São elas:
01. A representação da Lua continua em quarto-crescente, porém como vista do hemisfério Norte, o mesmo hemisfério de onde se observa a Abóbada Celeste no REAA. Nossas referências são sempre relativas à meia-esfera setentrional porque o REAA é originário da França, país situado acima da linha do equador do nosso Planeta. Como praticamos uma Maçonaria simbólica, neste caso as referências são sempre relativas ao Norte. Desse modo, toda a construção iniciática do REAA, que é um rito solar por excelência, se baseia nos ciclos da Natureza que ocorrem ao Norte da Terra. Assim, para que não se crie nenhum paradoxo ritualístico, optou-se por corrigir a posição da Lua na Abóbada Celeste, no Painel do Grau e no Retábulo do Oriente (parede situada imediatamente à retaguarda do Venerável Mestre onde ficam as duas luminárias terrestres e o Delta). Vale observar que a representação da Lua é correspondente à mesma região onde nasceu o rito. Nesse sentido, quem avistar a Lua em quarto-crescente do Norte, vê o satélite natural invertido em relação ao que se vê do Sul. Isto é, o quarto-crescente da Lua visto do Norte é parecido com a letra “D”, enquanto que ao Sul ele parece com a letra “C”. À vista disso, o novo Ritual de Aprendiz do REAA/GOB, edição 2024, traz a figura representativa da Lua que decora o Templo do REAA (Painel, Retábulo e Abóbada) como se estivesse sendo observada do hemisfério Norte. Inclusive, na página 15 deste ritual consta: “[...] e a Lua, em quarto-crescente, como vista no Hemisfério Norte, [...]” (os grifos são meus). Aproveitando o ensejo, eu gostaria de frisar que na abóbada celeste do Templo corrigiu-se também o número de estrelas que compõem a constelação da Ursa Maior (de cinco para sete estrelas) – sete de “setentrião”, corrigiu-se o conjunto estelar conhecido por Plêiades, que ficou com um total de sete estrelas, foi inserida a Estrela Polar (da constelação Ursa Menor) e, por fim, foi retirada, por não fazer parte do mapa estelar da abóbada, uma estrela de matiz vermelhado que no ritual de 2009 aparecia ao Sul, perto da frisa.
02. É também perfeitamente admissível a calça azul-marinho com o balandrau. Genericamente, a calça preta, ou azul-marinho, são compatíveis com o traje maçônico, dos quais um deles é o balandrau preto, com mangas compridas, comprimento até os tornozelos (talar) e fechado no colarinho.
03. Exatamente. Refere-se a todos os que ocupam o Oriente da Loja. Os que por deferência resolverem falar em pé (é o que a maioria faz), então devem ficar à Ordem. Existem ocasiões em que o próprio ritual determina quando se deva falar em pé no Oriente. À vista disso, falar sentado no Oriente não é propriamente uma regra, mas um costume herdado das extintas Lojas Capitulares, para as quais foram, na época, fora criado o Oriente elevado e separado.
04. Como um dos mobiliários do Templo, o Altar dos Perfumes permaneceu por ter sido consagrado pelos costumes. Atualmente, ele é, de fato, apenas um elemento decorativo remanescente da cerimônia de consagração (sagração) do Templo, cerimonial este que ocorre apenas uma vez no ambiente com a finalidade de dar dignidade ao espaço de trabalho (a Loja) – uma espécie de inauguração ritualística. Como na liturgia do puro simbolismo do REAA não existe cerimonial de acendimento das luzes, incensação de Templo, chama votiva, etc., é possível que este altar, obsoleto, com o tempo seja excluído do mobiliário da sua Loja simbólica.
05. Se a Loja ainda não estiver aberta e um retardatário pedir ingresso, o Cobr∴Int∴ comunica diretamente ao 1º Vigilante que, por sua vez, comunica ao Ven∴Mestre. Este, para não atrapalhar ainda mais a sessão, interrompida por um retardatário, dirige-se diretamente ao Cobr∴ Int∴ para as providências de costume. No caso de Loja definitivamente aberta e um retardatário pedir ingresso, o Cobr∴ Int∴, desta feita comunica ao 2º Vigilante e este ao 1º Vigilante que, por sua vez, informa ao Ven∴ Mestre. O Ven∴, visando a menor perda de tempo possível, dirige-se diretamente ao Cobr∴ Interno para determinar as providências.
06. O SOR para o REAA passará por uma reformulação completa após a distribuição total dos rituais dos três graus para todas as Lojas do GOB. As orientações atuais do SOR, que servem só para os rituais de 2009, logo serão retiradas e adequadas aos novos rituais. Deste modo, as Lojas do REAA que já receberam os novos rituais (edição de 2024) devem seguir exclusivamente os novos rituais. Já as Lojas do REAA que por ventura ainda não os receberam, devem continuar seguindo, até a chegada dos rituais de 2024, o ritual de 2009 e o seu respectivo SOR. Por fim, depois da distribuição total dos rituais de 2024 às Lojas do REAA, é que o SOR será retirado para nova redação.
07. Acredito que o Secretário Geral Adjunto para o Rito Moderno deve ter orientado para que o visitante de outro Rito deva se portar respeitando o rito da Loja visitada, ou seja, não deve interferir no andamento ritualístico dos trabalhos com práticas de outro rito, seja ele qual for – “Art. 217 do RGF: O Maçom regular tem o direito de ser admitido nas sessões que permitem visitantes até o grau simbólico que possuir. Parágrafo único – O visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que o admite em seus trabalhos (o grifo é meu) e é recebido no momento determinado pelo Ritual respectivo”. Pequenas diferenças que são encontradas entre os sinais dos diversos ritos, são toleradas. No tocante ao traje formal, o visitante se apresenta conforme o seu rito, exceto com balandrau se o rito da Loja visitada não o admitir. O que de fato um visitante não pode é se utilizar de práticas estranhas ao ritual que estiver sendo praticado pela Loja visitada naquele instante.
T.F.A.PEDRO JUK – SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com\
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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