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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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segunda-feira, 5 de julho de 2021

ERROS COMUNS EM FALAS MAÇÔNICAS - PARTE II

ERROS COMUNS EM FALAS MAÇÔNICAS - Parte II
Ir∴ Osvaldo Novaes, 33º
ARLM Fraternidade Sergipense nº 11
Membro da Academia Maçônica Sergipana de Artes, Ciências e Letras
Or∴ de Aracaju, Sergipe

Dando continuidade aos erros comuns em falas maçônicas temos:

ATA OU BALAÚSTRE

De preferência, usar a palavra Balaústre, porque é caracterizadora do trabalho maçônico, diferenciando-o do trabalho profano, onde se usa comumente ata, embora as duas palavras se refiram à mesma atividade: registro fiel do que ocorreu nos trabalhos da assembléia, da reunião, do conclave.

É de se ver que na sua origem italiana, a palavra balaústre nada tem com registro de atos e fatos de reuniões, mas se refere a travessas pequenas que sustentam o corrimão de uma escada, ou fazem firmes as costas de uma cadeira. A palavra “balaustrada” encerra o significado original da palavra balaústre. Na origem, ata é mais adequada ao documento que contém anotações do ocorrido numa reunião.

No cerimonial ritualístico maçônico, encontramos: “ Leitura do Balaústre”, “Ir∴ Secr∴ tende a bondade de nos dar conta do Balaústre de nossos últimos trabalhos”; “Declaro o Balaústre aprovado (ou recusado)”. Para evitar confusão entre os IIr∴, que ficam na dúvida: ata ou balaústre, e embora não seja de maior relevância, ter a distinção entre uma e outra coisa marcará o que é da Maçonaria e o que é do universo profano. Nosso livro de registro de ocorrências será LIVRO DE BALAÚSTRES e não LIVRO DE ATAS.

De acordo com Rizzardo da Camino, conhecido autor de livros maçônicos, a ata é “o memorial de uma Loja maçônica”, mas o correto será Balaústre. (Dicionário Maçônico, Ed. Madras, 2001). Assim, o Ir∴ Sec∴ não escreve uma ata, mas grava um Balaústre, afirmando-se o linguajar maçônico.

SAUDAÇÃO AOS VVIG∴

Dizem : “IIr∴ 1º e 2º Vigilante”, quando o correto é: “IIr∴ 1º e 2º Vigilantes”, pois o plural em Irmãos obriga à concordância da palavra Vigilante com o plural. Como alternativa, podemos usar as expressões: “Ir∴ 1º Vig∴, Ir.: 2º Vig∴”. Mas, alguns IIr∴ ainda insistem na incorreta saudação. Dirão que são filigranas, mas se não houver zelo com o uso do próprio idioma, como preservaremos nossa identidade, nacionalidade e cidadania? Falar errado por ignorância, vá lá, mas se podemos melhorar, façamos isto.

FLUIDOS DAS MÃOS DOS IIR∴

Ao dizer: “A Bolsa de PProp∴ e IInf∴ apenas colheu os fluidos benéficos das mãos dos IIr∴”, damos a entender que os fluidos apenas vieram das mãos dos IIr∴, quando é sabido que os fluidos são resultados dos pensamentos e vibrações mentais dos OObr∴ na Loj∴, e as suas mãos são apenas o veículo para o depósito simbólico das irradiações positivas dos presentes, sendo então correto dizer-se que “A Bolsa de PProp∴ e IInf∴ apenas colheu os fluidos benéficos depositados pelos IIr∴, ou pelas mãos dos IIr∴”. Outrossim, vale lembrar que se diz fluido e não fluído, pois não há a palavra com tal acentuação no sentido que queremos lhe dar, no caso da Bolsa. Fluído é aquilo que correu, escorreu, fluiu. Dizemos: “tendo a reunião fluído em ordem”, “tudo fluíu como previsto.” Mas, o que vem dos IIr∴, pelas mãos colocadas na Bolsa, são fluidos, ou seja substância imaterial, transcendente, invisível, oriundos dos pensamentos harmônicos dos IIr.: no desejo do Bem e da Prosperidade.

SAÚDO E SAUDO

Insistem alguns IIr∴ em dizer erradamente a expressão, desprezando o verbo e utilizando palavra imprópria quando da saudação. Dizem, por exemplo: “Em nome de quem eu saudo (sic) os IIr∴ do Ocid∴ (ou do Or∴)”. Ao dirigir-se a quem de direito, a pessoa saúda e não sauda (!!) aquele que recebe a saudação. Saudo, como dizem os IIr∴ desprevenidos, com uma pronúncia que pode se confundir com saldo bancário. No discurso, dir-se-á saúdo.

Além da indelicadeza, usual é verdade, quando ao dizer “na pessoa de quem” , desprezam-se autoridade maçônicas, MM∴MM∴ IInst∴ presentes, visitantes, (será preguiça?), e vem o pior usando a palavra imprópria “saudo”, desprezando o correto português. Recomenda-se a saudação correta, completa, sem precisar mencionar nomes, salvo casos especiais. Sobretudo, ganha-se tempo para o que vai falar. Mas, imaginem um Ir∴ ante Presidente de Tribunal de Justiça, Deputado, Prefeito ou Grão-Mestre, dizendo: “eu saudo Vossa Excelência”, ou “eu saudo o Pod∴ G∴M∴”, com o homenageado pensando em saldo bancário! Pior: fica a certeza de que somos pouco respeitosos com nossa língua-mãe.

Fonte: https://fraternidadesergipense.mvu.com.br

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