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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 14 de junho de 2011

LITURGIA E RITUALÍSTICA

(Curso Básico de Liturgia e Ritualística – José Castellani)

Conceituação

Rito é o cerimonial próprio de um culto, ou de uma sociedade, determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia; por extensão, designa culto, religião, seita.

Ritual é tudo o que é relativo a rito, ou que contém ritos; é também, o livro que contém a ordem e a forma das cerimônias, religiosas ou não, com as palavras (ou, também, orações) que devem acompanhá-las; mais extensamente, refere-se a qualquer cerimonial ou a um conjunto de regras a seguir.

Ritualística é tudo aquilo que é relativo ao ritual, ao rito, ou ao ritualista. Não pode ser confundido com ritualismo, que é o sistema dos que se apegam a ritos, (como ritualista é aquele que é apegado a ritos).

Liturgia é termo mais aplicado à religião e designa a forma e a ordem, aprovadas pela autoridade eclesiástica, para celebrar os ofícios divinos, especialmente o da missa. Todavia, pela própria etimologia da palavra (originada do grego leitourgia = função pública), qualquer sociedade que realize um cerimonial, seja público, ou apenas reservado aos seus adeptos, em que exista uma ordenação e uma determinada forma de desenvolvimento da cerimônia, estará exercendo uma função litúrgica.

O cerimonial de rito maçônico é o seu ritual, que , na atualidade designa, realmente, o livro que contém a ordem e a forma das cerimônias.

Os rituais maçônicos, independentemente de ritos, mostram elementos de História, de Misticismo, de Metafísica e de Ciência das antigas civilizações, que tanta influência exercem sobre o mundo atual e que concentravam, por volta do século II a.C., em torno do mar Mediterrâneo, às margens do rio Nilo e à volta dos rios Tigre e Eufrates, ocupando a Ásia Menor, a África e a Europa Oriental.

Toques, sinais e palavras

Os toques, sinais e palavras de senha têm origem nas corporações de ofício da Idade Média, assim como as muitas orações e invocações (que são em maior ou menor grau, dependendo do rito), já que essas corporações viviam sob a tutela da Igreja medieval.

As palavras, todavia, tanto as Sagradas, como as de Passe, em todos os ritos, são todas hebraicas e relacionadas com o Templo de Jerusalém, com o trabalho artesanal, com passagens na história hebraica (todas de fonte bíblica), ou com a lenda do 3° grau, relativa a Hiram Abi, responsável pela confecção e entalhe dos objetos metálicos do Templo de Jerusalém (colunas, mar de bronze, bacias, etc.), mas que , na lenda foi o construtor do templo.

O Cortejo de entrada

O cortejo, com duas fileiras de componentes, formado para dar entrada no Templo tem a sua principal origem nos hábitos das antigas cortes reais; durante audiências públicas e recepções, as pessoas adentravam o salão (de audiências, ou de festas), formando duas fileiras, um de cada lado da passagem, no meio das quais passavam, devidamente anunciados pelo arauto, o rei, a rainha e, eventualmente, ministros mais importantes, dirigindo-se, todos, para o fundo da sala, onde o casal real (ou só rei, nas audiências) subia aos tronos, ali colocados, enquanto os ministros presentes ocupavam um plano inferior.

É por isso que, na maior parte dos ritos, as fileiras do norte e do sul, abertas, respectivamente, pelos Aprendizes e Companheiros, seguidos pelos Mestres e com os respectivos Vigilantes, o Venerável; este, com todos os presentes já postados (e em pé) em seus lugares, nas Colunas, passa entre eles, indo até o Trono.

Circulação no Templo

A circulação é feita no sentido horário, ou seja, da esquerda para a direita, contornando o Painel da Loja, simbolizando, no caso, a marcha do sol e significnado que o maçom sempre caminha em direção à luz.

Isso tem uma profunda origem histórica e mística, pois desde a Pré- história, o homem interrogava as forças cósmicas e, olhando para o céu, via os astros e os considerava como seres sobrenaturais, como deuses, que dirigiam o moldavam a sua vida. Entre esse astros celestes, o que sempre lhe chamou mais a atenção foi o Sol, por ser o mais evidente e ofuscante, por dar o conforto da luz e do calor, por fazer germinar os vegetais, base da alimentação, por ser, enfim, a fonte da vida.

