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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 8 de outubro de 2024

O MALHETE

JOSÉ FRANCISCO FERRAZ LUZ - M∴M
ARLS Estrela da Paz -  2696 - Or∴ São Paulo

É comum em Loj, após o giro do Sac de PProp e IInf, ser colocado sob Malhete, algumas das CCol GGrav, que DDiscif pelo Ven Mestr ficam pendentes de decisões futuras, quer sejam pelo Ven Mestr ou pela Adm da Loj.

Em que pese a auto explicitação do vocábulo, pesquisei em vários dicionários, chegando à conclusão de que existe dúbia interpretação, senão vejamos.

A palavra tanto pode ser interpretada como martelo, malho, maço, como também aparador ou recipiente daquelas ações de batidas através de uma pela côncava que recebe a convexa cabeça do malho, tal qual fazem os Leiloeiros e Magistrados quando dão sua última palavra, o veredicto.

Não é à toa que na palavra Maçom exista a mesma radical do instrumento Maço, pois o calceteiro utilizava-o no ofício de pedreiro-livre, quando calçava pedra por pedra, nos pisos, paredes e abóbodas das Catedrais em que operavam.

Na língua francesa também é nomeado de franc-maçon, assim como francomaçonaria, que por sua vez vem de freestone-mason.

Significam pedra branda, mole, friável, trabalhável, pedra grês ou calcárea: por conseguinte, pedra de cantaria, o escultor em Pedra.

A nossa Ord∴ é sábia na sua transfiguração de oficiais operativos para especulativos. Pois assim como o maço está para a pedra, estamos nós para com o maço, conscientizando-nos todas as vezes que o utilizamos em nossas CCol∴ para a construção de nossos Templos.

Somos construtores de CCol∴ que, elevadas sobre o fluído do espírito, tomam base na moral, erguendo-se na sociedade familiar, política e religiosa, de forma justa e perfeita.

É do maço do calçador, do escultor, que eles produzem o belo. É dele que nos utilizamos, mecanicamente, em nossas oficinas, para lembrarmos que na formação do nosso caráter muitas e muitas ações de vontade interagem sob a nossa inteligência e prudência.

Estes são os mistérios que geral o maço no malhete, servindo-nos, diuturnamente do meio dia à meia-noite, não só durante três, cinco, sete ou mais anos, mas na multiplicação destas cifras até hoje.

Chegamos ao ano 5759 da Criação, em que pese nada haver mudado desde o crime de Caim, cavamos masmorras para enterrá-lo e construímos templos à Abel, através de CCol∴ maciças de fé e de esperança em nossas obras.

Não é à toa que colocam-se sob malhete decisões que não devem ser tomadas sob impulsos emotivos ou conveniências políticas, em que somos envolvidos pela oportunidade da ocasião.

Será tarefa de muitas sonoras e cansativas batidas sobre o malhete que nos prepararão a inteligência para discernir o que fazer daquele pedido, daquela decisão a tomar com referência àquele assunto pendente, que não fora deixado por esquecimento, mas da sábia providência do G∴A∴D∴U∴.

Ofereçamos, pois este malhete, tão cheio de incansáveis batidas, com recipiendiários de esperança na criação do verdadeiro Maçom, livre e de bons costumes.

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