Páginas

PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

QUESTÕES RITUALÍSTICAS

QUESTÕES RITUALÍSTICAS
(republicação)

Em 07.04.2015 o Respeitável Irmão Sidney Jean Correia Teixeira, Loja Liberdade e Glória, 4.033, REAA, GOB, Oriente de Glória, Estado da Bahia, solicita os esclarecimentos seguintes: 
sidneymacom@hotmail.com 

Novamente venho até você para que sane minhas dúvidas sobre a ritualística do REAA do GOB. 

1. Durante a transmissão da Palavra Sagrada o Ritual orienta que o Venerável Mestre a dá no ouvido direito do Primeiro Diácono silabada, isso procede ou existe aquela dinâmica onde o Venerável dá a primeira letra e o Diácono a segunda e assim por diante? 

2. Como o Maçom deve proceder quando ele for votar contra ou se abster de votar? Levanta-se e fica à Ordem, fica sentado? 

3. Qual a dinâmica do uso da Palavra durante a Sessão? 

4. Em que momentos devemos utilizar “pela Ordem” ou “por questão de Ordem”?

Considerações:

1. A transmissão da Palavra Sagrada entre o Venerável, os Diáconos e os Vigilantes durante a abertura e encerramento dos trabalhos não se trata de telhamento, porém uma reminiscência antiga haurida dos construtores operativos da Maçonaria e teatralizada ritualisticamente como lembrança das aprumadas e nivelamentos da obra no início e término das etapas da construção. A Moderna Maçonaria revivendo esse ato através do REAA.´. utiliza de modo especulativo a transmissão da Palavra Sagrada do Grau que, sendo corretamente transmitida significa que tudo está J∴ e P∴, podendo com isso se abrir e encerrar os trabalhos da Loja ritualisticamente.

Sob essa óptica, nessa oportunidade e entre os protagonistas, aquele que transmite, no caso do Primeiro Grau, transmite-a “soletrada” (letra por letra), sem que entre eles exista a transmissão alternada como no Telhamento (dai-me a primeira que eu vos darei a segunda...). A questão aqui é que diferente daquela que envolve o exame de reconhecimento. 

Já na transmissão litúrgica da Palavra para abertura ou encerramento, os protagonistas são sempre Mestres, já que cargos em Loja são deles privativos, enquanto que esse ato (da transmissão) não envolve nenhum reconhecimento, não obstante que o ato seja apenas o de reviver por meio de uma alegoria, metodologias operativas que ocorriam entre o Mestre da Obra, os seus auxiliares imediatos (atuais Vigilantes) e os antigos oficiais de chão (hoje os Diáconos). 

Finalizando esse tópico, no Primeiro Grau como expressa o respectivo ritual, em Loja de Aprendiz a Palavra é transmitida pelo agente transmissor “letra por letra”, o que significa “soletrada”, não silabada.


2. No REAA∴ para votar a favor ou aprovar o Maçom sentado estende o braço direito para frente com a respectiva palma da mão aberta (dedos unidos) voltada para baixo.

Para manifestação contrária o Obreiro permanecerá sentado na forma de costume, isto é, sem estender o braço à frente (permanece como está).

Em abstenção, o Maçom no Rito em questão ficará à Ordem - em pé tendo o corpo ereto com os pés unidos pelos calcanhares em esquadria e dessa posição compõe o Sinal Penal (de Ordem) de acordo com o Grau de trabalho da Loja.

3. Nas Colunas o Obreiro pede a Palavra para Vigilante da sua Coluna. No Oriente pede-a diretamente ao Venerável Mestre. Assim, o Obreiro só falará após ter sido autorizado.

Salvo os Vigilantes que têm a prerrogativa de falar sentado no Ocidente, quem fizer uso da Palavra na banda ocidental falará sempre à Ordem.

No Oriente o Venerável, o Orador e o Secretário podem falar sentados, enquanto que os demais, atualmente, falam à Ordem.

No que concerne às Luzes da Loja e as Dignidades do Orador e do Secretário, falam obrigatoriamente em pé quando o ritual assim determinar. Nas outras oportunidades falam geralmente sentados, porém se preferirem falar em pé, o farão à Ordem.

4. A “questão de ordem, ou pela ordem” se refere diretamente à ordem dos trabalhos na Sessão.

Essa prática deve ser sempre eivada de bom senso, já que deve ser avaliada e sustentada pela certeza antes desse tipo de manifestação.

Assim essa prática só é recomendada quando realmente existir uma situação que fira a prática maçônica amparada por lei, seja ela por questão litúrgica e ritualística, seja ela por outra inobservância legal ou mesmo consuetudinária.

Assim, se os de direito (Orador e o Venerável) não perceberem a conduta anômala, então um Mestre Maçom se pronuncia pela “questão de ordem”.

Não é permitido, por exemplo, quando algum Irmão no intuito de repetir o uso da palavra, ou mesmo contesta-la, equivocadamente menciona o termo “pela ordem” e atravessa a sequência (giro) da palavra. Esse procedimento é erro crasso em Maçonaria, portanto não permitido.

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.750 – Melbourne – terça-feira, 16 de julho de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário