(republicação)
Questão que faz o Respeitável Irmão Anderson Vasconcelos, Secretário Estadual de Educação e Cultura Maçônicas – GOB-AC, Oriente de Rio Brando, Estado do Acre. andersonvasconcelos@gmail.com
Devido a várias divergências com relação às posições do Primeiro e Segundo Vigilantes, Norte e Sul respectivamente no Rito Escocês Antigo e Aceito; gostaríamos de obter as considerações, com relação a este posicionamento.
CONSIDERAÇÕES:
Os apontamentos aqui apresentados relacionam-se apenas aos graus simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito:
O primeiro ritual do rito em questão somente se apresentaria na França no ano de 1.804, já que esse sistema (escocês) constituído pelos ditos altos graus não previa até então graus simbólicos.
Com o advento da fundação do Segundo Supremo Conselho, o da França, aparece no Grande Oriente da França o termo “simbolismo”. Esse primeiro ritual simbólico fora criado com base na Maçonaria Azul praticada nos Estados Unidos da América do Norte e baseada nos “antigos” de York.
À época o sistema dos Antigos era completamente desconhecido dos maçons franceses que copiavam o formato dos “modernos” de 1.717 da Maçonaria Inglesa. Ocorre que após a fundação do Primeiro Supremo Conselho em 1.801 em solo americano, a França fundaria já em 1.802 o Segundo Supremo Conselho em Paris.
Nas duas primeiras décadas do Século XIX o Grande Oriente da França encamparia o simbolismo e os graus subsequentes até o grau dezoito aparecendo então na oportunidade as Lojas Capitulares, deixando para o Segundo Supremo Conselho os demais graus (do 19º ao 33º).
É dentro desse teatro que aparece o primeiro ritual simbólico que copiava o formato antigo, sendo que neste é inexistente o Oriente elevado e dividido por balaustrada enquanto que o lugar do Segundo Vigilante se posiciona no meridiano do Meio-Dia.
Com o advento das Lojas Capitulares (até o Grau 18) houve a necessidade de adaptações como, por exemplo, o Oriente elevado e o consequente deslocamento do Primeiro Vigilante para o lado noroeste da Coluna do Norte e do Segundo para a banda sudoeste da Coluna do Sul - entre eles a porta de entrada da Sala da Loja.
Assim, a partir daí, em relação aos Vigilantes, estes se posicionariam no simbolismo do mesmo modo como se apresentavam nos graus acima do terceiro.
Assim, ao longo de algum tempo os Vigilantes ficariam no extremo do Ocidente e de frente para o Oriente.
Já aproximadamente a partir do segundo quartel do Século XIX, o Segundo Supremo Conselho retomaria a direção dos Graus 4 até o 18, deixando para o Grande Oriente da França apenas o simbolismo do Rito.
Dessa maneira eram extintas as Lojas Capitulares e no simbolismo o Rito assume o seu caráter de “antigo”, voltando o Segundo Vigilante para o meio do Ocidente na Coluna do Sul, tal como o conhecemos até hoje, enquanto que o Primeiro Vigilante se manteve no extremo do Ocidente, porém ainda deslocado para a banda Norte do espaço da Oficina (no costume antigo o Primeiro Vigilante fica no Ocidente e bem de frente para o Venerável).
Por assim ser, o Rito Escocês Antigo e Aceito no seu simbolismo e por influência anglo-saxônica, mantém essa tradição que, dentre outros, posiciona o Segundo Vigilante no meridiano do Meio-Dia para cumprir o desiderato ritualístico de que ele ali se encontra para verificar a “passagem do Sol no meridiano”.
“An passant” é dessa época que acabou permanecendo equivocadamente no simbolismo o Oriente elevado e divido fato esse que era corriqueiro nas Lojas Capitulares. Extintas essas Lojas, acabou se conservando consuetudinariamente essa topografia capitular.
Originalmente no primeiro ritual simbólico o Oriente não é dividido por balaustrada e nem possui degraus de acesso – elevado é apenas o sólio por três degraus.
O assunto é bastante complexo e aqui é apresentado como uma abreviada resenha, porém o importante é se souber que no simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito em relação ao posicionamento dos Vigilantes, este em alusão ao “antigo” do seu título distintivo o Segundo Vigilante toma assento na porção mediana da Coluna do Sul. A questão não é apenas de localização, contudo naquilo que exprime a dialética ritualística na abertura e encerramento dos trabalhos.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 490 Florianópolis (SC) 31 de dezembro de 2011.
Permanece dúvida: a afirmação de que os vigilantes se encontram no Ocidente "entre as luzes" se ampara em que??
ResponderExcluir