(republicação)
Questão que faz o Respeitável Irmão Carlos Alberto de Souza Santos, GOB-RJ, REAA, sem declinar o nome da Loja, Oriente do Rio de Janeiro.
carlossantos1309@yahoo.com.br
O Mestre de Cerimônias compõe e organiza o cortejo, no Átrio para a entrada do Templo, com todos os irmãos já revestidos formando fila dupla, obedecendo, Aprendizes e Companheiros; a seguir os Mestres e Oficiais, cada qual no lado de seus lugares ou Altares e ... A dúvida se dá, por que neste momento não se executa a entradas dos irmãos no sentido da circulação em Loja?
CONSIDERAÇÕES:
Pelo simples fato de que a Loja não está ainda em procedimento de abertura. O ato de ingresso é a prévia para as providências. Somente após o Venerável tomar assento e solicitar aos Irmãos que o ajudem a abrir a Loja é que por convenção se iniciam os procedimentos de abertura – verificação de cobertura, verificação simbólica se os presentes são maçons, se há numero regular, se a Loja está composta, transmissão da Palavra, etc.
Dentro desse contexto, procedem aos deslocamentos na forma de costume, isto é: circulando no sentido horário. O que não se deve confundir são os procedimentos de abertura com o Sinal Penal que é executado somente após a Loja estar devidamente aberta.
Obviamente que na questão do Sinal ainda existe um pormenor que pode até parecer contraditório, porém não é. Como um dos procedimentos de abertura é o da verificação simbólica e no grau de Aprendiz não existe a Palavra de Passe a forma pela qual o Primeiro Vigilante cumpre a sua obrigação, é a de que ele coletivamente no Ocidente faz a verificação do seu lugar apenas pelo Sinal.
Já nos graus de Companheiro e Mestre no momento dessa verificação e, pela existência da Palavra de Passe, esta é feita de maneira individual pelo Sinal, pelo Toque e pela Palavra de Passe – todos no Ocidente ficam apenas em pé e de frente para o Oriente, somente executando os procedimentos de costume quando abordados um a um.
Assim esse é o único momento que pelo processo se exige o Sinal antes de estar a Loja devidamente aberta. Portanto há que se considerarem as distinções entre os procedimentos para abertura e o Sinal propriamente dito.
Infelizmente muitos Irmãos ainda se confundem imaginando, por exemplo, que se não há prática do Sinal então também não existe circulação. A verdade é que os atos são completamente distintos, pois existe a forma de se abrir os trabalhos de uma Loja e, nesse particular, uma das ações exigidas é o telhamento simbólico. Como o telhamento exige o Sinal esse é nessa oportunidade obrigatoriamente realizado.
Em resumo não é pela inexistência generalizada do Sinal na oportunidade da abertura da Loja que também esteja abolida a circulação. Ingresso no Templo antes do procedimento de abertura da Loja é um fato. Em trabalho de abertura da Loja é outro caso e, Loja aberta é o ato dela estar pronta para trabalhar.
Na questão do cortejo de entrada essa prática é adotada mais no sentido de organizar o ingresso, nada existe nele de feição litúrgica. Essa regra inclusive não é unânime na Maçonaria Universal, pois existem ritos e trabalhos que assim não observam.
Existem costumes em que todos aguardam dentro da Sala da Loja até o Venerável declarar que necessita de ajuda para abertura dos trabalhos, ou mesmo pronuncia que a partir daquele momento todos estão em Loja.
Inclusive é a partir desse momento que os Irmãos vestem suas alfaias. Obviamente isso é uma questão de costume e de cultura.
Já o Grande Oriente do Brasil já adota o préstito de entrada que tem por finalidade apenas o de organizar e disciplinar o ingresso entrada, nada mais.
Finalizando. Quando fiz referência ao telhamento de abertura dos dois outros graus, esse será o formato ritualístico assim que sejam aprovados os provimentos para correção dos rituais.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.129 - Florianópolis (SC) – sábado, 05 de outubro de 2013
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