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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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quarta-feira, 11 de julho de 2018

QUANDO NASCEU A MAÇONARIA

QUANDO NASCEU A MAÇONARIA

Quem pergunta quer saber. Acontece que sobre a Maçonaria irá depender de quem a der. A explicação e justificativa para várias indicações de sua origem está nas correntes de pensamento adotados.

Saibamos todos que a Maçonaria é uma instituição iniciática e como tal guarda segredos, transmitidos apenas oralmente, jamais escritos, e que permanecem indefinidamente entre seus membros ativos. Não é pois de se estranhar a existência de dúvidas e divergências quanto a datas, bem como ritos.

Adotamos, sistematicamente e sinteticamente, duas grandes correntes:

PRIMEIRO – os que se baseiam em suposições, divididos e classificados em três grandes grupos, que são:

1º) Pretendem remontar as origens da Maçonaria ao Princípio do Mundo. Não sabem provar, nem comprovar coisa nenhuma. Simplesmente acreditam e exigem que todos faça o mesmo, sem questionar.

2º) Para escritores do século XIX, mais zelosos pela exatidão, pesquisando literatura, história, principalmente cronologia bíblica, chegam à conclusão de ter havido três personagens como possíveis pais da Maçonaria: Moisés, Abraão, Salomão.

Moisés, educado na corte do Egito.
Abraão, de Ur, na Caldéia;
Salomão, rei de Israel, responsável pela construção do Templo de Jerusalém.

Há, quanto a esses personagens, razões pró, e, certos reparos, Abraão é o patriarca sobre quem pouco se sabe, fora dos relatos bíblicos. Moisés é o guia do Povo de Deus, também sem maiores esclarecimentos, além de sua missão ordenada pelo Pai do Céu.

Salomão, rei de Israel, seria o mais provável, vez que no Rito Escocês Antigo e Aceito, os manuais fazem referências

3º) Dentre os escritores do século XIX, aparecem os que fundamentam nas “Lendas do Artesanato”.

SEGUNDO – os que se intitulam de Escolas do pensamento maçônico agrupadas em quatro principais:

Escola Autêntica– surgiu no século XIX. Aparecem em meados do século. Deram-se ao trabalho de pesquisar: arquivos, atas de lojas maçônicas, sentenças judiciais, registros vários, assentamentos históricos, buscando tudo que pudesse projetar luz sobre as origens da Maçonaria. Os adeptos dessa escola publicaram livros. Antes de 1598 já encontraram atas de reuniões da maçonaria. Assim, não há definição, mas aproximação para remontar o começo da maçonaria para mais ou menos na Idade Média.

Escola Antropológica– essa escola busca as descobertas antropológicas e faz comparações com costumes iniciáticos de povos antigos, examina símbolos em pinturas murais. Acharam entre os povos africanos e australianos muitos gestos usados pelas Lojas maçônicas. Mas as semelhanças não são exclusivas. Há evidências de tais Sinais e Ritos na Índia, Síria, Egito, China, México, e até na Itália (Roma).

Escola Mística – cujo objetivo máximo é a união com Deus; essa união deve ser consciente. Não se preocupam com as origens, contentam-se com aceitar parentesco com os antigos mistérios.

Escola Oculta– tem objetivos semelhantes aos da escola Mística, diferenciando-se pela magia nos ritos que se utilizam dos espíritos , bens de nominados anjos e mais espíritos de mundo invisível. Para os ocultistas o mundo é governado pelo Altíssimo (o Grande Arquiteto do Universo) através da fraternidade adeptos que atingiram a união com o divino, mas permanecem na terra para guiar a humanidade. Acreditam terem sido fundadas pelos ocultistas todas as religiões existentes no mundo. É pelo estudo de seus arquivos que se chega ao conhecimento do homem das cavernas, das civilizações antigas, remontando ao Egito, berço da Maçonaria pela Loja Branca, responsável pelas glórias do mundo antigo.

Concluindo: a resposta satisfatória à pergunta “Quando nasceu a Maçonaria?” irá depender da filiação de quem responder. Uma coisa é certa, Maçonaria não é religião, muito embora se assemelhe à religião. Exige de seus membros o esforço do aprimoramento pela fraternidade e pelo aperfeiçoamento da pessoa.

MARCELINO JUAN LLOSA RODRIGUES
Delegado da 6ª Região do Grão Mestrado do GOESC
Loja XV de Novembro
Oriente de Caçador
Jornal Gazeta Sul
Caçador, 24 de abril de 1998.

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