A Jóia do Mestre de Cerimônias é
a Régua Graduada. A Régua é considerada como símbolo do método, da retidão, da
Lei. Também pode ser considerada símbolo do Infinito, pois uma linha reta não
tem começo, nem fim. Representa ainda o “aperfeiçoamento moral”.
A Régua, que tem como uso
principal o traçado de linhas retas, tem origem bastante antiga. Consta que era
usada para medir as enchentes do Rio Nilo. É ainda utilizada, quando chamada
“Régua de 24 polegadas” como instrumento para marcar o Tempo, que não deve ser
desperdiçado na ociosidade, mas aplicado nos trabalhos para melhoria da
Humanidade.
Deve o Mestre de Cerimônias ter
pleno conhecimento dos Sinais, Toques e Palavras de todos os Graus. Deve também
ter o mais completo domínio do cerimonial Maçônico, nas sessões Ordinárias e
principalmente, nas sessões Magnas. O Mestre de Cerimônias, embora não seja
uma das Dignidades da Loja, tem grande responsabilidade no andamento dos
trabalhos, e por isto, para exercer este cargo, deve-se escolher
criteriosamente um Irmão experiente.
Seu lugar em Loja é no Ocidente,
junto à balaustrada que separa o Ocidente do Oriente, no pé da escada de
acesso a este, à frente do Ir\ Tesoureiro. O Mestre de Cerimônias é o diretor
do cerimonial da loja, tendo as seguintes atribuições:
Distribuir com antecedência as
insígnias e aventais aos Oficiais da Loja.
Para que não se entre no Templo
com a mente ocupada com pensamentos profanos, é comum que o Mestre de Cerimônia
exorte os Irmãos a deixarem seus problemas mundanos lá fora, concentrando-se
para a Sessão que iremos realizar. Na maioria das Lojas o Mestre de Cerimônias
faz uma breve alocução que finaliza com o desejo sincero de ver, ao final dos
trabalhos, o Ir\ Orador consagrá-los Justos e Perfeitos.
• Antes mesmo de adentrar ao
Templo, o Ir\ Mestre de Cerimônias deve, no Átrio, organizar a fileira dos
Irmãos com os Aprendizes à frente, seguidos dos Companheiros e Mestres.
Anunciará a entrada dos Vigilantes e do Venerável Mestre, com sua comitiva de
Mestres Instalados, visitantes ilustres, etc. e o acompanhará até o Trono, indo
em seguida para o seu lugar.
• Preencher os Cargos vagos, por
Ordem do Venerável Mestre, convidando os Obreiros da Loja para ocupar o lugar
dos Oficiais ausentes, providenciando suas insígnias. Companheiros e
eventualmente Aprendizes podem ser chamados a exercer funções, mas não devem
subir ao Oriente, nem substituir os Vigilantes.
• O Mestre de Cerimônias deve
conduzir ao Oriente os Mestres Instalados visitantes e os Membros dos Altos
Corpos. Depois de iniciada a sessão, esta providência será tomada por ordem do
Venerável. Considerando que no Simbolismo o mais alto grau é o de Mestre
Maçom, nenhuma deferência especial precisa ser dedicada aos Graus Filosóficos.
Nenhum grau, ou cargo, por mais elevado que seja, tem esse direito. Como é um
gesto de cortesia, se o Venerável quiser prestar homenagem aos portadores de
Graus Filosóficos, a seu exclusivo critério, ele os convidará ao Oriente..
• Cabe ao Mestre de Cerimônias
comunicar ao Venerável que a Loja está composta, que os cargos estão
preenchidos e que todos os llr\ se acham revestidos de suas insígnias etc.
aguardando então instruções do Venerável para o prosseguimento dos trabalhos.
• É da competência do Mestre de
Cerimônias organizar todas as Comissões formadas para dar ingresso às
autoridades do Grão-Mestrado, ao Pavilhão Nacional e, nas sessões brancas, aos
profanos visitantes.
O Mestre de Cerimônias acompanha
o Ex-Venerável mais moderno ou o Orador até o Altar dos Juramentos para
abertura (ou fechamento) do Livro da lei e também o reconduzirá ao Oriente.
Durante a abertura (ou o fechamento) permanecerá de pé, sem fazer qualquer
sinal, fora do Pavimento Mosaico, por trás do ex-Venerável mais moderno ou do
Orador.
