O PAINEL SIMBÓLICO DA LOJA DE APRENDIZ NO REAA
Ir⸫ Tsugugo Toma M⸫MV⸫
Ir⸫ Tsugugo Toma M⸫MV⸫
A⸫R⸫L⸫S⸫ Doze de Novembro - 164 - GLESP - CMSB - CMI
Ir⸫ Roberto Bijos Gomes M⸫I⸫
A⸫R⸫L⸫S⸫ Luz do Universo - 249 - GOP - COMAB - CMI
A origem da palavra painel provém do espanhol, significando "pano". De acordo com o "Aurélio", este também é definido como quadro, pintura, retábulo, relevo arquitetônico em forma de moldura, sobre um pano. Denominado por "Tracing Board" pelos Ingleses, para identificar a "Tábua de Delinear" ou "Prancheta", sendo esta uma Jóia Imóvel da Loja.
Na antiguidade, quando inexistiam rituais específicos, qualquer local que o ferecesse alguma privacidade podia ser usado para constituir uma Loja,onde podiam ser desenhados símbolos maçônicos no piso, com carvão ou giz,do respectivo grau que esta Oficina iria trabalhar, da mesma forma que faziam os Cristãos dos primeiros séculos, quando desenhavam a Cruz onde se reuniam. Estes locais podiam ser um Galpão, Grutas ou mesmo ao ar livre.
Os símbolos desenhados ou riscados no solo, era menos ou mais perfeito e dependia apenas da habilidade de quem os traçava, sintetizando nestes símbolos toda idéia que dele pudessem surgir em sua interpretação. Os principais símbolos desenhados estavam diretamente ligados a construção, à saber, Compasso, Esquadro, Régua, Nível e Prumo. Estes símbolos eram traçados somente pelo Maçom que fosse designado para compor a Loja e caracterizava as principais tarefas dos operários e assim, surgiram com Símbolos característicos. Em alguns Ritos, eram usados desenhos bordado sem pano, que eram desenrolados no início dos trabalhos e recolhidos no encerramento das sessões. Da mesma forma, os desenhos eram totalmente apagados, não deixando quaisquer vestígios que pudessem ser notados por quem estivesse de passagem por estes locais.
Mais tarde foram surgindo os símbolos reais, ou seja, quando os Maçons Operários passaram a deixar suas "ferramentas" no piso, deixando de haver a necessidade de traçar os desenhos no piso.
Nesta época, obviamente, não existia o Livro Sagrado ou Livro da Lei, pois os Livros eram manuscritos por não haver uma imprensa e estes livros estavam foram do alcance dos operários.
Em substituição, supostamente, deveria haver algum elemento que sintetizava a figura do Sagrado, sobre o qual eram prestados os juramentos.
Este período da história da Maçonaria não esta registrada, pois apenas a tradição transmitida oralmente é que nos dá certeza da existência destas Lojas primitivas.
Esta fase foi superada quando a partir do momento que foi definido que as reuniões passariam à ser realizadas nas tabernas, ou seja, devidamente "acoberto".
Autores da antiguidade, como Lionel Vibert, citado por Nicola Aslan em seu dicionário, referem a Loja como um alpendre coberto de palha, isto em1321. Mais tarde, em 1277, Knoop e Jones publicaram que tinham sido construídas, para os trabalhos da edificação da abadia de Vale Royal, duas "Lojas" erigidas paras os operários, para que este executassem seus "trabalhos" privativos.
A informação certa é que em 1772, a Grande Loja da Inglaterra, ordenou a construção do "Freemasons´s Hall", concluída em 1776, onde foi erigida a primeira Loja com Templo fixo.
Por sua vez, o Grande Oriente da França, no ano de 1788, proibia que Lojas Maçônicas se reunissem em tabernas.
De 1776 a 1820, nessas Lojas "a coberto", ainda era mantida a "tradição"de desenhar os símbolos característicos, da Maçonaria Operativa, no piso da Loja.
John Harris compôs o primeiro "Quadro" fixo, o que veio substituir, os desenhos que eram feitos no piso. Este quadro era simples, de pano e sem qualquer moldura, ele era "desenrolado" à frente do altar, depois da abertura do Livro da Lei.
