MATURIDADE MAÇÔNICA
Juarez de Oliveira Castro
É comum entre nós se perguntar quando o maçom adquire a sua maturidade maçônica. Parece que para adquirir a maturidade maçônica é necessário lutar diuturnamente para criar a força interior capaz de nos levar a ter uma vida equilibrada para aumentar a capacidade de enfrentar as situações que a vida se apresenta.
Todos sabem ter a Maçonaria três graus iniciais, chamados de simbólicos, e que galgamos esses graus gradativamente com a finalidade de atingir a maturidade maçônica, que conforme nos é ensinado, que o atingimos no último grau simbólico, porque a maturidade é a condição de plenitude que conseguimos através de estudos, reflexão, conhecimento, sabedoria, arte ou qualquer habilidade adquirida.
Creio que a plenitude que se atinge com o último grau é a maneira que se diploma o maçom por ter atingido tal grau. E, simbolicamente, ele está pleno, mas muito longe de chegar à verdadeira plenitude. Ele integralizou os graus e estará apto para dar continuidade aos estudos para seguir em frente e partir para subir mais a escada da perfeição.
Descobri uma frase que diz: “Maturidade significa confiabilidade: manter a própria palavra, superar a crise; os imaturos são os mestres da desculpa, são os confusos e desorganizados; suas vidas são uma mistura de promessas quebradas, amigos perdidos, negócios sem terminar e boas intenções que nunca se convertem em realidade”.
Transportando para o campo maçônico podemos dizer que o maçom atinge a maturidade porque ele confia nos ensinamentos ministrados e sabe superar as suas crises. Tenta sempre evitar as desculpas e trabalhar para ter um resultado satisfatório, além de serem organizados e corretos na condução da vida, com êxitos diários e sempre conquistando novos amigos e parceiros, terminando em boas intenções e conquistas.
Dadi R. Mohini diz que “Quando avançamos com base na honestidade, entendimento e sabedoria, nos tornamos maduros. Entendimento vem quando nosso intelecto é limpo; quando olhamos e absorvemos as virtudes dos outros”.
Em contrapartida, nós oferecemos aos outros as nossas virtudes, evitando o máximo possível de transferir desarmonia, mau humor e tudo aquilo que possa estragar o dia do nosso próximo.
Na realidade, a maturidade maçônica, só atingiremos quando partirmos para o “Oriente Eterno”. Isto porque, enquanto na batalha da vida sempre aparecerão objetivos, sonhos e ideais para serem adquiridos e fatalidades para serem combatidas.
Na vida material o homem é um eterno insatisfeito. Está sempre querendo mais. Na vida espiritual, da mesma maneira, o homem deve ser um eterno insatisfeito, sempre querendo se aperfeiçoar.
E, aproveito, para expressar um pensamento de um amigo que dizia que “Maturidade acontece quando percebemos que não ganhamos a sabedoria de presente. Temos que descobri-la por nós mesmos, depois de uma jornada que ninguém pode empreender por nós ou da qual ninguém pode nos poupar. No momento em que descobrimos que a vida não é uma questão de encontrar a si mesmo, verificamos – já maduros – que a vida é uma questão de criar a si mesmo”.
Assim, quando o Maçom chega ao final do seu último grau atingiu a integralidade do projeto que foi programado, para começar a valorizar as pequenas coisas e de tudo que pode ser benéfico à própria pessoa e a do próximo, passando por todas as contrariedades que possam aparecer, porque, como disse Charles Colton “a adversidade é um trampolim para a maturidade”.
Para terminar recorro a Lyz Luft que diz: “A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura”.
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.074
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