Abertura dos trabalhos

A real abertura dos trabalhos ocorre quando são colocados na posição apropriada, as Três Grandes Luzes Emblemáticas da Maçonaria, ou seja: o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso. A presença do Esquadro e do Compasso é sempre constante e igual, de acordo com o grau em que a Oficina trabalha.

Essa abertura é feita, na maior parte dos ritos, por um Mestre Instalado, de preferência o ex-Venerável mais recente, mas no Rito Escocês Antigo e Aceito, essa incumbência é dada ao Orador.

Circulação de Troncos e Bolsas de Propostas

A circulação do Tronco de Solidariedade (ou de Beneficência) e da Bolsa (ou Sacola, ou Saco) de Propostas e Informações quando feita com as devidas formalidades ritualísticas, é a seguinte:

São atendidos, pela ordem: o Venerável, o 1° Vigilante, o 2° Vigilante, o Orador, o Secretário, o Cobridor Interno, o Cobridor Externo (se a Loja o tiver), os Irmãos postados no Oriente, os Mestres da Coluna do Sul, os Mestres da Coluna do Norte, os Companheiros e finalmente, os Aprendizes.

Pode-se notar que no início dessa circulação é formada, pelo Oficial circulante (Mestre de Cerimônias, ou Hospitaleiro), uma estrela de seis pontas, com dois triângulos entrecruzados, sendo, o de ápice superior, formado pelo Venerável e pelos dois Vigilantes, enquanto que o de ápice inferior é formado pelo Orador, pelo Secretário e pelo Cobridor. Essa estrela de seis pontas que no Rito de York é chamada de Estrela Flamejante. É um antiqüíssimo símbolo, que foi aproveitado pelos hebreus e foi sempre importante no judaísmo, sob o nome de Estrela de Davi. Como símbolo bem antigo, ela tem dupla interpretação esotérica:

Os dois triângulos representam as duas naturezas humanas, masculina e feminina, que se interpenetram e se harmonizam, formando uma figura inteiramente nova, embora ambos os princípios originais conservem a sua individualidade. Graças a isso, a estrela (formada por dois triângulos eqüiláteros) é considerada como o símbolo do matrimônio perfeito e, por extensão, a eternidade, pela perpetuação da espécie, já que simboliza o macho e a fêmea que se unem para formar um novo ser (é a figura inteiramente nova, a estrela), sem perder a sua individualidade (os dois triângulos).

Representa a relação Espírito-Matéria, como segue: o triangulo de ápice superior representa os atributos da espiritualidade, enquanto que o triangulo de ápice inferior simboliza os atributos da meterialidade.

Na administração de uma Oficina, o Venerável e os Vigilantes representam o triangulo da espiritualidade, pois a eles compete a condução espiritual da Loja; o Orador, o Secretário e o Cobridor simbolizam o triangulo da materialidade, pois a eles compete a execução das atividades materiais da Oficina (peças de arquitetura, interpretação da lei, redação das atas, expedientes e segurança do templo). Assim ao atender, inicialmente, ao Venerável, aos Vigilantes, ao Orador, ao Secretário e ao Cobridor, o Mestre de Cerimônias estará atingindo os três ângulos de cada triangulo e formando o antigo símbolo da estrela hexagonal.

O Rito Escocês Antigo e Aceito

O escocesismo nasceu na França como Maçonaria stuarista (referente à dinastia dos Stuart, da Inglaterra e da Escócia).

Em 1649, depois da vitória na Inglaterra, da reforma puritana de Oliver Cromwell, rei Carlos I, da dinastia dos Stuart, era decapitado e a sua viúva, Henriqueta de França, filha de Henrique IV e de Maria de Médicis, aceitava do rei francês Luis XIV, o asilo político no castelo de Saint-Germain, onde não tardaram a juntar-se a ela muitos membros da nobreza escocesa e inglesa que passaram a preparar a reação contra Cromwell. Esses nobres, precavendo-se contra os elementos hostis à dinastias stuarista, abrigavam- se sob a capa das Lojas maçônicas, sob cujo caráter secreto podiam, sem grandes riscos, comunicar-se com seus partidários na Inglaterra e tramar a derrubada do regime de Cromwell, o que conseguiriam.