Posteriormente este Quadro, passou a ter uma moldura e a ser chamado de "Painel" como é conhecido e adotado hoje por nossas Lojas Simbólicas, quede acordo com o Rito apresenta aspectos diferentes.
Nas Lojas Maçônicas, especialmente as Simbólicas, cada um dos três Graus possui um painel próprio.
O Painel da Loja de Aprendiz do Rito Escocês Antigo e Aceito, comporta duas COLUNAS, encimadas por romãs, enquadrando um pórtico à qual conduzem3 (três) degraus e encimado pelo Delta Luminoso. Vê-se também três janelas, uma pedra bruta, uma pedra cúbica, a prancha de traçar, o maço e o cinzel, o esquadro e o compasso, o nível e o prumo, as COLUNAS J e B, o Sol, a Lua, as estrelas, uma corda de 7 nós e a orla dentada emoldurando o Painel do Grau com quatro borlas nas extremidades, que passarei a descrevê-lo em seu significado.
AS ROMÃS
As romãs estão postas em cima dos capitéis das COLUNAS "J" e "B", sendo três em cada uma delas, apresentando um corte frontal que revela seus grãos. Sendo que este fruto representa a Família Maçônica Universal, cujos membros estão ligados harmonicamente pelo espírito de união, inspirados na ordem e na fraternidade.
Os diversos autores dizem que "em todos os tempos, a romã foi um símbolo de fecundidade, de abundancia e de vida"; "os grãos de romã, reunidos em uma polpa transparente, simbolizam os Maçons unidos entre si por um ideal comum".
O PÓRTICO E O DELTA LUMINOSO
Simbolicamente representa aporta de entrada para atingir a perfeição e o conhecimento da verdade. A entrada do Mundo Profano para o Mundo Maçônico, simbolizado pelo pórtico,tem a porta do Templo encimada pelo Delta Luminoso. Este triangulo, como polígono perfeito, resume o simbolismo maçônico, pois representa o Todo e abrange o Cosmos, tendo ao centro o misterioso "YOD", simbolizando o olho e o centro e a parte vital do Todo. Este ponto é geométrico, astronômico,filosófico, esotérico, enfim, a "origem do tudo".
Representando ainda que a Loja esta sob o olhar protetor do GADU
Ao transpor o portal do Templo, que representa o Universo, o Aprendiz torna-se apto, pelo estudo, pelo trabalho e pela prática dos ensinamentos do grau, a tornar-se um verdadeiro Maçom.
OS DEGRAUS
A passagem do Mundo Profano para O Mundo Maçônico não pode ser realizada diretamente e estes degraus representam simbolicamente as etapas a que se deve submeter o Iniciado, ou seja, os três degraus representam sucessivamente, o plano físico ou material, plano intermediário, chamado de "astral", e por último o plano psíquico ou mental. Esses três "degraus"correspondem à divisão ternária do ser humano em Corpo, Alma e Espírito.
Sendo necessário que o Aprendiz busque a sua libertação das mazelas do Mundo Profano e desta forma consiga desbastar a pedra bruta e transformá-la empedra polida, para sua ascensão moral e espiritual.
AS JANELAS
Três janelas estão representadas no Painel da Loja de Aprendiz, a primeira a Oriente, a segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente; nenhuma janela se abre para o Norte. Essas três janelas são cobertas por uma rede. Essa rede que protege as aberturas lembra que o trabalho dos obreiros é subtraído à curiosidade do profano, cujo olhar não pode penetrar no Templo, da mesma forma que o Maçom deve olhar a vã agitação da rua. Pois a seu redor tudo esta fechado, mas nem por isso, espiritualmente, ele deve determinar o movimento do mundo sensível encarado do ponto de vista em que se encontra.
Nos antigos rituais maçônicos fazem menção a três janelas no grau de Aprendiz. Tendo como base as três portas do Templo de Salomão (Bíblia - I Livro dos Reis, VII, 4 e 5), sabe-se portanto, que o Templo se abria para Leste e para Oeste, como na maioria das catedrais. Desse modo, o Templo era iluminado pelo Sol ao alvorecer.
A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de atividade;ao Meio-Dia, a força e o calor; a do Ocidente dá uma luz que, a medida que se torna mas fraca, convida ao repouso . O Norte, escuro, como não recebe nenhuma luz, não precisa de janela. Porque os trabalhos do Maçons simbolicamente, começam ao Meio-Dia e terminam a Meia-Noite. Começam ao Meio-Dia, quando o Sol brilha com toda a sua força no Templo.
Os Aprendizes são colocados ao Norte porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim toda a luz da janela do Meio-Dia, Os companheiros, colocados ao Meio-Dia, precisam de menos luz e a sombra provocada pela parede do Templo ainda permite que sejam iluminados suficientemente, enquanto o Venerável e seus oficiais recebem, de frente,apenas a luz do crepúsculo. Em contrapartida, os Vigilantes são alertados desde a aurora pela luz que os atinge em cheio.
PEDRA BRUTA
A direita do Painel do Aprendiz figura a pedra bruta, que simboliza as imperfeições do espírito e do coração que o Maçom deve se esforçar para corrigir.
O Aprendiz, pela sua iniciação maçônica, que representa um novo nascimento, reencontra o estado da natureza; ele se liberta das mazelas do mundo profano e passa por um processo de purificação, onde reencontra a liberdade de pensamento.
Esta nova etapa em sua vida, tem como objetivo principal a sua transformação, e este se dá através do trabalho do desbaste de sua própria "pedra bruta", com os instrumentos que lhe são fornecidos, visando tornar esta justa e perfeita em todas as suas medidas e forma. Ela é vista como a "matéria-prima!" existente para a elaboração da "Obra".
Simboliza a matéria apta a ser trabalhada; simboliza o "meio" para atingir o "fim"sagrado da transmutação do Ser.
PEDRA CÚBICA
A Pedra Cúbica, o hexaedro, é a obra-prima que o Aprendiz deve realizar.Materialmente, é difícil, com o Maço, o Cinzel e o Esquadro, realizar um Cubo perfeito que a primeira vista não parece tal.
A Pedra Cúbica da Painel do Aprendiz é encimada por uma pirâmide quadrangular e se chama "Pedra Angular Pontiaguda". Essa pedra, sobre o qual os Companheiros devem afiar seus instrumentos, simboliza o progresso que eles devem fazer na instituição e em seus relacionamentos com os Irmãos. Em sua interpretação moral, a Pedra Cúbica é também a pedra angular do templo imaterial construído à filosofia; é também o emblema da alma que aspira subir até a sua fonte. É terminado em pirâmide, símbolo do fogo, para que aí sejam inscritos os números sagrados. Para desbastá-la, é preciso fazer uso do compasso, do esquadro, do nível, do fio de prumo,instrumentos que representam para nosso espírito as ciências, cuja perfeição vem do Alto.
APRANCHA DE TRAÇAR
A Prancha de Traçar é um retângulo sobre o qual são indicados os esquemas que constituem a chave do alfabeto maçônico. A Maçonaria, em seu simbolismo, chama o papel sobre o qual se escreve de "Prancha de Traçar" e substituir o verbo "escrever" pela expressão "traçar uma prancha".
A Prancha de Traçar está ligada ao Grau de Mestre Maçom, como a Pedra Cúbica ao Grau de Companheiro Maçom e a Pedra Bruta ao Grau de Aprendiz Maçom. Por que, é sobre a Prancha de Traçar que o Mestre estabelece seus planos; mas o Aprendiz e o Companheiro não devem ignorar seu uso e devem exercitar-se esboçando ai suas idéias. Esse é o motivo pelo qual esse símbolo já figura no Painel do Aprendiz.
MAÇO E CINZEL
Instrumentos do Aprendiz, são apresentados no Painel de forma unida,portanto essa associação indica a vontade e a inteligência, a força e o talento, a ciência e a arte, a força física e a força intelectual, quando aplicadas em doses certas, permitem que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Polida.
