Em 30/01/2020 o Respeitável Irmão Gilberto Marques, Loja Lindolfo Pires, 1.894, REAA, GOB-PB, Oriente de Sousa, Estado da Paraíba, apresenta a seguinte questão:
RETORNO AO TEMPLO E SAUDAÇÃO ÀS LUZES
1 - Vi em seus trabalhos que menciona que se deve fazer a saudação as luzes quando sair da Loja definitivamente. Porém a dúvida é a seguinte: Sou Mestre de Cerimônias da minha Loja e no ato da 1º instrução dos Aprendizes eu preciso sair do Templo e ir ao Átrio com eles, fiz isso sem saudar as luzes e depois entrei com o Aprendiz (conforme manda o ritual). O Orador de minha Loja na hora da sua fala comentou sobre essa minha falha, que eu deveria ter saudado as Luzes pois eu saí do templo. Eu fiquei na minha e ao que entendo tal saudação só deve ser feita se eu tivesse saído de forma definitiva do Templo antes da reunião acabar. Qual a forma correta na verdade? Mesmo não sendo num momento de instrução, supondo que um irmão na sua coluna solicite ir ao banheiro por necessidade e seja lhe autorizada sua ida... ele precisa entre colunas fazer o sinal para sair ou pode ir direto? Me tire essa dúvida quanto essa questão por favor.
2 - Gostaria que me indicasse alguns livros (em português) sobre o REAA. Queria estudar sobre o mesmo e ver suas raízes e tudo mais.
Saudações em Loja são feitas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente, bem como às Luzes da Loja quando da entrada formal em Loja após a abertura dos trabalhos (pela Marcha do Grau) e ainda quando da retirada de um obreiro em definitivo dos trabalhos. Assim, conforme o mencionado na sua questão, o Mestre de Cerimônias agiu de modo correto, pois sua retirada fora para cumprir um ato litúrgico e não uma saída definitiva do Templo. Em resumo, nessa ocasião, o Mestre de Cerimônias ao sair temporariamente do Templo não precisa saudar as Luzes. Do mesmo modo, quando de retorno ao recinto também não precisa fazer a saudação.
No caso da saída e retorno de um obreiro por necessidades fisiológicas, como o descrito na questão, ele também não precisa saudar as Luzes já que a sua retirada não é definitiva. É bom que se diga que numa situação dessas o necessitado não age por conta própria. Ele deve seguir as regras ritualísticas solicitando sua saída precária a quem de direito. Autorizado, o Mestre de Cerimônias é quem deve o conduzir para fora do Templo, aguardando o retirante no átrio para reconduzi-lo à Loja.
Sugiro a leitura da obra do saudoso Irmão José Castellani intitulada Rito Escocês Antigo e Aceito – História, Doutrina e Prática, assim como o livro de minha autoria denominado Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom – Tomo I. Neles, além do conteúdo, o Irmão encontrará uma vasta referência bibliográfica. Veja em www.atrolha.com.br
Siga também o Sistema de Orientação Ritualística na plataforma do GOB RITUALÍSTICA em http://ritualistica.gob.org.br
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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