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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sexta-feira, 17 de abril de 2020

JACQUES DE MOLAY

JACQUES DE MOLAY

Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos Cavaleiros Templários, uma posição de poder e prestígio. Assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Thibaud Gaudin, no mesmo ano de 1298.

De Molay veio a falecer morto na fogueira aos seus 70 anos de idade no dia 18 de março de 1314 condenado pelo rei da França, Felipe o Belo e pela igreja de Roma, o papa Clemente V.

Nascido em Vitrey-sur-Mance, comuna francesa atualmente localizada no departamento de Haute-Saône, França, embora na época o vilarejo pertencesse ao Condado da Borgonha. Jacques de Molay nasceu no ano de 1244, em uma família da pequena nobreza francesa. Muito pouco se sabe sobre sua infância e adolescência.

E como muitos filhos da nobreza européia, de Molay entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários, organização sancionada pela Igreja Católica Apostólica Romana para proteger e guardar as estradas entre Jerusalém e Acre, sendo a última, à época, um importante porto no mar Mediterrâneo. A Ordem dos Cavaleiros Templários participou das Cruzadas, e conquistou um nome de valor e heroísmo.

Nobres de toda a Europa enviavam seus filhos para serem cavaleiros templários, e isso fez com que a Ordem passasse a ser muito rica e popular em todo o continente europeu e Oriente Médio. Em 1298, Jacques de Molay foi nomeado grão-mestre dos Cavaleiros Templários, uma posição de poder e prestígio. Assumiu o cargo após a morte de seu antecessor Thibaud Gaudin, no mesmo ano – 1298.

Como Grão-Mestre, Jacques passou por uma difícil posição pois as cruzadas não estavam atingindo seus objetivos. O anticatolicismo islâmico derrotou as Cruzadas em batalhas, capturando algumas cidades e portos vitais dos cavaleiros templários e dos Hospitalários (outra ordem de cavalaria). Restaram apenas um único grupo do confronto contra os sarracenos. Os templários resolveram, então, se reorganizar e readquirir sua força. Viajaram para a ilha de Chipre, esperando que o público geral se levantasse em apoio à outra Cruzada.

Filipe IV, o Belo, rei da França.

Em vez de apoio público, como sempre, os cavaleiros atraíram a atenção dos poderosos senhores feudais, muito deles seus parentes, pois para se entrar na ordem teria de se pertencer à nobreza. Em 1305, Filipe IV, “o belo”, rei de França, resolveu obter o controle dos templários para impedir a ascensão da ordem no poder da Igreja católica.

O rei era amigo de Jacques de Molay, um de seus filhos era afilhado do mesmo, o delfim Carlos, que mais tarde seria rei de França como Carlos IV. Mesmo sendo seu amigo, o rei de França tentou juntar a ordem dos Templários e a dos Hospitalários, pois sentiu que as duas ordens formavam uma grande potência econômica e militar. Filipe IV sabia que a Ordem dos Templários possuía inúmeras propriedades, bens e outros tipos de riqueza.

Sem obter o sucesso desejado, que era a de juntar as duas ordens e se transformar em um líder absoluto da mesma, o então rei de França armou um plano para acabar com a Ordem dos Templários, tendo chamado um nobre francês de nome Esquin de Floyran. O tal nobre teria como missão denegrir a imagem dos templários e de seu Grão-Mestre Jacques de Molay, e como recompensa receberia terras pertencentes aos templários logo após derrubá-los.

O ano de 1307 viu o começo da perseguição aos cavaleiros. Apesar de possuir um exército com cerca de 15 mil homens, Jacques de Molay havia ido a França para o funeral de um membro feminino da Casa Real Francesa e havia levado consigo poucos cavaleiros. Na madrugada de 13 de outubro (uma sexta-feira), ele e seus homens foram capturados e lançados nas masmorras por um homem de confiança do rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret.

Clemente V, nascido Bertrand de Goth, um marionete para Filipe, o belo.

Durante sete anos, Jacques de Molay e os cavaleiros aprisionados sofreram torturas e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV gerenciava as forças do papa Clemente V para condenar os templários. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas a proteção de Filipe.

Após três julgamentos, Jacques de Molay continuou sendo leal para com seus amigos e cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros. Em 18 de março de 1314, foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por de Molay. Desmentiu, então, as mesmas confissões. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte.

Foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques de Molay, outro cavaleiro, Guy d’Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados. O rei Filipe IV, o belo, ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques de Molay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. De Molay veio a falecer morto queimado na fogueira aos seus 70 anos de idade no dia 18 de março de 1314 condenado pelo rei da França e pela igreja de Roma.

Durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, amaldiçoando os descendentes do então rei de França, Filipe IV, o belo, o Papa Clemente V (Bertrand de GotT) e Guilherme Nogaret, conselheiro do Rei. O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da guarda e o conselheiro real Guilherme de Nogaret e no dia 27 de novembro de 1314 morreu o rei Filipe IV com apenas 46 anos de idade.

Grão-Mestre Templário

Jacques de Molay assume o grão-mestrado da ordem em 1298, não se sabendo no entanto a data exata da sua eleição. Será eleito em detrimento de outra figura de peso dentro da ordem, Hugues de Pairaud, sobrinho do visitador do templo em França.

