JOSÉ FRANCISCO FERRAZ LUZ - M∴M∴
ARLS Estrela da Paz - 2696 - Or∴ São Paulo
É comum em Loj∴, após o giro do Sac∴ de PProp∴ e IInf∴, ser colocado sob Malhete, algumas das CCol∴ GGrav∴, que DDiscif∴ pelo Ven∴ Mestr∴ ficam pendentes de decisões futuras, quer sejam pelo Ven∴ Mestr∴ ou pela Adm∴ da Loj∴.
Em que pese a auto explicitação do vocábulo, pesquisei em vários dicionários, chegando à conclusão de que existe dúbia interpretação, senão vejamos.
A palavra tanto pode ser interpretada como martelo, malho, maço, como também aparador ou recipiente daquelas ações de batidas através de uma pela côncava que recebe a convexa cabeça do malho, tal qual fazem os Leiloeiros e Magistrados quando dão sua última palavra, o veredicto.
Não é à toa que na palavra Maçom exista a mesma radical do instrumento Maço, pois o calceteiro utilizava-o no ofício de pedreiro-livre, quando calçava pedra por pedra, nos pisos, paredes e abóbodas das Catedrais em que operavam.
Na língua francesa também é nomeado de franc-maçon, assim como francomaçonaria, que por sua vez vem de freestone-mason.
Significam pedra branda, mole, friável, trabalhável, pedra grês ou calcárea: por conseguinte, pedra de cantaria, o escultor em Pedra.
A nossa Ord∴ é sábia na sua transfiguração de oficiais operativos para especulativos. Pois assim como o maço está para a pedra, estamos nós para com o maço, conscientizando-nos todas as vezes que o utilizamos em nossas CCol∴ para a construção de nossos Templos.
Somos construtores de CCol∴ que, elevadas sobre o fluído do espírito, tomam base na moral, erguendo-se na sociedade familiar, política e religiosa, de forma justa e perfeita.
É do maço do calçador, do escultor, que eles produzem o belo. É dele que nos utilizamos, mecanicamente, em nossas oficinas, para lembrarmos que na formação do nosso caráter muitas e muitas ações de vontade interagem sob a nossa inteligência e prudência.
Estes são os mistérios que geral o maço no malhete, servindo-nos, diuturnamente do meio dia à meia-noite, não só durante três, cinco, sete ou mais anos, mas na multiplicação destas cifras até hoje.
Chegamos ao ano 5759 da Criação, em que pese nada haver mudado desde o crime de Caim, cavamos masmorras para enterrá-lo e construímos templos à Abel, através de CCol∴ maciças de fé e de esperança em nossas obras.
Não é à toa que colocam-se sob malhete decisões que não devem ser tomadas sob impulsos emotivos ou conveniências políticas, em que somos envolvidos pela oportunidade da ocasião.
Será tarefa de muitas sonoras e cansativas batidas sobre o malhete que nos prepararão a inteligência para discernir o que fazer daquele pedido, daquela decisão a tomar com referência àquele assunto pendente, que não fora deixado por esquecimento, mas da sábia providência do G∴A∴D∴U∴.
Ofereçamos, pois este malhete, tão cheio de incansáveis batidas, com recipiendiários de esperança na criação do verdadeiro Maçom, livre e de bons costumes.
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