O Maço simboliza a vontade do Aprendiz. Não é uma massa metálica, pesada e brutal, pois a vontade não deve ser nem obstinação, nem teimosia. Ela deve ser apenas firme e perseverante. Mas o homem não pode agir diretamente sobre a Matéria; o Cinzel servirá, então, de intermediário. Este deverá ser amolado freqüentemente, isto é, deverá rever continuamente os conhecimentos adquiridos. Não deixá-los embotar. O Maço age de forma descontínua. Isso mostra que o esforço não pode ser perseguido sem interrupção e, por outro lado, que uma pressão contínua sobre o Cinzel tirar-lhe-ia toda a sua precisão.
COMPASSO E ESQUADRO
Estas duas "ferramentas" unidas no Painel do Aprendiz, representam a justa medida, que deve presidir a todas as nossas ações, que não podem se afastar da Justiça e nem da retidão, que regem todos os atos dos Maçons.Representando ainda o signo mais conhecido, pelo qual se identifica a Maçonaria universalmente.
O Esquadro é usado pelo Aprendiz como seu único e verdadeiro signo,marcando-o a cada passo que dá no decorrer de sua marcha em direção ao Altar. Também na posição de Ordem do Grau de Aprendiz, está ostentando quatro Esquadros, que representam astronomicamente quatro cortes nos diâmetros do circulo zodiacal, dividindo em quatro partes que correspondem cada uma delas à respectiva estação do ano de conformidade com a inclinação do Sol em sua carreira.
O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do Esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da Matéria sobre o Espírito. A abertura indica o nível de conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é, ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como símbolo da Justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos.Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
NÍVEL E PRUMO
O NÍVEL como instrumento simbólico da igualdade, tem uma tradição muito importante e uma força muito grande dentro da Simbólica Maçônica. Como parte do triangulo, um dos tripés que sustentam toda a estrutura filosófica de nossa Ordem, ele é o emblema de um dos maiores princípios da Maçonaria.Aquele que foi emprestado para a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aquele que considera todo os homens iguais, independentemente de crenças religiosas, credos políticos, raças ou condição social. É o NÍVEL que nos faz tratarmo-nos de Irmãos, e , em nossos Templos, sentarmos lado a lado, patrão e empregado, pai e filho, General e Tenente, rico e pobre,sem nenhuma pretensão
O PRUMO, conhecido como perpendicular no passado, é o símbolo da retidão,da Justiça e da Equidade. Também simboliza o equilíbrio. Se o NIVEL simboliza a Igualdade entre os homens, o PRUMO significa que o Maçom deve possuir uma retidão de julgamento - seja essa ligação em grau de parentesco ou amizade. A perpendicular é também o símbolo de profundidade e de conhecimento. Quando p Aprendiz completa o seu tempo e após apresentar seu trabalho sobre o Grau, diz-se que está apto para passar da "Perpendicular ao Nível".
AS COLUNAS "B" e "J"
As COLUNAS B e J de nossa Loja, representam as COLUNAS que ficavam no Átrio do Templo de Salomão e não pertencem à divisão clássica arquitetônica.
A COLUNA B ou "Booz" (Hebraico BOAZ), isto é, - "na força", representa a generação; revela a estabilidade ponderada e deve ser branca.
As duas palavras reunidas significam, portanto: "Deus estabeleceu na força,solidamente, o templo e a religião de que ele é o centro".
A Bíblia nos diz, que as duas COLUNAS de bronze, foram erigidas à entradado Templo de Salomão, uma à direita, sob o nome de Jachin, e a outra àesquerda, sob o nome de Booz. Jamais houve qualquer contestação sobre o sexo simbólico dessas duas COLUNAS, a primeira delas suficientemente caracterizada como masculina pelo Iod inicial que a designa comumente. Com efeito, essa letra hebraica corresponde à masculinidade por excelência. Beth, a segunda letra do alfabeto hebraico, por outro lado, é consideradacomo essencialmente feminina, porque seu nome quer dizer casa, habitação,de onde a idéia de receptáculo, de caverna, de útero, etc. A COLUNA J é, portanto, masculino-ativa, e a COLUNA B feminino-passiva. O simbolismo das cores exige, conseqüentemente, que a primeira seja vermelha e a segunda branca ou negra.
