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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

LIVRE ARBÍTRIO NA MAÇONARIA

LIVRE ARBÍTRIO NA MAÇONARIA
Por Roberto Macedo Mayo
O ser humano é livre para agir e o faz aplicando o livre-arbítrio, o que implica dirigir seu comporta- mento de um extremo a outro ou de bem a mal, de acordo com as informações armazenadas a prio- ri em nosso subconsciente.
Maçonicamente falando, nosso comportamento deve buscar o equilíbrio entre esses dois extremos, para manter um equilíbrio mental. O livre arbítrio seria definido como o poder de qualquer ser humano de tomar qualquer decisão, sem qualquer impedimento.

Em outras palavras, o ser humano não tem um destino específico, indeterminado ou livre arbítrio, há um problema entre o determinismo e o livre arbítrio. O futuro pode ser moldado pelo comportamento de hoje, se não, não faria sentido, manter nosso comportamento dentro dos parâmetros ético-morais e buscar o auto-aperfeiçoamento, enquanto nós deixaríamos a vida passar diante de nós como animais, sem ser capaz de prever o futuro. Este tema está no campo da responsabilidade do homem e da utilidade do esforço diário.

É dever do maçom superar o homem comum que encontramos em todos nós, renascer e buscar em nós mesmos aquele Ser Humano que é a sua própria superação, sendo esse caminho totalmente pessoal e marcado por influências externas, mas levando aqueles que servem, descartando aqueles que não servem no caminho traçado na viagem que empreendemos. (Sarmiento. 2005: 01).

Aldo Lavagnini, com base no livre arbítrio, argumenta que, como consequência, o livre-arbítrio e a liberdade individual existem para o homem em proporção ao desenvolvimento de sua Inteligência e seu julgamento.

Para o homem inteiramente dominado por suas paixões, instintos, vícios e erros, não há livre-arbítrio, como existe para o homem iluminado e virtuoso. Os instintos e as paixões determinam constantemente suas ações, bem como as do animal, e o ligam ao jugo de uma fatalidade que é a consequência lógica ou a concatenação de causas e efeitos, isto é, a reação dupla interna e externa de toda ação.

Mas para aqueles que constantemente se esforçam para dominar suas paixões, constantemente escolhendo o mais justo, justo e elevado, o livre arbítrio, no sentido mais amplo da palavra, é uma realidade, porque através desse esforço ele se liberta do elos que ligam o homem instintivo aos seus erros e paixões: ele sabe que a verdade e a verdade o libertam. (Lavagnini. P: 42)

É um mito falar de livre-arbítrio no mundo de hoje, porque nossos comportamentos estão condicionados a controles sociais, exercidos pelo Estado, religião, mídia, propaganda, etc. Esses controles sociais sugerem indivíduos e a massa, afetando nosso livre-arbítrio, porque afetaram nossa capacidade livre de escolha.

O pesquisador Mark Hallett diz que “o livre-arbítrio não existe, mas é uma percepção, e não um poder ou uma força motriz”. As pessoas experimentam o livre arbítrio.

Tem a sensação de estar livre. Quanto mais você examina, mais você percebe que não tem, ”ele disse. Essa ideia já havia sido levantada desde que o filósofo alemão Arthur Schopenhauer disse, como Einstein, que “um ser humano pode fazer o que quer, mas não quer o que quer (1).

A Maçonaria nos ensina a sermos nós mesmos e não somos perfeitos, para sermos nosso próprio templo interior, o Mas:. Temos o potencial de criar seres humanos livres ou oprimidos, tendo que nos alimentar de pensamentos que nos ajudam a fortalecer nosso templo interior, descartando o negativo, em busca da verdade.

O Mas:. temos livre arbítrio para escolher entre virtudes e vícios, entre o bem e o mal. O estudo da simbologia maçônica, transmite sabedoria e segurança em nosso comportamento e ajuda a agredir as bordas negativas de nossa pedra bruta, facilitando a prática das virtudes, em nossa vida cotidiana. A Maçonaria exige dos seus membros evolução, ética, moralidade e colocá-la em prática, para andar em linha reta.

Finalmente, o livre-arbítrio deve ser usado sem afetar outro ser humano, que também tem a mesma liberdade de tomar decisões, porque, do contrário, estaríamos colocando nossa sobrevivência em risco, devido ao fato de que a parte lesada poderia tomar decisões prejudiciais algum de nós.

BIBLIOGRAFIA

Sarmiento Carlos. Verdade e Livre Arbítrio na busca por Mason.

Lavagnini Aldo. Maçonaria aliviada. Manual complementar. Terceira edição

Fonte: Diário Maçônico

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