ILUMINAÇÃO NA CÂMARA DO MEIO
(republicação)
Em 11.07.2015 o Respeitável Irmão Rossano do Lago, Loja Independência e Luz, 301, REAA, GOB-RJ, Oriente de Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão: rmlago@hotmail.com
Querido Irmão Pedro, você não morre mais! Hoje mesmo em um debate habitual sadio entre os Irmãos de nossa Loja, seu nome foi cogitado para nos elucidar em mais uma duvida em nossa constante batalha por cada vez mais cumprir à risca o que diz em nosso Ritual. A dúvida surgiu após fazermos um balanço sobre a sessão de Exaltação realizada na última quarta-feira. A dúvida é sobre a iluminação do Templo. No Ritual de Mestre, em sua página 15, diz - "A Loja não recebendo luz exterior, é somente iluminada por nove luzes em grupos de três, nos Altares do VM e dos Vigilantes; uma lâmpada fosca, de luz tênue, penderá do teto da Loja, por sobre o t∴ ou e∴ simbólico". Nossa interpretação foi literal. Somente essas luzes permanecem acesas durante toda e qualquer sessão de MESTRE feita em Câmara do Meio, seja ela Ordinária ou Magna, independente se é de exaltação ou não. Os mais antigos de nossa Loja dizem que essa iluminação precária só é usada durante a cerimônia de exaltação e que, antes e depois da mesma ou em sessão Ordinária, as luzes da Loja estarão todas acesas normalmente assim como ocorre nas sessões de Aprendiz e Companheiro. Qual situação está correta? Luzes precárias somente durante a Exaltação ou em todas as sessões de Mestre realizadas em Câmara do Meio? Apenas informando que mesmo com essas poucas luzes acessas da para enxergar bem o que se passa no Templo, não causando nenhuma dificuldade para o desenrolar da sessão. Mais uma vez agradeço sua atenção, meu Irmão!
Entendo que pelo menos o Ritual deveria esclarecer melhor esses procedimentos, em vez de ensinar e fazer com que o protagonista, ainda Companheiro, durante a cerimônia de Exaltação dê os passos do Mestre para se aproximar do Altar sem nem mesmo ter sido ainda revestido e consagrado Mestre Maçom (veja se não é isso que acontece no ritual em vigência com um obreiro que ainda não é Mestre).
O fato é o seguinte. O ambiente em penumbra é restrito apenas ao momento da cerimônia de Exaltação. Abre-se primeira a Loja normalmente (com as luzes normais). Assim que o Respeitab∴, após a abertura dos trabalhos da Loja anunciar o início da cerimônia - que se inicia ritualisticamente com o Companheiro já devidamente preparado sendo examinado no Átrio - é que se apagam as lâmpadas que iluminam o Templo permanecendo apenas acesas as Luzes litúrgicas distribuídas sobre o Altar ocupado pelo Respeitab∴ e sobre as mesas dos VVenerab∴ Vigilantes. Também permanece acesa aquela (lux in tenebris) pendente do teto sobre o e∴ s∴.
A partir daí, até o momento em que o protagonista estiver acabado de passar pela consagração (sagração) e já revestido como novo Mestre, as demais luzes (lâmpadas) que iluminam o recinto serão novamente acesas.
A explicação para esse procedimento está na alegoria da câmara de luto onde está sendo simbolicamente pranteado pelo a∴ o M∴H∴, bem como a exposição da Lenda do 3º Grau e a sua teatral encenação.
Assim que o protagonista, agora já revivido da sep∴, ingressar no Oriente e estiver consagrado e revestido como novo Mestre, voltam às luzes à normalidade, o que significa o renascimento e a imortalidade daquele que de agora em diante pode ingressar no lugar de onde vem a Luz (Oriente).
À bem da verdade, em parte a Marcha do Mestre resume simbolicamente esse apólogo – com os movimentos solsticiais e o ingresso no Oriente.
Já em uma sessão Ordinária em Câmara do Meio não existe nenhuma encenação teatral, assim ela transcorre normalmente e sem a necessidade de se manter o Templo na penumbra – não se trata de deixar o ambiente confortável para leitura, porém a distinção entre uma Sessão Magna que objetiva encerrar a senda iniciática com a Lenda do 3º Grau e uma Sessão Ordinária onde o Mestre pode traçar o seu projeto e também conferir a Obra da Vida fazendo uso da justa medida anunciada pelo Compasso e pela retidão sugerida pelo Esquadro (domínio completo dos instrumentos).
Finalizando – qualquer que seja o tipo de Sessão, Magna ou Ordinária, em sendo ela no Grau de Mestre a mesma será sempre em Câmara do Meio. Seria redundante se efetuar a pronuncia “Sessão de Mestre em Câmara do Meio”, já que ambas são consideradas a mesma coisa.
Ainda, Altar é aquele ocupado pelo Venerável. Os Vigilantes ocupam mesmo mesas. Aliás, os Altares da Loja Simbólica são apenas o tomado pelo Venerável, o dos Juramentos - que nada mais é do que uma extensão do primeiro - e o dos Perfumes que não serve para nada no simbolismo depois de ser usado na sagração do Templo.
T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.903 – Rio Branco (AC) – quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
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