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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

domingo, 5 de outubro de 2025

PEDRA ANGULAR - CÚBICA PIRAMIDAL

Em 03.04.2025 o Respeitável Irmão Rubens dos Santos Freitas, Loja Conceição do Arroio, 343, REAA, GORGS (COMAB), Loja Conceição do Arroio, 343, Oriente de Osório, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:

PEDRA CÚBICA PIRAMIDAL

Acompanho o Blog do Ir. Um Irmão leu um texto do Ir. sobre a Pedra Cúbica Piramidal, mas não se encontra material sobre este assunto, assim como não se encontra material de porque o Ocidente bate com as mãos sobre as pernas no final dos trabalhos. Também é difícil de conseguir trabalho sobre o REAA ser Azul nas Grandes Lojas e Vermelhos nas Lojas da COMAB. Se o Irmão puder me ajudar, agradeço.

CONSIDERAÇÕES:

Pela escassez de tempo, deixo apenas alguns comentários superficiais.

  1. A pedra cubo piramidal era utilizada como a pedra angular e servia como uma espécie de 0=pp da construção. Era a referência para os nivelamentos e aprumadas dos cantos das enormes construções de igrejas, mosteiros e catedrais da Idade Média. Nos tempos da Maçonaria Operativa, para o início das obras era costume se colocar no canto nordeste do terreno o marco inicial da construção. O nome cubo piramidal dado comumente para esta pedra era porque ela possuía, em um dos seus lados, forma pontiaguda como fosse uma pequena pirâmide apontada para cima. Era pontiaguda porque marcava o exato ponto de referência fixado no canteiro (pedra fundamental). Vale ressaltar que a pedra inicial era estrategicamente colocada no canto nordeste, para que a partir dela fosse aplicado o cordel com doze nós equidistantes, artefato utilizado para determinar o esquadro dos cantos. Este ponto inicial servia de base para a aplicação das propriedades do triângulo retângulo (Teorema de Pitágoras) na formação do canto em esquadria. Sob a óptica iniciática, por ser a pedra angular a primeira pedra colocada na construção, a Moderna Maçonaria procura reviver este antigo costume comparando esta pedra primária como o Aprendiz, grau inicial especulativo e fundamental para construção de um novo homem.
  2. No tocante ao bater com as mãos sobre as coxas, posso lhe garantir que isso não existe na liturgia do REAA. Uma explicação para esta prática pode ser encontrada em ritos que adotam esse costume para demonstrar simbolicamente o contentamento pelo salário recebido ao final da jornada de trabalho. Reitero, esta não é prática adotada pelo REAA.
  3. No tocante a cor, a que predomina no REAA é a encarnada (vermelha). Aventais de Mestre azuis não condizem com a originalidade do rito em questão. Infelizmente, por circunstâncias históricas, a partir de 1928 indevidamente começaram aparecer aventais azuis para os Mestres do REAA na Maçonaria brasileira. O GOB se manteve fiel à cor encarnada do REAA até 1965, quando indevidamente começou a caminhar na contramão da história azulando seus templos e aventais de Mestre. Espera-se que em um futuro não muito distante, a luz da verdade da história e o bom senso possam corrigir este equívoco no GOB, e assim voltar à originalidade encarnada que é referência para o REAA. Vide a “Confederação dos Supremos Conselhos do Rito Escocês Antigo e Aceito – Cobridor dos XXXIII Graus, adotado pelo Convento dos Supremos Conselhos Confederados – reunião em Lausanne (Suíça), em setembro de 1875”.
T.F.A.
PEDRO JUK – SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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