A palavra Jachin, em hebraico, escreve-se com as letras Iod, Caph, Iod, Nun. Para evitar erro na pronúncia, escreve-se às vezes Jakin. A palavra Booz escreve-se com as letras Beth, Aïn (letra que não pode ser traduzida foneticamente senão por uma aspiração sonora, pelo espírito forte do grego), Zaïn. Muitas vezes escreve-se Booz em lugar de Boaz; no entanto, esta última ortografia está mais de acordo com o hebraico.
A Bíblia é formal: ela coloca Jachin à direita e Boaz à esquerda, o que está conforme com o simbolismo tradicional e universal.
O Rito Escocês coloca as duas COLUNAS desse modo, mas o Rito Francês inverteu as respectivas posições: ele coloca Jachín à esquerda e Boaz á direita, sendo que nada justifica essa mudança, nem mesmo o fato de essas COLUNAS terem sido transportadas do exterior para o interior do Templo.
Maçonicamente o Sol corresponde à COLUNA J e a Lua corresponde à COLUNA B e lhes são atribuídas as seguintes cores: Vermelho à COLUNA J, Branco ou Preto à COLUNA B, correspondendo assim ao Ativo e ao Passivo.
Se nos ativermos ao texto bíblico, as duas COLUNAS eram de bronze e ambas da cor natural desse metal. Para diferenciá-las, decidiu-se lhes adicionar as cores e tal decisão é arbitrária e discutível.
O lugar das COLUNAS varia de acordo com o lugar em que se coloca o observador: na frente ou atrás. Para a maioria dos símbolos, é preciso considerar o observador na sua frente.
É fácil notar que a cor branca corresponde perfeitamente à Sabedoria, à Graça e à Vitória; a cor vermelha, à Inteligência, ao Rigor e à Glória, enquanto que o azul está em harmonia com a Coroa, a Beleza, o Fundamento; o negro corresponde ao Reino.
Assim, portanto, ao lado direito (positivo) atribuímos a cor branca, ao lado esquerdo (passivo), a cor vermelha; no centro, a cor azul (neutra) e, na base, a cor negra (matéria).
Atribuindo o Branco à COLUNA da direita e, conseqüentemente, a Jachin, respeitamos o símbolo solar, atribuído a essa COLUNA, já que a luz do Sol é branca.
As três cores: azul, branco e vermelho figura na bandeira francesa.
A COLUNA J devia, portanto, ser branca e a COLUNA B vermelha; o azul é a cordo Céu e do Templo, da Abóbada Estrelada. A Maçonaria dá precisamente a cor branca a seus mais altos graus; a cor vermelha a seus graus intermediários e a cor azul a seus primeiros graus, cujos participantes, antes de qualquer coisa, devem praticar a tolerância.
As duas COLUNAS, assinalam os limites do Mundo criado, os limites do mundo profano, de que a Vida e a Morte são a contradição extrema de um simbolismo que tende para um equilíbrio que jamais será conseguido. As forças construtivas não podem agir senão quando as forças destrutivas tiverem terminado sua tarefa. Essas forças opostas são "necessárias" uma à outra. Não se pode conceber a COLUNA J sem a COLUNA B, o calor sem o frio, a luz sem as trevas, etc.
O SOL E A LUA
Representam o antagonismo da natureza - dia e noite, afirmação e negação, claro e escuro, presente na vida maçônica do Aprendiz, ensinando o equilíbrio pela consciência dos contrários.
O Sol é o vitalizador essencial, a fonte da luz e da vida, tanto dos animais como dos vegetais, nasce no Oriente, de onde vieram os ensinamentos da artereal.
A Lua, representa o amor, o princípio passivo e o feminino, simboliza a constância e a obediência, levanta-se quando o Sol se deita e reina sobre as estrelas, não com sua própria luz, mas refletindo a luz solar.
O Sol, ativo, fica à esquerda, e a Lua, passiva, fica à direita do Painel.