Em 1661, às vésperas de subir ao trono inglês, Carlos II criou em Saint-Germain, um regimento com o título de Real Irlandês, que depois seria alterado para Guardas Irlandeses. Esse regimento criou uma Loja, cujos documentos chegaram até à atualidade. No dia 13 de março de 1777, o Grande Oriente de França admitiu que a constituição dessa Loja datava de 25 de março de 1688, sendo, portanto, a única Loja do século XVII cujos vestígios chegaram à época atual, acreditando-se, todavia, que os stuaristas tenham criado outras Lojas em território francês, principalmente a partir de um segundo regimento, formado em Saint-Germain, com integrantes escoceses e irlandeses.

Muitos autores situam a fundação da primeira Loja stuarista em 1689, em Saint-Germain-em-Laye, sede da corte de Jaime II, que foi o sucessor de Carlos II e acabou sendo expulso da Inglaterra após a revolta de 1688. Essa Loja teria sido fundada pelo regimento irlandês Walsh de infantaria, tornando-se, então, a primeira loja jacobita (jacobita foi o nome dado, na Inglaterra, após a revolta de 1688, aos partidários da casa real dos Stuarts, principalmente dos regimentos escoceses e irlandeses compostos, em sua grande maioria, por católicos). Daí a origem católica do rito, ao contrário do York, cuja origem é anglicana.

Desde a criação da Grande Loja de Londres, em 1717, desenvolveram-se na França, dois ramos distintos da Maçonaria: um inglês, dependente da Grande Loja londrina, e outro “escocês”, livre do sistema obediencial e, desta maneira, trabalhando de acordo com os antigos preceitos maçônicos, pelos quais os maçons tinham direito de formar Lojas livres sem prestar conta de seus atos à uma autoridade suprema, procedimento que seria mudado posteriormente, com a generalização do sistema obediencial. As lojas escocesas, todavia, formavam a esmagadora maioria: em 1771, das 154 Lojas existentes em Paris, mais as 322 da Província e 21 de regimentos, não havia dez delas que houvessem recebido sua patente da Grande Loja de Londres.

O rito que iria se estabelecer, definitivamente, só a partir de 1801, acabou sendo chamado de Escocês, apesar de não ter uma ligação evidente com a Escócia; esse nome, estritamente nacional, terminou por tornar-se universal, designando um conjunto obediencial a partir de uma organização nitidamente política (jacobita ou stuarista). Isso aconteceu porque a maioria dos fiéis jacobitas era formada por escoceses, o que acabou por fazer com que todos os jacobitas fossem chamados de escoceses e, assim, com que o termo passasse a ser um rótulo político que atingiria o rito maçônico.

O termo “Antigo e Aceito”, adicionado ao Rito Escocês, surgiu quando na França, o Grande Oriente resolveu proceder a uma severa revisão dos Altos Graus, no sentido de diminuir o seu número, o que acabaria acontecendo. Essa redução, levada a efeito em 1786, numa época em que o escocesismo já cuidava de aumentar os seus graus, fez com que os adeptos do Rito Escocês combatessem o novo sistema e passassem a usar a denominação de Maçons Antigos e Aceitos, em oposição aos Modernos do Rito Francês, numa imitação do que já ocorrido na Inglaterra.

Normas Gerais de Comportamento Ritualístico e Litúrgico

Independentemente de ritos, existem algumas normas de comportamento ritualístico, básicas para os trabalhos das Oficinas.

Não são feitos sinais quando se circula normalmente pelo templo, por dever de ofício ou não. Os sinais de Ordem e a Saudação só são feitos quando o maçom está de pé e parado. Sinais ao andar, só durante a marcha do grau.

1. Não são feitos sinais quando se está sentado. Nesse caso, para responder a uma saudação faz-se um leve meneio de cabeça.

2. Não se fazem sinais com instrumentos de trabalho (inclusive malhetes), pois qualquer sinal maçônico deve ser feito com a mão.

3. Não é regular a sessão maçônica aberta a um só golpe de malhete; todas as sessões, portanto, devem ser abertas e fechadas ritualísticamente.

4. Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo; isso deverá ser feito no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso.

5. Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do templo.

6. Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao templo permitido, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e sem autorização do Venerável.

7. Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o grau simbólico do Maçom – Aprendiz, Companheiro, ou Mestre – ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é grau), não sendo permitido o uso do Alto Grau em que ele esteja colado.

8. Também não são permitidos paramentos de Altos Graus em Loja Simbólica.

9. É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um pronunciamento.

10. Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para demonstrar aprovação ou aplauso.

11. Qualquer Obreiro ao sair do templo durante as sessões, deve fazê- lo andando normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao Delta.

12. Não é permitido retirar metais do Tronco de Solidariedade durante a sua circulação. O Tronco deve ser sempre engrossado e nunca afinado por retiradas indevidas.

13. É errado, ao colocar a contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que o faz por ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal.

14. A transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União, exige absoluto silêncio; assim, é um erro arrastar os pés nessa ocasião.

15. Independentemente do grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar atrasado à sessão deverá dar somente três pancadas na porta.

16. O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um Irmão retardatário, responderá com outras três pancadas no lado interno da porta.

17. Não pode haver acúmulo da sessão de iniciação com qualquer outra, a não ser a de filiação.

18. A circulação ordenada no templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é feito no sentido horário, circundando o painel do grau, já que o Pavimento Mosaico, quando existir, ocupa todo o solo do templo.

19. No Oriente não há padronização da marcha.

20. Nos templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não são obrigatórios), os Obreiros devem subi-los andando normalmente e não com passos em esquadria.

21. O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de quem entra), saindo depois, pelo Sudeste (à direita de quem entra ou esquerda de quem sai).

22. Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros.

23. Com mais razão, os “profanos”, presentes às sessões abertas ao público (ou “brancas”), não podem ter acesso ao Oriente. Os homens sentam-se, exclusivamente, na Coluna da Força (a do 1° Vigilante); as mulheres, exclusivamente, na Coluna da Beleza (a do 2° Vigilante;

24. Nas sessões abertas ao público não é permitido correr o Tronco de Solidariedade entre os “profanos”. Isso é feito depois da saída deles.

25. Nenhum Obreiro pode sair do templo sem autorização do Venerável.

26. Se o Obreiro for sair definitivamente do templo, deverá, antes, colocar a sua contribuição no Tronco de Solidariedade.

27. Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda a cerimônia de abertura da sessão, entrando depois, e ocupando o seu lugar, a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do templo.

28. Sempre que um Maçom desconhecido apresentar-se à porta do templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma pessoa nos toques, sinais e palavras, cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando Irmãos em eventual litígio).

29. A hora em que os maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.

30. A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um Irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”.

31. Os Obreiros com assento no Oriente, têm o direito de falar sentados.

32. Irmãos visitantes só são recebidos após a leitura do expediente e nunca depois da circulação do Tronco, não devendo, também, participar das discussões de assuntos privativos da Loja visitada.

33. Um Obreiro do Quadro, se chegar atrasado à sessão, não poderá entrar durante o processo de votação de propostas, já que não participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação do Tronco e durante a abertura ritualística.

34. Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de beneficência.

35. Em qualquer cerimônia maçônica em que sejam usadas velas, elas sempre serão apagadas com abafador e não soprando a chama.

36. Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é que pode fazer a sagração do candidato à iniciação, à elevação ou à exaltação. Também só um Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante, símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração.

37. Só o Maçom eleito para veneralato de uma Loja é que pode receber a dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação.

38. O certo é Aclamação e não exclamação, como dizem alguns rituais.

39. Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se algum Obreiro quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar haverá todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos “pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas uma questão de ordem que só deve ser levantada para encaminhamento de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem dos trabalhos.

40. Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo em foque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte ao seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique definitivamente esclarecido.

41. Durante as essões de iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à genuflexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não permitir. Todavia, se o rito exigir que o candidato ajoelhe-se, ele será obrigado a fazê-lo mesmo contrariando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da aceitação do candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do rito, para que ele possa apresentar sua proposta a outra Ofician, cujo rito não exija a genuflexão.

42. A Cadeia de União deve ser formada exclusivamente para a transmissão da Palavra Semestral, com exceção do Rito Schroeder, onde ela é formada no fim de qualquer sessão.

43. Não pode, um Aprendiz, ser impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o conhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraísmo persa e do pitagorismo.

44. Não existe um tempo específico para a duração de uma sessão maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de duração das sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos membros do Quadro, impõe restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem ter discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o Venerável também, tem que ter discernimento para evitar que a sessão se estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode ser medida imposta pelas Obediências.

Fonte: JBNews - Informativo nº 290 - 14.06.2011

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