(republicação)
O Respeitável Irmão Sérgio Alvarim, Mestre instalado da Loja Cavaleiros Templários, 4.427, GOB, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:
sergio.vendas@metalma.ind.br
Estava participando de uma instalação em outra Loja, quando outro Mestre Instalado a meu lado comentou que após a instalação do novo Venerável Mestre, é dada posse para sua administração, inclusive o Orador. Se esse Orador da Loja não for um Mestre Instalado, como ele pode declarar que os trabalhos foram “JJ∴ e PP∴” se não participou de grande parte da sessão? Confesso que não soube responder e apelo para Irmãos mais experientes como é vosso caso.
Essas são contradições que, dentre outras, acabam por aparecer na Sessão Magna de Instalação e Posse – às vezes por omissão do Ritual e outras pela falta de interpretação do mesmo.
Uma boa parte dessas anomalias é a questão da adaptação. Digo isso porque tradicionalmente Instalação só existe no costume inglês (Craft). Como inventaram esse processo de Instalação em ritos que não há possui, como é o caso do Rito Escocês Antigo e Aceito, esse processo acabou sendo copiado e passou a ser consuetudinário também no Grande Oriente do Brasil desde o ano de 1.968.
Tudo bem. Se hoje esse processo é uma realidade e faz parte legalmente nas Obediências brasileiras, esse fato precisaria pelo menos ser mais bem estudado e adaptado. Entendo eu que nesse processo a Sessão de Instalação, por ser um Conselho de Mestres Instalados, deveria se distinguir da Sessão de Posse da nova diretoria.
Nesse sentido, o Conselho de Mestres Instalados se encerra imediatamente após a cerimônia de Instalação do novo Venerável, cuja cerimônia só tem início por ocasião da abertura do Conselho – aquela onde ficam presentes apenas Mestres Instalados.
Nesse processo de Instalação, antes de ser declarado encerrado o Conselho, o Orador (Mestre Instalado) daria as suas conclusões e seria confeccionada a ata do Conselho pelo Secretário (Mestre Instalado).
Findado o processo e declarado concluído o Conselho, dar-se-ia então o ingresso dos demais na forma costumeira, cujo novo Venerável agora dirigindo a Sessão daria a esta continuidade auxiliado pela Comissão Instaladora (que não é mais o Conselho). Ainda no particular do Conselho e a Comissão Instaladora.
a) Uma Comissão Instaladora deveria ser composta por “sete Mestres Instalados”.
b) Abrindo-se o Conselho com apenas os integrantes da Comissão (atuais três) e não mais existindo Mestres Instalados na oportunidade (isso é uma realidade em uma imensa maioria das Lojas)? Quem seria o Cobridor Mestre Instalado? Quem seriam o Orador e o Secretário Mestres Instalados? E o Mestre de Cerimônias? Não precisaria este também ser um Mestre Instalado?
c) Um Conselho se reúne em Loja. Em qualquer circunstância uma Loja só pode ser aberta com sete Mestres – nesse caso Instalados.
d) Uma Loja aberta, além dos outros seis, carece impreterivelmente de pelo menos um Cobridor.
e) Um Orador e um Secretário Mestres Instalados cumpririam os seus ofícios no Conselho.
f) O Mestre de Cerimônias é imprescindível no ato.
g) Um Conselho de Mestres Instalados só existe para a Instalação do novo Venerável. Encerrado este ele deixa de existir.
h) A Comissão designada por ato e composta por no mínimo sete Mestres Instalados daria autenticidade lógica ao Conselho.
i) Prever que na oportunidade possam existir outros Mestres Instalados, isso não é uma realidade, pois não existe a obrigatoriedade de uma Loja Simbólica existir com mais de um Mestre Instalado (o Venerável).
j) Mestres Instalados por ocasião do ato e integrantes da Comissão inquestionavelmente devem pertencer à Obediência à que pertence a Loja.
Dentre outros, esses tópicos elencados pelo menos deveriam ser observados para diminuir o grande número de elementos contraditórios.
Já na questão da posse da Diretoria da Loja, além dos respectivos Oficiais e Comissões, esta se desenvolveria normalmente (como é a prática atual) após a Instalação do novo Venerável, já que essa é uma obrigação particular da Loja, embora a Comissão permaneça em auxílio até que os cargos do Quadro estejam na oportunidade ocupados.
Nesse sentido, em breve estariam empossados o novo Orador e o novo Secretário da Loja. Assim sendo o Orador de ofício declararia se a Sessão de Posse fora Justa e Perfeita e o Secretário redigiria a ata pertinente ao ato.
Se esses procedimentos viessem ser bem observados, penso que muitas contradições seriam resolvidas, ou pelo menos amenizadas – uma ata redigida por ocasião do Conselho e outra no final da Sessão redigida pelo novo Secretário empossado.
Outros podem ainda pensar que adaptar o ritual é um verdadeiro “sacrilégio”, todavia é sempre bom lembrar que nos ritos de vertente latina, esse fato não seria uma mudança, senão uma obra de bom-senso, já que o original mesmo é a Instalação no Craft inglês e, por extensão no americano.
Nos ritos latinos isso é mesmo um “enxerto” que acabou virando Lei. Como essa impreterivelmente deve ser cumprida, pelo menos vamos tentar dar sentido aos fatos.
Ah! Nunca é demais lembrar que Mestre Instalado não é Grau Simbólico, senão um título distintivo, assim como uma Instalação é um ato solene e individual – Instalação “em grupo” é um processo lamentavelmente equivocado – eu não creio nas bruxas, porém que elas existem; existem.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.130 - Florianópolis (SC) – domingo, 06 de outubro de 2013
Sou MM da Loja Alvorada 1 ,DF...minha dúvida prende-se ao fato de que
ResponderExcluira minha Loja empossa um M.'.I.'. Sempre por achar o cargo vitalício pertencente ao M.'.I.'.sabemos que o M.'.Í.'. É um grau distintivo e não simbólico...sabemos também que na Maçonaria Simbólica existem somente 3 graus...1,2 e 3 existem somente ...pergunto por que essa obrigatoriedade? Obrigado Roberto Ávila.