Ajudar é um ato de amor e
solidariedade que engrandece os que terão sempre o que dar.
Ajuda à Loja Maçônica - Poucas pessoas se dão conta dos problemas da pequena Loja Maçônica da qual participam. Ignoram os detalhes mais elementares sobre a estrutura da Oficina, não somente quanto aos trabalhos, mas também sobre a administração.
Não é raro vermos o Tesoureiro,
de chapéu na mão tentando sensibilizar os Irmãos para que auxiliem nas
dificuldades da Loja. A grande maioria está instalada em imóveis alugados e a
locação é alta. Mas mesmo os que já conseguiram Templo próprio não estão livres
de muitos gastos. Impostos, serviços, material para limpeza, manutenção e
funcionamento da Loja, etc.
Algumas conseguem manter uma
estrutura básica, já que desde a fundação sempre há alguns Obreiros caridosos,
que suportam os gastos imprevistos.
Os inadimplentes - O dízimo não é
prática maçônica; geralmente é votado o valor da mensalidade de cada Obreiro,
para cobrir as obrigações financeiras. Comumente, porém, alguns Irmãos precisam
ser cobrados, porque não quitam a mensalidade no dia que estabeleceram.
Quem são essas pessoas que se
omitem em relação à Loja, que assumem compromissos e não cumprem e atrapalham
mais que ajudam? Vamos encontrá-las entre os de melhor recurso financeiro e que
gastam com almoços, festividades, presentes ou vaidades pessoais muitas vezes
mais do que oferecem à sua Loja. Desembolsam boas quantias com passeios,
esportes, modelagem do físico, cursos de línguas, informática, música, dança.
Os que não podem, não podem. Não é a esses que estamos nos dirigindo. Quem não
tem recursos pode colaborar de muitas outras maneiras.
Discernimento - Embora na Loja
Maçônica se aprenda sobre a ciência da eternidade, o que não se aprende em
nenhuma escola, as pessoas ainda não se convenceram desta realidade e não
confiam na terapêutica do Grande Arquiterto do Universo. Fazem análise,
meditação transcendental, querem “entrar em alfa” e compram caros livros de
autoajuda, escritos por habilidosos profetas que conhecem as fraquezas humanas.
Compram caras pirâmides, cristais, duendes, obras de artistas, mas têm
dificuldade para oferecer à Loja uma doação condizente com a ajuda recebida.
Evidencia-se nesse momento a pobreza da alma, pior do que a do bolso. O
problema, no caso, é de discernimento, não de dinheiro.
O grave é que diante do
desinteresse da maioria os dirigentes afoitos são levados a comportamentos por
vezes não doutrinários. Para suprir a falta da contribuição promovem jogos e
festas que descaracterizam o agrupamento maçônico. Diante dos compromissos ou
fascinados pela caridade acabam por fazer o inverso do que a Maçonaria ensina
em suas pregações.
Gratidão - Alertamos os que
participam das atividades maçônicas para que observe lucidamente qual tem sido
seu comportamento junto à casa que o agasalha. Dirigimo-nos a todos os
frequentadores, indistintamente, e em especial aos que se dizem trabalhadores
da Loja que oferece de graça sua doutrina soluciona angústias e permite, mesmo
diante de todas as limitações, que pratiquemos a caridade que eleva, utilizando
o nome da Maçonaria. É um departamento do Grande Arquiteto do Universo sempre
disponível para atendimento em horas amargas.
Trate com carinho a sua Loja,
ajude para que ela cresça e possa servir a mais gente. Volte um pouco no tempo
e relembre em que condições você foi Iniciado. Retribua com dignidade o que
recebeu e estará exercitando a gratidão, uma das características essenciais a
quem alimenta o desejo de permanecer Maçom.
Sem que se dê conta, esta é a
verdadeira poupança para servi-lo nos dias em que os valores da Terra já nada
mais signifiquem. Invista no Espírito porque o corpo já recebeu o suficiente.
Oficinas – Esse nome deriva das
antigas associações e corporações dos artesãos. Quando a maçonaria era
operativa, a oficina era o reduto de trabalho manual; posteriormente, esse
trabalho passou a visar o bem-estar social; finalmente, o trabalho foi
sublimado, sendo os materiais trabalhados os que compõem o próprio ser humano,
sob todos os aspectos, inclusive com o “auto aperfeiçoamento”.
