(republicação)
O Irmão Aristides Prado, Loja Dario Veloso, Oriente de Curitiba
Grande Oriente do Brasil - Paraná.
aristides@rodriguesdoprado.com.br
Segue outra dúvida que gostaria de saná-la. O que é “Due of Guard”?
RESPOSTA:
Gostaria em primeira instância
produzir o sentido do termo. Se tomado como “due of guard” em tradução simples
do inglês para o português seria “devido de guarda”, entretanto se tomado como
“due guard” a terminação se aplicaria melhor como “guarda devida”,
principalmente se relacionado à sua origem em termos de maçonaria.
“Due Guard” – a palavra “guarda” como substantivo feminino de
sentido figurado, dentre outros, exprime também aquilo que oferece benevolência
reportando-se ao afeto e a estima, enquanto que “devida” como substantivo
feminino reproduz também o que é justo e legítimo – justo afeto, estima
legítima, etc.
Em maçonaria o termo está ligado à obrigação do candidato.
Em linhas gerais na prática antiga durante a iniciação era entregue ao aspirante
o Volume da Lei Sagrada, o esquadro e o Compasso para que ele o suportasse com
a mão esquerda aberta, tendo sobre o conjunto a sua mão direita apoiada – a mão
esquerda espalmada por baixo e a mão direita da mesma forma por cima. Em
síntese era a forma de como o candidato segurava as Três Luzes Maiores durante
a sua obrigação.
É sempre bom se compreender que no passado medieval a Franco-Maçonaria
era operativa e não era costume se reunir em templos como na Moderna Maçonaria.
Sob esse feitio não existiam os tais “Altares de Juramento”. Era costume nessa
prática o Mestre da Loja entregar ao aspirante que estava ajoelhado e vendado no
centro do recinto, normalmente entre um conjugado alinhado de mesas, o conjunto
emblemático. Ao término das suas obrigações, o iniciando beijava o Volume da
Lei Sagrada.
Dado esse significado, a posição das mãos do candidato daria
origem a uma espécie de sinal denominado “due guard” , cujo sentido é o de relembrar
simbolicamente aquele solene momento - antes do “sinal penal” há que se
apresentar a guarda devida.
Por motivos óbvios não há aqui como descrever a forma de
como o sinal é executado, já que sinais, toques e palavras são verdadeiramente
segredos e só revelados aos iniciados em trabalhos cobertos.
Ainda em termos de esclarecimento, o Rito de York
(americano), porém de raiz inglesa e embasada nas antigas tradições é um dos únicos,
salvo melhor juízo, que conserva atualmente a reminiscência do “due guard”, ilustrando
ainda que o Rito de York nada tenha a ver como Trabalho de Emulação que é
praticado no Grande Oriente do Brasil com o título equivocado de York.
T.F.A.
Pedro juk - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 395 Florianópolis (SC) – 30 de setembro de 2011
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