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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

NÍVEL E PRUMO - JOIAS DISTINTIVAS


Em 08.04.2025 o Respeitável Irmão Fausto Santos, Loja Mahatma Shimoya, 069, sem mencionar o nome do Rito, GLMMG (CMSB), Oriente de Viçosa, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

NÍVEL E PRUMO

Gostaria de obter a sua ajuda sobre uma dúvida que apesar das minhas buscas ainda não conseguir esclarecer.

- Muitos dos símbolos operativos tem uma associação direta entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Moderna, então, eu gostaria de saber se existe alguma explicação ou justificativa do porque o símbolo do nível foi associado ao 1° Vigilante.

CONSIDERAÇÕES:

Não resta dúvida que a Maçonaria dos Aceitos (Especulativa), nascida em 1600 na Escócia, seguida da Moderna Maçonaria, datada de 1717 na Inglaterra, construíram sua estrutura doutrinária baseada em muitos costumes herdados dos seus ancestrais operativos - anteriores ao período da aceitação.

Uma das principais regras extraídas do passado operativo da Ordem foi a de preservar o costume imemorial de que uma loja maçônica é sempre dirigida por três Luzes. Assim, obrigatoriamente dirigem a Loja um Venerável Mestre (ancestral do Mestre da Loja, ou do Ofício) e mais dois Wardens (diretores), que posteriormente seriam denominados por 1º e 2º Vigilantes.

É bom que se diga que nos tempos primitivos da Maçonaria não existiam graus especulativos, todavia existiam classes de operários que trabalhavam a pedra calcárIa para erigir igrejas, mosteiros e catedrais.

Inicialmente, os operários da cantaria dividiam-se em Aprendizes Admitidos e Companheiros do Ofício. Dentre os Companheiros, dos quais o mais experiente, era escolhido o dirigente da Loja (Canteiro de trabalho). A este Companheiro dava-se o nome de Mestre da Loja, ou do Ofício.

A título de ilustração, o Grau especulativo de Mestre Maçom somente viria aparecer já na Moderna Maçonaria, mais precisamente em 1725, e foi oficializado em 1738, na Inglaterra, na II Constituição da Grande Loja.

Sobre o Nível e o Prumo, joias distintivas dos Vigilantes da Moderna Maçonaria, explica-se que na fase primitiva das guildas de construtores (Francomaçonaria), o 1º Vigilante, dentre outras obrigações, tinha como dever, conferir o nivelamento das bases estruturais em que se elevavam as paredes da obra, enquanto que o 2º Vigilante tinha, dentre outras obrigações, o dever de erguer e conferir a aprumada dos cantos. Ao Mestre da Obra cabia o ofício de aplicar, com o cordel de 12 nós, a partir da pedra angular fincada a nordeste do canteiro, as propriedades do triângulo retângulo (47ª Proposição de Euclides) nos cantos referenciais das elevações.

Por esta razão é que na Moderna Maçonaria (especulativa por excelência) as joias distintivas do Venerável Mestre e dos Vigilantes representam um Esquadro (com ramos desiguais), um Nível e um prumo, respectivamente

Com isto a Moderna Maçonaria procura preservar a tradição dos nossos antepassados quando trabalhavam nas velhas corporações de ofício da Idade Média.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmiail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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