No inicio do seu grão-mestrado é conhecido pela sua ação a favor de uma nova cruzada, desenvolvendo uma campanha diplomática na França, Catalunha, Inglaterra, nos estados da península itálica e nos estados pontifícios. Esta campanha visou não só resolver problemas internos que a ordem tinha, como também problemas locais, sendo resolvidas diversas disputas entre a ordem e bispos e também no sentido de pressionar as coroas e a Igreja a uma nova cruzada.

Non nobis domine, non nobis, sed nomini tuo da gloriam

Organiza a partir da ilha de Chipre ataques contra as costas egípcias e síria para enfraquecer os mamelucos, providencia apoio logístico e armado ao Reino Arménio da Cilícia, e chega a intentar uma aliança com o Canato da Pérsia, sem resultados visíveis.

Outro assunto que será discutido durante o seu mestrado na ordem será o da fusão entre as duas maiores ordens militares, a do Templo e a do Hospital numa só. A Ordem do Templo com a perda de Acre começava a ser questionada quanto à razão da sua existência. As suas funções de proteger os peregrinos e de defender a Terra Santa tinham cessado quando se retiraram para a ilha de Chipre. Jacques de Molay, em maio de 1307, em Poitiers, junto do papa Clemente V conseguira apresentar uma defesa contra esta fusão e ela não se realiza.

A prisão e o processo

Na sexta-feira de 13 de outubro de 1307, os templários no reino da França são presos em massa por ordem de Filipe IV, o belo, então rei de França. O grão-mestre Jacques de Molay é capturado em Paris. Imediatamente após a prisão, Guillaume de Nogaret proclama publicamente nos jardins do palácio real em Paris as acusações contra a ordem.

Os Templários reverenciavam o feminino sagrado e veneravam ÍSIS, a Mãe Cósmica…

Esta manobra régia impedira o inquérito pontifício pedido pelo próprio grão-mestre, o qual interno à Igreja, discreto e desenvolvido com base no direito canônico, emendaria a ordem das suas faltas promovendo a sua reforma interna. Jacques de Molay foi sentenciado à morte, em 1314, sendo queimado na Île de la Cité, em Paris.

A prisão, as torturas, as confissões do grão-mestre (DeMolay nunca confessou as acusações como menciona anteriormente), criam um conflito diplomático com a Santa Sé, sendo o papa o único com autoridade para efetuar esta ação.

Depois de uma guerra diplomática face ao processo instaurado contra a ordem entre Filipe o Belo e Clemente V, chegam a um impasse, pois estando o grão-mestre e o preceptor da Normandia, Geoffroy de Charnay sob custódia dos agentes do rei, estão no entanto protegidos pela imunidade sancionada pelo papa e absolvidos não podendo ser considerados heréticos.

Em 1314 o rei pressiona para uma decisão relativa à sorte dos prisioneiros. Já num estado terminal da sua doença, com violentas hemorragias internas que o impedem de sair do leito, Clemente V ordena que uma comissão de bispos trate da questão. As suas ordens seriam a salvação dos prisioneiros ficando estes num regime de prisão perpétua sob custódia apostólica e assegurando ao rei que a temida recuperação da ordem não será efetuada. Perante a comissão Jacques de Molay e Geoffroy de Charnay proclamam a inocência de toda a ordem face às acusações dirigidas a ela, a comissão pára o processo e decide consultar a vontade do papa neste assunto.

Marco no lugar da execução na fogueira de Jacques de Molay, na Île de la Cité (em português: Ilha da Cidade), em Paris. Traduzindo para o português o que está escrito: Nesse local, Jacques de Molay, último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, foi queimado, em 18 de março de 1314. Tal local está localizado na Pont-Neuf (em português: Ponte Nova).

Ao ver que o processo estava ficando fora do seu controle e estando a absolvição da ordem ainda pendente, Filipe IV, o belo, decide um golpe de mão para que a questão templária fosse terminada. Ordena o rapto de Jacques de Molay e de Geoffroy de Charnay, então sob a custódia da comissão de bispos, e ordena que sejam queimados numa fogueira na Île de la Cité, pouco depois das vésperas, em 18 de março de 1314.

Aquela data de segunda-feira, dia 18 de Março de 1314, jamais poderia ser esquecida, pois Jacques de Molay estava acima dos reis e devia obedecer ao papa enquanto Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários. Mas enquanto prisioneiro, enquanto o líder que protegeu os seus companheiros e que não traiu os seus princípios, ele esteve acima de qualquer homem. Um reinado se ganha com a descendência em uma dinastia, um papado se ganha com uma eleição e um herói e mártir independe de posição, prestígio e poder. Ele é definido por suas escolhas, atitudes e pelo exemplo dado. Jacques de Molay serve como um caminho a ser seguido até hoje para milhões de jovens e homens de todo o mundo.

Com isso Jacques de Molay passou a ser conhecido como um símbolo de lealdade e do companheirismo, pois preferiu morrer a entregar seus companheiros ou faltar com seu juramento.

Fonte: Facebook

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