A SALA DOS PASSOS PERDIDOS
(Recebido por emal - desconheço o autor)
Ao perguntar a um profano o que lhe vinha à mente ao ouvir a expressão “sala dos passos perdidos”, recebemos como resposta:
- “É uma expressão estranha, a primeira vista sem significado. Mas refletindo melhor, parece ser um local onde se caminha sem chegar a lugar algum”.
Isto nos faz crer que os fundadores do Parlamento Inglês, em 1296, foram felizes em escolher o nome da sala de espera, onde as pessoas aguardam uma entrevista com os parlamentares. Pois ali, as mesmas circulam sem rumo definido, sem destino exato; daí a denominação “Passos Perdidos”, ou seja, que leva a lugar nenhum.
Quando, em 1776, a Grande Loja de Londres inaugurou o primeiro Templo maçônico, foi buscar no Parlamento Inglês a forma e até o nome da sala que antecede o átrio. Como curiosidade, também as mesas dos Oficiais, a grande cadeira do Venerável Mestre e os lugares dos Irmãos nas Colunas tem a mesma origem, pois o Parlamento Inglês é cerca de 500 anos mais antigo do que o primeiro templo maçônico. Sabemos que antes as Lojas, Especulativas ou dos Aceitos, reuniam-se nas Tavernas e usavam o nome das mesmas para identificá-las (“a Loja do Ganso e da Grelha”, “a Loja da Macieira”, etc.).
Já no campo simbólico podemos concluir que, fora da disciplina maçônica, todos os passos são perdidos. Os profanos, por desconhecimento, e os maçons, por esquecimento, ao não seguirem os ensinamentos da Arte Real, andam a esmo, sem rumo. Suas ações tornam-se dispersas e os esforços vãos. Porém, ao se voltarem para a doutrina Maçônica, o Templo Interior se organiza, a “Sala dos Passos Perdidos” passa a ficar fora da construção espiritual e aí podem, unidos com os demais Irmãos, dar um destino às suas ações em prol do auto desenvolvimento moral e espiritual e do bem estar da Humanidade.
“A denominação maçônica SALA DOS PASSOS PERDIDOS, tem sua origem em uma expressão profana”. É a ante-sala do Salão de Audiências ou de Sessão: da Prefeitura de Genebra; da Câmara dos Deputados da França e do Palácio da Justiça de Paris.
A Enciclopédia MACKEY diz: O sentido maçônico desta denominação se origina no fato de que todo o passo realizado antes do ingresso na Maçonaria, ou que não se coaduna com suas Leis, deve ser considerado simbolicamente como perdido.
Nas Lojas maçônicas do Brasil como as de Paris é assim denominada a ante-sala do Templo. Também na Hungria a Maçonaria adotou denominação neste sentido. Dali esta denominação também passou a ser usada pelas Lojas da Áustria. Na Alemanha, a expressão é completamente desconhecida.
No que tange a palavra PARLAMENTO, fora o Inglês, onde efetivamente se originou no século XIII, há a contrapor que o Parlamento da Islândia, que é considerado o mais antigo, originou-se no século X.
Para concluir, no Rito Schröder, em particular, e na Alemanha, em geral, usa-se a expressão “Ante-sala do Templo”
Inicialmente, temos a Sala dos Passos Perdidos, aonde a Irmandade se reúne, sem qualquer maior preocupação.
É um local destinado a receber os visitantes, onde as pessoas podem andar livremente de um lado para outro como se fosse uma sala de espera, onde os passos não são utilizados para ir a lugar algum, ou seja, são considerados como passos perdidos.
Chega, cumprimenta a todos, reata a conversação interrompida, dá conta do que aconteceu durante a semana, toma cafezinho, brinca, trata de negócios, o Tesoureiro faz as cobranças, é assinado o Livro de Presença, enfim, uma reunião tipicamente social.
Aos poucos, no ambiente agradável de verdadeira amizade, o Mestre de Cerimônias distribui os colares, dos quais dependem as Jóias, atributo do respectivo cargo e começa a preparação para o ingresso no Templo.
A Sala dos Passos Perdidos apresenta características próprias, de molde a que um profano verifique tratar-se de uma sala “diferente” das comuns, dos lugares públicos.
Nas paredes, quadros alegóricos, estátuas, avisos, retratos de personalidades, quer maçônicas, quer históricas, de filósofos ou heróis, enfim, uma ante-sala profusamente ornamentada; mesas, cadeiras, poltronas, para emprestar um aspecto acolhedor; cortinados, lustres, tapetes, para enriquecê-la.
Forma-se o ambiente adequado e que conduza a um “bem-estar”, um refugio aonde amigos irão se abraçar.
Uma vez que todos estejam devidamente aparamentados ou revestidos com suas insígnias, são convidados pelo Mestre de Cerimônias para ingressarem no Átrio.
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