Na Loja os trabalhos são abertos simbolicamente ao Meio-Dia, quando o Sol esta em Zênite, e fechados à Meia-Noite, quando ele está no Nadir; nesse momento, supõe-se que a Lua esteja em seu pleno esplendor.
AS ESTRELAS
Simbolicamente representam a universalidade da Maçonaria, mas ressaltando na forma irregular em que são distribuídas, que os Maçons, espalhados portodos os continentes, devem, como construtores sociais, distribuir a luz de seus conhecimentos àqueles que ainda estão cegos e privados do conhecimento da Verdade.
CORDA DE 7 NÓS
As cordas na Maçonaria possuem várias interpretações de acordo com o número de nós. Quando em número de sete, representam as artes liberais (as que um homem livre podia exercer sem decair de seus concidadãos, por oposição às artes "mecânicas" ou "manuais", destinadas aos escravos na antiguidade) a saber: Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
Seu entrelaçamento simboliza também o segredo que deve rodear nossos mistérios. Sua extensão circular e sem descontinuidade indica que o império da Maçonaria, ou o reino da Virtude, compreende o Universo no símbolo de cada uma de nossas Lojas.
ORLA DENTADA
Possui numerosas interpretações simbólicas, mostra-nos o princípio da atração universal, simbolizado no Amor. Representa, com seus múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol; os povos reunidos entorno de um chefe; os filhos reunidos em volta dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja, cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los aos quatro ventos do Orbe Terrestre.
QUATRO BORLAS
Símbolo que também possui varias interpretações. Para a Escola Autêntica simbolizam a temperança, energia, prudência e justiça. Para a Escola Mística a fé, a esperança, a caridade e a discrição. Para a Escola Oculta as borlas representam a terra, a água, o ar e o fogo.
CONCLUSÕES
Para estudarmos o Painel da Loja de Aprendiz, seus símbolos, seus ensinamentos e a diagramação do próprio Painel, que se traduz no sentido simbólico da distribuição destes Símbolos sobre o Painel, o Aprendiz deverá aprender a separar o sentido literal, figurativo e oculto de cada Símbolo, para poder entender e compreender a forma harmoniosa que estes símbolos foram dispostos no Painel.
O sentido literal é aquele que encontramos nas antigas escrituras da Maçonaria Operativa e que foram incorporados na Maçonaria Especulativa, apenas no sentido figurativo e simbólico de seus instrumentos que ornamentam a Loja.
O sentido figurado é este que foi estudado neste trabalho. Pois pude notar que encontramos variações nas versões destes painéis e diversas interpretações diferentes, de acordo com a Escola que este ou aquele autoresta ligado; o que nos leva à crer que podem haver diversas formas de interpretações, mais profundas ou mais superficiais, dependendo apenas do grau de conhecimento e aprofundamento no estudo que forem feitos para desvelar o significado destes símbolos.
O sentido oculto da disposição dos símbolos no Painel, leva o Aprendiz a entender melhor o sentido dos trabalhos do Rito e os ensinamentos nele contidos. Além de entender melhor o próprio funcionamento da Loja.
BIBLIOGRAFIA:
Ritual de Ap⸫ M⸫R⸫E⸫A⸫A⸫ - Grande Oriente Paulista - Edição 2002.
Novo dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira -Folha de S. Paulo.
Os painéis da Loja de Aprendiz - Rizzardo Da Camino -Ed. Maçônica "A Trolha".
O Aprendiz Maçom - Rizzardo Da Camino - Ed.Madras.
Revista "A Trolha" nº 201 - Trabalho : O Simbolismo do Esquadroe do Compasso - Ir⸫ José César B. De Souza - páginas 39 à 41 - Ed.Maçônica "A Trolha".
Revista "A Trolha" nº 193 - Trabalho : A Simbologia Maçônica do Painel de Aprendiz - Ir⸫ Alcides Pereira Filho - páginas 38 à41 - Ed. Maçônica "A Trolha".
Ritualista Maçônica - Rizzardo Da Camino -Ed. Madras.
Simbologia Maçônica dos Painéis - Almir Sant´anna
Excelente trabalho, esta bem embasado, muito obrigado TFA
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