Em 29.03.2021 o Irmão André Palhares, Loja Sir Frances Bacon, 1.810, REAA, GOB-RJ, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:
APRENDIZ FALA EM LOJA?
Caro Irmão, gostaria que me esclarecesse um assunto que me gera grande dúvida. Canso de ouvir falar em Loja que o Aprendiz não fala, só ouve, porém durante alguns estudos me deparei com a afirmativa de que a afirmação que o Aprendiz não fala é só simbólica que não pode negar a palavra ao Aprendiz. O que o irmão poderia esclarecer sobre o assunto.
CONSIDERAÇÕES:
Existem de fato alguns rituais, de alguns ritos, que apregoam o silêncio total do Aprendiz, contudo isso me parece algo contraditório, pois o Aprendiz pode eventualmente ser inquirido em um telhamento ou num questionário de avaliação, o que faz com que ele necessite usar da palavra. Ora, ele canta o Hino Nacional em Loja e responde ao telhamento.
Ainda existe a necessidade de ele apresentar uma Peça de Arquitetura quando solicitado ou para aumento de salário. Em linhas gerais, o silêncio é iniciático e não me parece coerente decretar literalmente o silêncio de um Irmão em Loja.
No REAA o silêncio é apenas simbólico, onde emblematicamente o Aprendiz, que somente sabe soletrar, representa a primeira etapa da jornada iniciática, a infância. Desse modo sua fala é restrita apenas a assuntos que digam respeito ao seu grau.
Obviamente que existem matérias que não competem ao Aprendiz se pronunciar, sobretudo aquelas que não digam respeito.
Desse modo, o Primeiro Grau, relacionado à intuição, sugere ao obreiro uma acurada observação, evitando pronunciamentos desnecessários e que não contribuam com o seu aprendizado.
Contudo, tudo isso não significa silêncio total. Ora, o Aprendiz tem o direito de pedir esclarecimentos para as dúvidas que porventura apresentarem.
Também, ao ser inquirido nas sabatinas e nos exames ele precisa responder como qualquer obreiro em Loja e não ficar em silêncio.
Assim, entendo sempre que o bom senso deve imperar no ambiente da Loja. Ações devem ser tomadas de acordo com as regras e costumes, porém adequadas ao contexto que porventura se apresente.
T.F.A.
PEDRO JUK - Jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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