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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

GADU/SADU: ENTENDENDO AS DIFERENÇAS À LUZ DA TRADIÇÃO MAÇÔNICA

GADU e SADU: Entendendo as Diferenças à Luz da Tradição Maçônica

Na caminhada iniciática do Maçom, muitos termos simbólicos surgem ao longo dos graus, exigindo não apenas conhecimento, mas discernimento e reflexão. Entre esses termos, dois se destacam por sua importância teológica e filosófica: GADU e SADU. Embora ambos se refiram a princípios elevados e transcendentais, possuem origens, usos e significados distintos dentro da tradição maçônica. Compreendê-los é aprofundar-se na essência da Obra.

GADU – O Grande Arquiteto Do Universo

Origem e uso:
O título GADU – sigla de Grande Arquiteto do Universo – é uma forma simbólica utilizada amplamente pela Maçonaria especulativa desde o século XVIII para designar a ideia de um Ser Supremo, criador e mantenedor do cosmos, sem vinculação direta a um credo específico.

Foi adotado pela Maçonaria moderna como uma maneira de unificar irmãos de diferentes religiões, permitindo que cada um reconheça, nesse símbolo, a sua própria visão do divino. Para alguns, é Deus; para outros, é o Princípio Criador, a Mente Universal, o Logos ou a Consciência Cósmica.

Símbolo de universalidade:
O GADU não define uma divindade específica, mas representa o reconhecimento de que há uma inteligência superior organizadora do Universo — base fundamental para a construção do Templo interior do Maçom.

Presente em todos os graus simbólicos, o GADU também representa o ideal de ordem, proporção e inteligência construtiva — como o arquiteto que projeta, calcula e executa a obra com perfeição e propósito.

SADU – Supremo Arquiteto Do Universo

Significado e distinção:
A expressão SADU, ou Supremo Arquiteto do Universo, embora semelhante em aparência, possui conotações distintas. Seu uso é mais comum em graus filosóficos e nos altos corpos da Maçonaria, como o Rito Escocês Antigo e Aceito, particularmente em graus mais elevados.

Enquanto o GADU evoca a ideia universalista de um princípio organizador, o SADU é invocado para expressar a soberania, o ápice da perfeição espiritual e da ordem moral. O uso da palavra “Supremo” marca essa diferença: enfatiza não apenas a inteligência criadora, mas também o domínio absoluto da lei, da justiça e da sabedoria.

Dimensão espiritual:
No contexto esotérico, pode-se dizer que o SADU representa um nível mais elevado de consciência divina, acessado pelos iniciados que já ultrapassaram os limites do simbolismo básico e buscam a integração plena com a Vontade Universal. É a manifestação do divino no grau mais elevado de hierarquia e luz.

Reflexão Final ao Irmão Mestre

O verdadeiro Maçom compreende que os nomes são símbolos, e os símbolos apontam para realidades mais profundas que palavras humanas não conseguem conter. Assim, tanto GADU quanto SADU são faces de um mesmo Mistério, revelado de forma gradual àqueles que, com humildade e retidão, trilham o caminho do aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual.
Que o estudo dessas diferenças não sirva à separação, mas sim ao entendimento, à síntese do conhecimento e ao engrandecimento do propósito comum: construir o Templo da Virtude sob a Luz do Supremo.

Fonte: Facebook_Federação Maçônica de São Paulo

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