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PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

segunda-feira, 15 de julho de 2024

ENTRANDO DE COSTAS E PORTA FECHADA

Em 11.10.2023 um Respeitável Irmão de uma Loja do REAA, GOB-RS, Estado do Rio Grande do Sul, faz a pergunta seguinte:

PORTA FECHADA

Assumi o 1º malhete da Loja e notei alguns costumes que se dão em nossa loja, não previsto no ritual e passo a indagá-lo na seguinte proposição:

Quando do retorno de membros ativos da loja, após cobrir o templo, se colocarem de costas para o Oriente e fazendo a frente somente após o fechamento da porta do templo, eu entendo da não necessidade de estarem de costas, pois no ritual não há esta determinação, mas como é de costume de nossa Loja ainda se faz tal procedimento. Esta é minha indagação ao nobre Irmão!

CONSIDERAÇÕES:

Como bem está mencionado na sua questão, isso não está previsto no ritual. Se não está, então para que inventar?

Veja, se cada Loja quiser impor os seus costumes, então ritual para quê. Ora, as Lojas do GOB seguem os rituais do GOB e o SOR, que é o sistema de orientação ritualística oficial do GOB, este criado por Decreto do Grão-Mestre Geral em 2019 para ser aplicado sobre os rituais.

Esta invenção de se entrar de costas é algo próximo das raias do ridículo. Assim, não faz sentido algum que Irmãos, ao retornarem aos trabalhos por conta de terem tido o templo coberto, ingressem desta forma. Ora, eles ao retornarem entram normalmente (andando de frente) e sem formalidades. Vale lembrar que esses Irmãos já estavam participando dos trabalhos.

É por isso que muitas vezes a Maçonaria latina é tida como o paraíso para invencionices. Muito provavelmente esta entrada “de costas” foi inspirada em uma passagem iniciática que ocorre durante a cerimônia para aumento de salário de um determinado grau, mas isso nada tem a ver com o natural ingresso no templo. A passagem é ritualística para um determinado momento e não uma regra de como reingressar no templo.

E assim corre o barco, afinal dizia um famoso escritor, se não é jabuticaba e só tem no Brasil, ou é besteira, ou é privilégio de alguns.

A propósito, os que se retiram temporariamente não "cobrem" o Templo, pois quem o cobre o Templo é o Cobridor. Quem sai não cobre, porém tem para si o templo coberto.

T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br

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