(republicação)
O Respeitável Irmão Bartholomeo Freitas, sem declinar o nome da Loja, Rito, Obediência e Oriente (cidade) apresenta a questão que segue:
bartholomeofreitas@gmail.com
Meu Irmão, eu novamente venho com mais um questionamento, agora começo pela Sessão Magna Pública. Ela deve ser realizada de forma específica? Ou seja, sem ser antes precedida de uma Sessão Magna ou Ordinária privativa de maçom. Se for possível essa precedência, como iniciar a Sessão Magna Pública? Deve ocorrer o normal encerramento ritualístico com o fechamento do Livro da Lei? Ou apenas a suspensão dos sinais e palavras maçônicos e deixa-se o Livro da Lei aberto para depois da saída dos visitantes, passar o Orador a fechá-lo e o Venerável fechar a Loja a golpe de malhete, como se vê comumente? Há algum manual sobre a Sessão Magna Pública? Por fim, um Irmão, querendo, pode facultativamente portar sua própria espada (sem ser da Loja) nas sessões em sua faixa de Mestre? Ou ela somente deve ser portada quando o cargo ou função exigir?
Como essas Sessões Magnas Públicas estão previstas, em linhas gerais orienta-se da seguinte maneira:
1. Os convidados não iniciados aguardam na Sala dos Passos Perdidos em companhia de um Irmão Mestre previamente designado (dependendo pode ser o Cobridor Externo).
2. Abrem-se os trabalhos no Grau de Aprendiz, ficando suspensa a leitura da Ata assim como a circulação do Saco de Propostas e Informações.
3. O Venerável Mestre procede à abertura da Ordem do Dia na forma de costume informando o motivo da Sessão Pública, orientando que ficam abolidos os Sinais pelo tempo que se fizer necessário.
4. Dá-se então a entrada aos convidados. O Mestre de Cerimônias conduz primeiro as do sexo feminino que se posicionam na Coluna do Sul (Beleza). Ato seguido entram os de sexo masculino e tomam lugar na Coluna do Norte (Força).
5. Dado ingresso aos convidados, o Venerável solicita os procedimentos para o ingresso do Pavilhão Nacional. Tudo pronto há o ingresso do Lábaro no modo costumeiro.
6. Tudo concluído, o Venerável dá prosseguimento nos afins da Sessão.
7. Concluída a finalidade do trabalho, o Venerável concede a palavra sobre o ato.
8. Ato seguido o Orador faz a saudação aos convidados e procede-se a retirada do Pavilhão Nacional na forma de costume.
9. Conduzidos pelo Mestre de Cerimônias, retiram-se então os convidados a partir da Coluna do Sul e aguardam na Sala dos Passos Perdidos. Nessa oportunidade o mesmo Irmão designado para companhia permanece com os convidados.
10. Findados esses procedimentos, o Venerável encerra a Ordem do Dia, retornando a prática dos Sinais e, no modo costumeiro, faz circular o Tronco de Beneficência.
11. O Tronco é lacrado em respeito à presença dos convidados que ainda aguardam o encerramento dos trabalhos.
12. Finalizado o objeto da Sessão, o Venerável encerra ritualisticamente os trabalhos da Loja. Todos se retiram e dirigem-se para a Sala dos Passos Perdidos para os cumprimentos e despedidas pessoais aos convidados, ou outros destinos programados.
Outras recomendações:
1. Levando-se em consideração que a Sessão Magna Pública é realizada em Loja aberta, em hipótese alguma não iniciados (profanos) ocupam o Oriente, mesmo estando presentes autoridades civis, religiosas ou militares.
2. O Oriente é privativo dos maçons que atingiram a plenitude maçônica (Mestres Maçons).
3. Caso haja palestra proferida por um não iniciado este a proferirá no Ocidente.
4. São desnecessárias e de péssima geometria pronunciamentos e leitura pelos Irmãos de textos e afins que façam referência aos trabalhos maçônicos tentando explicar aos convidados os nossos procedimentos litúrgicos e ritualísticos. Dentre outras, só para citar como exemplo, aquela que fica justificando que nos nossos trabalhos sempre está presente a Bíblia e que “DEUS” é o Grande Arquiteto do Universo. A Maçonaria não carece dessas afirmativas aos olhos dos convidados.
5. É bastante salutar que os pronunciamentos dos Irmãos em geral por ocasião do uso da palavra, se restrinjam ao ato com brevidade e quando realmente for necessário.
6. Durante o uso da palavra sobre o ato, os Vigilantes devem orientar os visitantes que queiram falar. Estes geralmente não conhecem as nossas formalidades e necessitam às vezes de incentivo e orientação.
7. Nas Colunas, os Irmãos devem dar preferência dos lugares frontais aos convidados.
8. Não se encerra Sessão Maçônica com um golpe de Malhete.
Cabe aqui oportunamente uma explicação sobre o “Tronco Lacrado”. À bem da verdade esse procedimento somente tem lugar nessa ocasião e nunca nas sessões maçônicas que não sejam públicas. Essa maneira “lacrar o tronco” dá-se para não deixar os convidados que ainda esperam o encerramento da Sessão aguardando excessivamente, o que resulta em abreviar o tempo com a virtude de educação. Infelizmente, esse formato acabou por ingressar equivocadamente e indistintamente nas sessões maçônicas normais com a tal “em homenagem aos Irmãos visitantes vamos lacrar o Tronco”. Confundiram uma ocasião em que visitantes não iniciados aguardam com Irmãos visitantes. Para meter caroço no angu, ainda inseriram o termo “homenagem”. Ora, que homenagem seria essa para os Irmãos que nos visitam? Não revelar o produto auferido? Qual seria a razão? Mera invencionice e despropósito. Não existe Manual de Sessão Magna Pública.
T.F.A. PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.144 – Florianópolis(SC) – domingo, 20 de outubro de 2013
Querido ir Pedro jul, sobre o troco ser lacrado. Anunciar o tronco não dura mais que um minuto, não entendo o porque ganhar dois minutos a mais ou a menos.
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