As arestas produzidas pelos
vícios, o maçom deve retirar de si mesmo, como as imperfeições, a desobediência
e as omissões.
O trabalho é constante, de modo
que a oficina maçônica esteja sempre em funcionamento. A atividade do maçom não
se restringe à frequência de sua Loja, uma vez por semana. Todos os dias da
semana são dias de trabalho e de oficina.
O trabalho é permanente; em Loja,
o maçom comparece para “recarregar” as suas baterias gastas. A comodidade e a
preguiça são males a serem superados; o maçom está sempre em vigília e à
espreita da oportunidade de auxiliar os seus Irmãos e a sociedade. O pecado não
está em “fazer”, mas sim em “deixar de fazer”. O desleixo equivale ao
atrofiamento.
Pontualidade e assiduidade - São
comuns nas Lojas os debates sobre eleições administrativas, sistemática dos
trabalhos doutrinários, problemas administrativos e tudo o mais. Entretanto,
queremos lembrar de um detalhe que merece pouca atenção da maioria dos
Veneráveis Mestres e que é de suma importância. É comum as reuniões não terem
hora para começar e nem para terminar.
Generalizou-se entre nós de tal
forma o desprezo pelo horário, que passou a fazer parte dos “usos e costumes”.
Atrasar é tão natural que já não é considerado grave. Mais isto é
irresponsabilidade e incapacidade de gerenciar a sua própria vontade. É falta
de autodisciplina. Todos temos objetivos no campo das conquistas maiores,
pretendemos destaque nas atividades que empreendemos, mas quando não realizamos
corretamente as tarefas simples não nos qualificamos para as obras maiores.
A proposta deste comentário é
lembrar que temos de ser exemplos e que a pontualidade e a assiduidade são o
mínimo que devemos manter quando da execução de tarefas doutrinárias. Horário é horário, antes da hora
não é hora, depois também não é hora! Hora é hora.
A Paciência – A Paciência é uma virtude
que a Maçonaria cultiva, porque é irmã gêmea da tolerância. Paciência não é a
habilidade de esperar; mais a capacidade de manter uma boa conduta enquanto
espera. É a virtude que consiste em suportar dores, incômodos, infortúnios, sem
queixas, de forma conformada e resignada. É perseverança tranquila.
O Obreiro maçom, para desbastar a
pedra bruta, burilá-la e poli-la, deve revestir-se de paciência.
A paciência conduz à perseverança, e essa à
conquista do alvo planejado. O maçom recém-admitido à Loja para progredir,
alcançar aumento de salário (promoção de grau), deve buscar o Companheirismo e
posteriormente o Mestrado, deve pautar a sua conduta dentro da Loja com
exemplar paciência.
Tudo o que é destinado ao homem é
alcançado; as precipitações, o afoitamento, a pressa, são meios conturbadores.
Há circunstâncias em que a paciência precisa de energia, quando deve orientar,
corrigir, manter a disciplina. O importante a considerar é que só aplica a
paciência aquele que já a conquistou. Conclui-se que sem ela continuaremos
ansiosos; irritadiços, mal-humorados e, consequentemente, neuróticos e doentes,
contaminando o próprio ambiente onde respiramos.
Harmonia – Harmonia significa,
sobretudo, “equilíbrio”; no dualismo maçônico se faz necessário, como prática
do bom senso, a observância das atitudes e do comportamento harmônico. O
ajustamento das notas musicais resulta na harmonia da música.
Em uma Loja maçônica, a harmonia
constitui um dos segredos de êxito; vivendo todos em harmonia, evitar-se-ão os
dissabores, as querelas e o desamor. Cada maçom tem a obrigação de tudo envidar
para que haja plena harmonia no grupo. Viver em harmonia equivale a ser feliz,
pois, em paz, tudo pode ser realizado, tanto em benefício individual como para
o grupo e, consequentemente, para a sociedade.
A harmonia constitui uma virtude
que deve ser cultivada com zelo, interesse e cuidados extremos. A loja que
mantiver harmonia em seu quadro será próspera e terá realizado seu objetivo.
PS - A Loja Ideal existe sim em nosso
conceito. É tudo o que aspiramos, de toda a perfeição que concebemos ou se pode
conceber. Objeto da nossa mais alta
aspiração intelectual, estética, espiritual, afetiva, prática, Sem mágoas,
invejas, ciúmes, melindres,
desarmonias...
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