(republicação)
O Respeitável Irmão Ricardo de Souza Paula, Loja Acácia de Balneário, 3978 Oriente de Balneário Camboriú, Estado de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão:
ricardoveterinario@terra.com.br
Os Irmãos quando vão apresentar uma peça de arquitetura eles procedem de que forma? Temos em nossa Loja 2 correntes: A primeira que eu sigo diz que o Irmão fica de pé e à Ordem, com a peça na mão, saúda verbalmente o Venerável Mestre, Primeiro Vigilante, Segundo Vigilante e demais irmãos, desfaz o Sinal de Ordem e começa a leitura sem pedir licença para tal ao Venerável.
A segunda corrente afirma que o Irmão fica de pé e à Ordem, sem falar nada, faz a saudação maçônica ao Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes (desfazendo o sinal para cada um), aí volta à Ordem e espera o Venerável autorizar.
Conforme o ritual - Cobridor do Grau - Página 39
Saudação Maçônica - Est⸫ à Ord⸫, lev⸫ a m⸫ dir⸫ horiz⸫ até o omb⸫ dir.: e dep⸫ deix⸫ cair ao long⸫ do corp⸫ for⸫ uma esq⸫, volt⸫ depois ao Sin⸫ de Ord⸫
Primeira Instrução - Página 165
O Sin⸫ Gut⸫, ou Saud⸫ Maç⸫, é feito à entrada do Templo, durante os ttrab⸫, ao Ven⸫ Mestre e aos VVig⸫ - Estando à Ord⸫, leva-se a m⸫ dir⸫ ao omb⸫ dir.: e deixa-se cair o br⸫ d⸫ ao longo do corpo, volt⸫, depois ao Sin⸫ de Ord Como é o correto então?
CONSIDERAÇÕES:
Vamos por partes. Obedecendo a regra de que todo obreiro em Loja aberta que estiver em pé e parado fica à Ordem, assim, para a apresentação de uma Peça de Arquitetura, o Obreiro estará por primeiro à Ordem com o seguinte procedimento:
Primeiro: ele deve deixar o escrito sobre o assento, se posicionar em pé com o corpo ereto e os pés em esquadria, compondo o Sinal do Grau em que a Loja estiver trabalhando.
Segundo: com a postura indicada ele cumpre o protocolo, que não é saudação, proferindo o cargo das Luzes – Venerável Mestre, Irmãos Primeiro e Segundo Vigilantes, e por fim, meus Irmãos.
O Venerável, que é o único que pode dispensar o Sinal, em uma atitude de bom senso, dispensa o mesmo para o conforto do usuário da palavra que precisará ter um texto escrito às mãos.
Ato seguido o apresentante da Peça, apanha os escritos, procede à apresentação, recoloca os escritos sobre o assento, retoma a postura de se estar à Ordem, desfaz o Sinal e senta-se novamente.
Se por acaso o Venerável não se aperceber que o apresentante precise ter as mãos livres para o manuseio do texto, o próprio Irmão pede então essa permissão ao Venerável.
Não há como confundir procedimentos de telhamento e saudação com a oportunidade de se estar em pé em Loja aberta para o cumprimento de um ofício.
Um obreiro fazendo uso da palavra se dirige por primeiro as Luzes da Loja por protocolo consuetudinário o que não é em hipótese alguma a saudação maçônica pelo Sinal, daí não se dever saudar pelo Sinal a cada cargo proferido pela ocasião protocolar. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
Ratificando, no uso da palavra o usuário à Ordem, sem desfazer o sinal a cada citação, profere o cargo dos enunciados.
Também não se deve confundir que ao se desfazer o Sinal pelo cumprimento simbólico da pena esteja obrigatoriamente se fazendo uma saudação. É bem verdade que os procedimentos são iguais, porém as finalidades é que se distinguem.
A sutileza da ritualística é rica em detalhes que demandam de um bom entendimento para a verdadeira compreensão da Arte.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JBNews n. 813, 17/11/2012
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