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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 13 de abril de 2024

QUESTÕES DE INSTALAÇÃO

(republicação)
O Respeitável Irmão Marcilio Marchi Testa, Loja Crivo da Razão, GOSP - GOB, REAA, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo apresente a seguinte questão:
mmtesta@uol.com.br

1) No Ritual de Cerimônia de Instalação de Venerável edição 2001, aprovado e adotado pelo GOB, no qual fui Instalado, consta: Na Página 17 - Apresento-vos, meu Irmão, os utensílios de um Mestre Maçom. São o CORDEL, o LÁPIS, e o COMPASSO... Na Página 18 - Apresento-vos, meu Irmão, os utensílios de um Companheiro. São o ESQUADRO, o NÍVEL, e o PRUMO... Na Página 19 - Apresento-vos, meu Irmão, os utensílios de um Aprendiz. São a RÉGUA DE 24 POLEGADAS, o MAÇO, e o CINZEL... 2) No Ritual de Instalação e Posse de Venerável edição de 2010(em vigor), consta: Na Página 74 - Apresento-vos, meu Venerável Irmão os utensílios de um Mestre Maçom: o CORDEL, o LÁPIS e o COMPASSO... Na Página 79 - Apresento-vos, meu Venerável Irmão os utensílios de um Companheiro: a ALAVANCA, o ESQUADRO, o COMPASSO e a RÉGUA DE 24 POLEGADAS... Na Página 86 - Apresento-vos, meu Venerável Irmão os utensílios de um Aprendiz: o MAÇO, e o CINZEL... PERGUNTO: Por que no Ritual atual de 2010, se entregam duas vezes o COMPASSO, em Mestre e em Companheiro? E não se entregam mais o NIVEL e o PRUMO como antigamente? Alteraram-se os utensílios de trabalho ou eliminaram os de 1º e 2º Vigilantes?

Considerações:

Essas são as contradições que aparecem pelo ato de Instalação em um Rito que não possui genuinamente esse costume. Como o GOB adota esse costume desde 1.968, as controvérsias permanecem, mesmo tendo um ritual atualizado. 

Acho oportuno salientar que esses rituais são privativos da Obediência e dele não tomei na oportunidade parte como consultor, bem como na sua confecção. Penso que como arrumaram Instalação para o Rito Escocês no Brasil e essa virou um regra consuetudinária o ritual mereceria uma séria adaptação. Senão vejamos: 

No Rito em questão os instrumentos de trabalho do Aprendiz são apenas e tão somente o Maço e o Cinzel. Para o Companheiro, retira-se o Cinzel, permanece o Maço e acrescentam-se os demais utensílios de trabalho – Régua de 24 Polegadas, Alavanca, Esquadro, Compasso. 

Nesse sentido pelo menos haveria coerência com as cinco viagens na Elevação e a utilização dos instrumentos de trabalho. 

Ainda por questão de tradição por ser o grau mais genuíno da Maçonaria (de onde resultou o Grau de Mestre a partir de 1.725) estariam incluídos o Nível e o Prumo como instrumentos imprescindíveis para a “Elevação da Obra”. 

Quanto ao Mestre este permaneceria com o Lápis e o Cordel além do próprio Compasso como justa medida. 

Como se pode notar as minhas considerações são apenas levadas a coerência com a doutrina. Assim não leve essa assertiva como laudatória, pois a elaboração de um ritual coerente merece muito estudo sobre a doutrina do Rito. 

À bem da verdade essa coerência merece inclusive em acertos nos três rituais simbólicos que em não raras vezes também se contradizem, principalmente o do Segundo Grau, como por exemplo, a Régua apoiada no ombro esquerdo que o Aprendiz ingressa no Templo durante a cerimônia de Elevação – essa régua não possuir graduação. 

É preciso explicar esse pormenor. A própria Lenda do Terceiro Grau dá instrumentos controversos para o Rito Escocês que se baseia nas leis naturais determinando quinze Companheiros quando a Natureza se divide em doze ciclos – nove luzes acesas que somadas às outras três faltantes (inverno) perfazem doze e não quinze. 

A Terra fica viúva do Sol durante os três meses de inverno. Isso significa que para a criação de um Ritual de Instalação para o Rito Escocês esses pormenores devem ser criteriosamente observados e levados em consideração. 

Por fim, embora de contra gosto, sou obrigado a me curvar a qualquer ritual legalmente aprovado e em vigência, como é o caso do aqui mencionado. 

Quem sabe futuramente as coisas estejam nos seus devidos lugares. Por fim acho oportuno salientar que o ritual anterior também era repleto de falhas não o tornando melhor do que o atual. 

É sempre bom lembrar que a Maçonaria constitui-se por ritos e cada qual desses obedece a uma doutrina que possui elo particular com a sua vertente. 

T.F.A. 
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.073 - Florianópolis (SC) – domingo, 11 de agosto de 2013

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