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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

CHAPÉU NA MAÇONARIA I - REAA

Em 27/04/2025 o Poderoso Irmão José Fernando Clemente de Fraga, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-RS, sem mencionar o nome do Oriente, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta uma dúvida relativa ao REAA.

CHAPÉU

Conforme troca de mensagens, hoje pela manhã, relativamente as dúvidas de uma Loja do REAA, repasso o questionamento:

A) - O uso do chapéu desabado pelo Venerável Mestre;

B) - Simbologia dessa alteração;

CONSIDERAÇÕES:

 Inicialmente, vale ressaltar que o uso do chapéu no REAA não se trata de uma alteração e nem de uma inovação, porém é o resgate de uma prática que é original do Rito desde a sua criação na França, em especial pela influência hebraica no REAA, o que pode ser constatado na sua história.

Também no Brasil, buscou-se resgatar este costume que fez parte de muitos rituais do passado, mas que lamentavelmente acabou caindo no esquecimento pelo pouco causo e pelo total desconhecimento do seu verdadeiro significado iniciático. O ritual de 2009, já revogado, iniciou este resgate ao atribuir o seu uso opcional nas sessões magnas de Exaltação.

No caso do REAA, rito nascido na França, historicamente a cobertura da cabeça foi adotada pela Maçonaria francesa como elemento representativo da igualdade entre os pares. Nesse sentido, o Rei quando estava diante dos seus súditos usava cobertura sobre a cabeça e quando diante dos seus pares (todos iguais), todos usavam cobertura.

Fazendo uma analogia com a Maçonaria, o Venerável Mestre, diante dos seus operários, em Loja de Aprendiz e Companheiro, apenas ele deve se cobrir com o chapéu desabado, enquanto que no 3º Grau, em Loja de Mestre, onde todos já alcançaram a plenitude maçônica, em uma demonstração de igualdade todos devem usar o chapéu negro e de abas moles.

No contexto do misticismo religioso e a Maçonaria, no REAA, por influência do judaísmo, o chapéu significa a submissão do homem perante ao Criador. Em um contexto simples, significa que acima da cabeça do homem, está a Onisciência, Onipresença e Onividência Divina. Em tese, o chapéu representa na Maçonaria a relação entre o Criador e a Criatura – a pequenez humana diante D’Aquele que Geometrizou.

Sob aspecto prático, o chapéu negro de abas moles revela a discrição (ser discreto). Este conceito é oriundo dos tempos em que muitos maçons lutavam por conquistas sociais e com isso eram inevitavelmente perseguidos. Para ajudar na preservação das suas identidades, eles usavam o artifício de esconder a face com as abas moles do chapéu quando se deslocavam para as reuniões nas sombras da noite.

Graças a isso, o chapéu tem sido um elemento importantíssimo para a liturgia maçônica, em especial no REAA. Infelizmente muitos Irmãos ainda desconhecem por completo a história da cobertura da cabeça na Ordem. Por conta disso é que o Ritual de 2024 não trouxe nenhuma novidade, mas, no entanto, resgatou um importante costume utilizado por determinados ritos maçônicos. No meu Blog, http://pedro-juk.blogspot.com.br, é possível encontrar várias outras respostas por mim dadas sobrea cobertura da cabeça com o chapéu negro de aba mole, na Maçonaria.

T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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