Depois da leitura do Balaústre, o
Mestre de Cerimônias deverá levantar-se e verificar se a sua redação foi ou não
aprovada, e comunicar o resultado ao Venerável Mestre, mencionando se a
aprovação foi unânime, ou por maioria. Tal procedimento é repetido sempre que
houver aprovação pelo sinal convencional. Após a aprovação do Balaústre, o
Mestre de Cerimônias recolhe o livro do Secretário e o conduz ao Venerável e
ao Orador, para colher suas assinaturas.
• E responsabilidade do Mestre de
Cerimônias a circulação da Bolsa de Propostas e Informações, colhendo
ritualisticamente toda Proposta, Prancha, Peça de Arquitetura etc. que os
Obreiros pretendam encaminhar à Loja. Não há mais anúncio, por parte do Mestre
de Cerimônias, de que ele se encontra preparado para iniciar o giro com a Bolsa
de Propostas, mas, ao término da coleta, irá postar-se entre colunas e
anunciará ao 2º Vigilante que percorreu a Loja com formalidades, estando entre
colunas aguardando ordens e aguardará efetivamente a ordem do Venerável para
dirigir-se ao Trono e entregar-lhe a Bolsa.
• O Mestre de Cerimônias
assistirá, de pé e à ordem ao lado do Trono do Venerável, a abertura da Bolsa
de Propostas. Aguardará a devolução da mesma pelo Venerável, verificará se de
fato está vazia e só então retornará ao seu lugar.
• Quando da formação da Cadeia de
União, o Mestre de Cerimônias posta-se entre os Vigilantes e recebendo de cada
um deles a Palavra Semestral irá comunicá-la, como a recebeu, ao Venerável
Mestre. Após a confirmação de que a palavra está correta, retorna à sua posição
na Cadeia de União, para o seu encerramento.
- Ao término da Cadeia de União,
é responsabilidade do Mestre de Cerimônias incinerar o cartão onde a Palavra
Semestral veio escrita.
• Toda e qualquer peça ou coluna
gravada da qual a oficina não tenha querido tomar conhecimento, inclusive as
Propostas e sindicâncias de profanos rejeitados ou que desistam da Iniciação,
deverão ser igualmente incinerados pelo Mestre de Cerimônias.
• O Mestre de Cerimônias deverá
conduzir ao Altar do Venerável qualquer solicitação, moção, Lembrete etc. feito
por escrito por qualquer Irmão, que não tenha sido colocado a tempo na Bolsa de
Propostas e informações.
• Conduzir ao seu devido lugar
qualquer Ir\ que eventualmente chegue atrasado à sessão.
• Conduzir à porta do Templo o
Ir\ que, por qualquer motivo, precise ausentar-se durante os trabalhos,
temporária ou definitivamente.
• Conduzir os candidatos à
iniciação, Elevação, Exaltação, Filiação ou Regularização até o Altar dos
Juramentos, para que prestem o compromisso solene e sejam reconhecidos pelo
Venerável, em sua nova condição.
• Auxiliar o Venerável em todas
as formalidades Ritualísticas existentes nas Sessões de Pompas Fúnebre, Adoção
de Lowtons, Confirmação de Casamentos etc., que são muito trabalhosas.
• Embora o Livro de Presenças
seja responsabilidade do Ir.'. Chanceler, a coleta de assinaturas dos IIr\ que
tenham se atrasado ou não tenham assinado, é feita no interior do Templo pelo
Ir.'. Mestre de Cerimônias, que circulará com o livro pelas colunas.
O Mestre de Cerimônias é o
mensageiro oficial do Venerável, podendo eventualmente ser auxiliado pelo 1º Diácono, se assim determinar o Venerável.
O trabalho do Mestre de
Cerimônias é tão importante que, estando entre colunas, tem o direito de pedir
a palavra diretamente ao Venerável, com uma simples pancada da palma da mão
direita no dorso da mão esquerda.
O Ir:. Mestre de Cerimônias é
também o único Oficial que tem o direito de circular livremente em Loja,
podendo levantar-se e fazê-lo, a qualquer momento, sem pedir permissão.
TFA.'. do Cristos Dócolas +
Loja Obreiros de São João Nr.42
REAA - GLMERS, Porto Alegre - RS
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