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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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sábado, 25 de abril de 2020

PROCEDIMENTO DO COBRIDOR

PROCEDIMENTO DO COBRIDOR 
(republicação)

Em 20.07.2015 o Respeitável Irmão Anderson Vasconcelos, Venerável Mestre da Loja Adolfo Barbosa Leire, 3.341, REAA, GOB-AC, Oriente de Senador Guiomard, Estado do Acre, solicita esclarecimento para o que segue: 
andersonvasconcelos@gmail.com

Trago um questionamento de minha Loja sobre a ritualística do Ir∴ Cobridor. Como ele deve proceder com a chegada de um Irmão atrasado? 

O Cobridor pode fazer a aclamação e bateria? 

Ou deve permanecer o tempo inteiro com a espada? 

CONSIDERAÇÕES:

1 – ATRASADO: o ideal mesmo seria que ninguém chegasse atrasado, todavia como é público e notório, esse fato tem habitado corriqueiramente entre nós. Sob o ponto de vista legal, geralmente as Obediências não tratam desse caso oficialmente para não se dar margem à institucionalização do “retardamento” – trocando em miúdos, oficializar o atraso. Como não se crê nas bruxas, mas é fato que elas existem, então vamos aos retardatários.

Genericamente, o atrasado pedindo ingresso em Loja aberta dá na porta do Templo a bateria maçônica universal por três pancadas distintas (bateria do Aprendiz). O Cobridor Interno, observando que o momento não seja propício para interrupção dos trabalhos, sem nada comunicar à Loja, de espada em punho vai até a porta e nela dá com o cabo da espada a mesma bateria universal que ouviu e retorna ao seu lugar. 

O que pede ingresso nessa oportunidade deve ter discernimento suficiente para compreender que a resposta recebida do Cobridor Interno pela mesma bateria significa que ele (o atrasado) deve aguardar em silêncio o momento propício para ser atendido.

Assim que o Cobridor perceber a possibilidade de ingresso do retardatário, ele, de espada em punho e em pé, faz a comunicação sobre a presença de um Obreiro no Átrio e que pede ingresso na Loja.

Recebido o retorno do Venerável nos conformes ritualísticos, o Cobridor verifica quem bate entreabrindo um pouco a porta e em seguida informa quem se apresenta pedindo ingresso.

Em sendo um Irmão conhecido o Venerável de imediato autoriza o acesso do retardatário solicitando ao Mestre de Cerimônias que o conduza conforme os usos e costumes. O Cobridor, ainda portando a espada, abre a porta para os procedimentos de ingresso necessários.

O Irmão atrasado então, acompanhando o Mestre de Cerimônias, ingressa com formalidades enquanto o Cobridor Interno fecha a porta e retorna ao seu lugar.

Se o retardatário não for um Irmão conhecido da Loja, o procedimento será o mesmo, porém resguardada a cautela de se submeter ao reconhecimento daquele que pede ingresso através do Segundo Experto.

Assim, somente depois de seguramente estar reconhecido o retardatário pelos meios de costume, inclusive com a verificação de documentos pelo Orador, é que será autorizado o ingresso.

No caso da situação ocorrer durante um momento propício – que a Sessão possa ser interrompida imediatamente – o Cobridor Interno não precisa retornar a bateria pedindo que se aguarde.

Assim, ele comunica prontamente que batem maçonicamente à porta do Templo adotando os mesmos procedimentos anteriormente já expostos no quinto parágrafo dessas considerações.

Independente do Grau simbólico de trabalho da Loja, a bateria maçônica será sempre àquela concernente ao Grau de Aprendiz por parte do atrasado.

Compete ao Cobridor ou aos demais Irmãos de direito se certificarem se a qualidade maçônica do que pede ingresso está compatível com o Grau de trabalho da Loja.

Essa regra se aplica também ao Cobridor Interno – não existe aumento de bateria por Grau entre os protagonistas e nem mesmo a tal pancada de alarme. Isso é pura invenção que não condiz com as verdadeiras práticas maçônicas.

A porta do Templo não é lugar para esses aumentos de bateria muito menos dela se faz um elemento para percutir essas batucadas.

Apenas a título de esclarecimento, note-se quanto atrapalho para o desenvolvimento da Sessão da Loja pode proporcionar um Irmão retardatário. Por essa razão é que não estão previstas essas práticas oficialmente.

Se sem mesmo estiver previstas, esses embrolhos já corriqueiramente acontecem... Agora se imaginem em sendo isso tudo legalmente prognosticado!

