DECORAÇÃO DO TEMPLO
(republicação)
Em 04.07.2014 o Respeitável Irmão Wolfgang Riedtmann, Coordenador da 12ª Circunscrição – GOB/SC, REAA, Loja Luz da Acácia, Oriente de Jaraguá do Sul, Estado de Santa Cataria, solicita os seguintes esclarecimentos:
tw@netuno.com.br
Em primeiro lugar quero agradecer pelas informações relativas à Abóboda Celeste que com certeza será elaborada em conformidade com as suas colocações MUITO OBRIGADO. Ainda, não querendo abusar de sua boa vontade, mas isto se faz necessário, principalmente quando se trata de uma reformar do nosso Templo, pois o mesmo foi atingido pelas cheia que aconteceram em nossa cidade, tivemos aproximadamente 2 metros de altura de água no Templo, e muita coisa foi danificada, foi uma das maiores dos últimos 60 anos, desta forma resolvemos reforma-lo e adequá-lo da forma mais correta possível. Então formamos uma comissão da qual faço parte para pesquisar o que deve ser alterado e o que pode permanecer, evidentemente surgiram algumas dúvidas entre elas:
1 – as Colunas Zodiacais se estão adequadas conforme no ritual (2009).
2 – os tamanhos dos altares do Venerável e dos Vigilantes.
3 – sanca o que nela deve fazer parte, não se encontra no ritual uma especificação.
4 – como a grade da balaustrada de ser feita se também conf. Ritual (2009).
5 – o piso em cerâmica pretos e brancos no ocidente e no oriente totalmente branco ou preto, o que não se vislumbra na planta do Templo é a Orla dentada. Enfim, com o objetivo em estarmos mais próximo possível do REAA.´..
1 – Colunas Zodiacais. Conforme o ritual em vigência (2.009) elas estão posicionadas de modo corretíssimo, ou seja: seis na parede norte (Topo do Norte) e seis na parede sul (Topo do Sul). O termo “topo” corresponde o espaço compreendido entre o canto com a parede ocidental e a balaustrada do Oriente. Não se posicionam Colunas Zodiacais no Oriente. À bem da verdade essas colunas são realmente meias-colunas que parecem brotar da parede e não possuem em hipótese alguma ordem de arquitetura como a Jônica, Dórica ou Coríntia, bem como a Compósita ou a Toscana. Geralmente nos seus capiteis estão representados os símbolos das constelações do Zodíaco, partido de Áries no Norte e canto com o Ocidente e terminando em Peixes no Sul e canto com o Ocidente. Apenas o Rito Escocês possui esse conjunto simbólico, cuja importante alegoria encerra a senda iniciática percorrida pelo Iniciado nos três Graus do franco-maçônico básico (simbolismo).
2 – Altar da Loja que é ocupado pelo Venerável Mestre deve ser em tamanho compatível com o espaço do Oriente e que nele possam ser colocadas três cadeiras – uma ao centro para o Venerável, uma à esquerda e outra à direita (cadeiras de honra) conforme especifica a sua finalidade no ritual em vigência. Já as mesas dos Vigilantes com uma cadeira cada. Para os Vigilantes o título é mesa e não altar. Para o Venerável é o Altar, porém este não é “do Venerável”, ou “de propriedade do Venerável”, senão da Loja, todavia aquele por ele ocupado. Essas mobílias não possuem tamanho específico e não estão em hipótese alguma ligados às medidas e tamanhos que possam sugerir lucubrações ocultistas.
3 – A sanca não é obrigatória na decoração simbólica do Templo. Ela é apenas um simples elemento que guarnece com adornos maçônicos o limite entre a parte superior das paredes e a base da abóbada. Geralmente a sanca é de gesso sendo adornada em relevo com motivos representativos de níveis, prumos, réguas, ramos de acácia, etc. Ela é perfeitamente dispensável se for o caso.
4 – Geralmente é um parapeito divisório com aproximadamente oitenta centímetros de altura, apoiado por uma série de balaústres (quantos forem compatíveis) que demarca o limite entre o Oriente e o Ocidente. Uma sessão no lado nordeste e outra no sudeste. Entre elas existe o espaço para ingresso e saída do quadrante oriental. É o que especifica o ritual em vigência. Não há número peculiar para a quantidade de balaústres. Nesse caso um balaústre se caracteriza por um colunelo de madeira, pedra ou metal, que sustenta, junto com outros iguais, regularmente distribuídos, uma travessa, corrimão ou peitoril.
5 – Pavimento Mosaico – Geralmente ocupa todo o Ocidente e pode ocupar o Átrio, já que o mesmo faz parte do Templo. O Átrio é a ante-sala que precede imediatamente a Sala da Loja e tem a mesma largura desta (Loja). O Ritual apenas exemplifica o espaço junto com a Sala dos Passos Perdidos – esse não é literalmente um modelo construtivo. Geralmente a Sala dos Passos Perdidos antecede o Átrio. No Átrio é que ficam as Colunas Solsticiais (B e J) ou Vestibulares (de vestíbulo=átrio). Assim a disposição do Pavimento Mosaico é oblíqua e seus quadrados brancos e pretos servem também para regular a Marcha, ou os passos do Grau e demarcam pela interseção dos seus vértices ao centro (Leste – Oeste) a linha imaginária do Equador (eixo do Templo). Pela sua disposição oblíqua (diagonal) as peças brancas e pretas que dispõem o Pavimento ao se limitarem pelas paredes e pelo Oriente formam simbolicamente a Orla. Obviamente esta é apenas uma referência ilustrativa, já que a verdadeira Orla Denteada é aquela que aparece contornando os símbolos no Painel do Grau – página 84 do ritual em vigência – a Orla faz parte do Painel, já que este é a síntese da Loja conforme o Grau simbólico.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.535 Florianópolis (SC) – quinta-feira, 27 de novembro de 2014.
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