e executada antes da retirada dos visitadores.
Assim que seja concluída a cerimônia de retirada do Pavilhão, desfaz-se a abóbada de aço, retiram-se os convidados e o Venerável encerra a Ordem do Dia. Faz-se então circular o Tronco de Beneficência, suprime-se a palavra, pois essa deverá ser dada aos presentes ainda por ocasião da presença dos convidados, inclusive a eles é dado o direito de falar. Ato seguido encerram-se os trabalhos na forma ritualística conforme o Ritual de Aprendiz.
A questão dos painéis desenhados e apagados no passado nada tem a ver com Sessões ditas públicas, até porque essas sessões nunca estiveram presentes nas Lojas da verdadeira Maçonaria tradicional.
Exaltação – se bem observado o Ritual em vigência, as luzes que iluminam a Sala da Loja e as Luzes litúrgicas dispostas sobre o Altar ocupado pelo Venerável e nas mesas dos Vigilantes se apagam somente durante o cerimonial de Exaltação (ver procedimentos nas notas explicativas – página 100 do Ritual antes do Companheiro ingressar para ser exaltado). A abertura da Loja, ingresso e retirada do Pavilhão Nacional, Tronco de Beneficência, Palavra sobre o Ato e o encerramento dos trabalhos são feitos com as luzes de iluminação acesas normalmente, bem como aquelas denominadas litúrgicas. Sintetizando, o ambiente ficará na penumbra a partir do momento em que o exaltando ingresse. Durante a cerimônia de Exaltação, em dado momento da exposição da Lenda (página 120 do Ritual – notas explicativas) acendem-se novamente as Luzes litúrgicas distribuídas sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre e mesas dos Vigilantes. Assim o ambiente ainda permanece na penumbra que deve seguir até o momento em que o novo Mestre é aplaudido pela Bat⸫ do Grau (página 136 do Ritual em vigência) quando a nota explicativa orienta e recomposição da Câmara do Meio no que for necessário. É bem verdade que a orientação deixa a desejar, pois deveria esclarecer que dentre as providências de recomposição está a do acendimento das luzes que iluminam o ambiente. Nesse sentido, tenho orientado que se proceda dessa maneira.
Finalizando, espero que eu não seja execrado pelos puristas de plantão por tecer comentários relativos ao Grau de Mestre.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JBNews n. 709, 05/08/2012
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