2 – Em relação ao uso da espada, eu acrescento a seguir um trecho dos provimentos para correção e aperfeiçoamento do ritual que enviei ao GOB no ano de 2.013 quando eu ainda era Secretário Geral Adjunto do Rito e que nunca recebi sequer uma reposta ou atenção. Segue o trecho:

A ESPADA: Com dois gumes, sem corte, comprida, reta e pontiaguda com punho e guardas, ou corpos ela é sempre empunhada pela mão direita na ritualística maçônica. 

a) Espada embainhada – As Lojas podem providenciar bainhas para os Cobridores e Expertos. Sem esse artifício as espadas ficarão presas ao dispositivo existente na Faixa do Mestre para esses Oficiais. 

b) Espadas são privativas dos Mestres Maçons.

c) Espadas que serão utilizadas pela Comissão de Recepção, bem como a de Retirada e a Guarda de Honra é recomendável que previamente estejam colocadas pelo Arquiteto no Átrio do Templo para a organização ritualística.

d) Espadas quando utilizadas para a formação da abóbada de aço, ou outras passagens ritualísticas previstas nos Rituais estarão colocadas em dispositivos localizados atrás do encosto das primeiras fileiras de cadeiras situadas nas Colunas do Norte e do Sul imediatamente de frente para o eixo do Templo (Equador).

e) Uso da espada estando parado - 1 – (Espada à Ordem) O titular estará em pé e parado, com o corpo ereto, pés unidos pelos calcanhares formando uma esquadria, empunhando a espada com a mão direita, colocada junto ao corpo pelo lado direito, punho à altura da cintura, lâmina na vertical com a ponta para cima, antebraço direito formando um ângulo aproximado de 45º com o braço e o cotovelo afastado do corpo. O braço esquerdo estará caído normalmente ao lado do corpo. Com a espada embainhada o portador comporá Sin.´. com a(s) mão(s) na forma de costume.

f) Uso da espada estando parado - 2 - (abatidas em continência ao Pavilhão Nacional) O titular estará em pé e parado, com o corpo ereto, pés unidos pelos calcanhares formando uma esquadria, mão direita segurando a espada pelo punho, mão firme, braço e antebraço estendidos em diagonal – ângulo de 45 graus em relação ao lado direito corpo – ponta da espada no alinhamento do braço e antebraço aproximadamente 15 centímetros do solo. O portador da espada nessa oportunidade voltará o olhar para a Bandeira.

g) Uso da espada estando parado - 3 – (em formação da abóbada de aço) O titular estará em pé e parado, com o corpo ereto, pés unidos pelos calcanhares formando uma esquadria, mão direita segurando a espada pelo punho, mão firme, braço e antebraço estendidos para à frente – ângulo de 45º em relação à frente do corpo. A ponta da espada tocará suavemente naquela empunhada pelo outro protagonista imediatamente à sua frente. Observação – Em qualquer situação descrita nos itens “a” e “b” o portador da espada após ter encerrado o procedimento, volta com a espada à Ordem.

h) Uso da espada em deslocamento – (Espada em ombro-arma) Quando esta não estiver embainhada, o titular anda normalmente, empunhando-a com a mão direita colocada junto ao corpo pelo lado direito, punho à altura da cintura, lâmina na vertical com a ponta para cima, antebraço direito formando um ângulo aproximado de 45º com o braço e o cotovelo afastado do corpo (ombro-arma). 3 – Durante a aclamação e a bateria o Cobridor deve manter a espada ou embainhada ou presa no dispositivo da faixa do Mestre que está prevista no Ritual do Terceiro Grau. Existe ainda um dispositivo que geralmente é colocado atrás do encosto do assento para acondicionar a espada. Assim, o Oficial com as mãos livres (espada embainhada ou presa ao dispositivo) compõe normalmente o Sinal, pronuncia a Aclamação e executa a Bateria na forma de costume. 

4 – O Cobridor somente empunha a espada por dever do seu ofício ou se porventura o ritual assim determinar. É oportuno salientar que cargos em Loja são privativos dos Mestres Maçons, daí a preocupação, no caso do uso da espada, estar sempre relegada ao Mestre – Aprendizes e Companheiros não ocupam cargos – previsto inclusive no Regulamento Geral da Federação. 

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.927 – Florianópolis (SC) – segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Um comentário:

  1. Ressalvamos que estes procedimentos são atinentes aos Ritos Escocês e Brasileiro. O Adonhiramita e o moderno são adotadas posturas ritualísticas diferentes!

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