Por Ana Elizabeth Diniz
Quando se fala de maçonaria, a primeira coisa que vem à mente é a ideia de uma sociedade secreta, espadas cortando o ar, magias, rituais e símbolos. Tudo isso e mais um pouco está no livro "As Origens Ocultas da Maçonaria", de Mark Stavish, que acaba de ser lançado pela editora Pensamento.
O autor é um maçom ativo na Pensilvânia, membro de 32º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, dos Cavaleiros Templários e da Ordem da Estrela Oriental. Além disso, ele é teólogo e foi membro oficial de várias organizações iniciáticas tradicionais, inspiradas no rosacrucianismo, martinismo e na maçonaria regular.
A maçonaria, segundo ele, "é uma organização espiritual que encoraja a pesquisa e a expressão individual da espiritualidade sem prender seus membros a nenhum credo, doutrina, crença ou prática específica". "Cada maçom deve adotar um código moral para aprimorar seu caráter e, em seguida, a comunidade -, uma pessoa por vez - sem tentar promover esse aprimoramento por intermédio de movimentos de massa ou legislações", diz Stavish.
A maçonaria gera dúvidas. Alguns acreditam que existe um tesouro enterrado sob o Monte do Templo de Jerusalém, na Rosslyn Chapel, na Escócia, ou no famoso Money Pit de Oak Osland, na Nova Escócia. Para outros, o segredo é esotérico, talvez uma iniciação obtida pelos templários no Oriente Médio.
"Apertos de mão esquisitos, senhas e outras relíquias são do tempo em que não se emitiam documentos de filiação e pertencer à maçonaria era ato considerado fora da lei por príncipes temerosos de possíveis desafios democráticos a seu poder. Sem falar que a Igreja Católica Romana considerava a fraternidade uma heresia", analisa o escritor.
Ele faz questão de ressaltar que não existe "o" livro sobre a maçonaria, porque esta é um sistema de ensinamento moral velado por simbolismos. "Assim, cada maçom está livre para interpretar sua experiência ritualística da maneira que achar melhor e ninguém poderá acusá-lo de erro. Isso coloca a maçonaria em uma situação peculiar, mas também reflete com clareza a visão da época em que tal acontece. Se a maçonaria não possui nenhum credo a não ser a fé em um ser supremo, então, seguramente, ela não é uma religião e, como tal, não compete com as instituições religiosas tradicionais", escreve.
Os símbolos, segundo o autor, têm origem em práticas religiosas e místicas, sobretudo as da tradição judaica e cristã, e incluem elementos que, embora não identificados, não são bíblicos. "A noção básica de criar é a pedra fundamental da maçonaria e já se disse ao longo das gerações que a origem da fraternidade deve ser buscada nas associações de pedreiros medievais. A tradição oral estabeleceu que os maçons ou seus predecessores estariam de posse de algum segredo de Jerusalém ou outro lugar e inseriram-no na iconografia das grandes catedrais góticas", comenta o maçom.
Stavish relata que construir é o alicerce da maçonaria. "Construir uma pessoa melhor, uma comunidade melhor, uma sociedade melhor e um mundo melhor, exatamente nessa ordem".
Fonte: https://www.otempo.com.br/brasil
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