É HORA DE ESCREVER...
Como escrever algo quando a inspiração a isso pouco ou nada
ajuda?
Escolher um tema, daqueles que julgamos saber, estudá-lo um
pouco mais, ou na realidade, estudá-lo pela primeira vez, desenvolvê-lo,
interpretá-lo e escrever sobre ele?
Escrever sobre tudo e nada, sobre nada em particular, sobre
tudo em geral?
“Bater” toda esta mistura de ingredientes e como sempre
vontade de a saborear e escrever … e levado ao “forno” sair algo sobre
maçonaria.
Seja assim então! É hora de escrever.
O que não falta a um maçon é inspiração para escrever, essa
é uma capacidade que nos é reconhecida pelos demais, embora particularmente
encontre que muitas das vezes a simpatia e a amizade fazem com que as críticas
e os reparos sejam amenos.
Quais os temas, daqueles que julgamos saber e dominar de lés
a lés, quando na realidade nada sabemos sobre eles? Não insinuo sobre aqueles
que sabemos mais ou menos, muito menos sobre os outros em que sabemos uma ou
outra coisa, pronúncio sim aqueles em que temos a profunda noção que nada
sabemos, mas insistimos em dizer que sim e, na generalidade dos casos a nós
próprios, sendo esse um erro que é, como muito bem sabemos e até reconhecemos,
fatal (metaforicamente falando).
Esta parte de estudar, de pesquisar, de ouvir e de aprender
é, a partir de determinada altura, na vida de um maçon, uma enorme e valente
chatice, podendo até ser considerada como uma afronta e ou uma falta de
respeito. A partir de determinada altura, tudo se sabe, tudo se domina, tudo se
encara de maneira diferente, tudo tem e emana luz e, na realidade, não passa de
uma ilusão individual.
Escrever é tão só, algo que considero individual e ao mesmo
tempo coletivo. Quem escreve, fá-lo porque assim o entende, escreve porque tem
gosto nisso. E se ao escrever for possível aprender? E evoluir?
Cá vou aprendendo as minhas “coisas”, os temas que considero
importantes estudar, desenvolver e interpretar, dando-lhes depois o meu cunho,
mas esses não os partilho, pois esses fazem parte do meu caminho, da minha
discrição, do meu templo interior. Não tenho necessidade e nem os quero
partilhar, não sendo isto defeito, mas sim feitio.
É hora de escrever que há uns tempos que a inspiração me
falta, que há (muitos) temas que não domino e que os tento aperfeiçoar um pouco
mais a cada nova aurora.
Não sou, nem ambiciono ser nem mais nem menos, sou apenas
aquilo que sou e sempre aquilo que quero ser.
E por fim, mas nunca por último, que tem tudo isto a ver com
Maçonaria?
É aquela simples parte de escrever sobre tudo e sobre nada.
Individual em prol do coletivo, estando à ordem!
Daniel Martins
Fonte: A Partir a Pedra
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