(republicação)
Dúvidas apresentadas pelo Respeitável Irmão Denílson Forato, membro da Loja Cavaleiro Grande Oriente, 3.730, REAA⸫, GOB⸫ Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo.
denilsonforato@gmail.com
Preciso sanar uma duvida: No REAA⸫, quando uma Loja porventura tenha só 7 (sete) Mestres para abrir trabalhos, fica: 1- Venerável Mestre; 2 - 1º Vigilante; 3 -2º Vigilante; 4 – Orador; 5 – Secretário; 6 – Guarda do Templo. Formou-se a Estrela de David. 7 -? (Qual cargo é o sétimo) Tesoureiro? Mestre de Cerimônias?
Perguntas adicionais: 1 - Circula-se a palavra, para abertura dos trabalhos? 2 - O Orador lê a abertura e quem faz sua cobertura? 3 - Abre-se e fecha-se no Malhete? Ficaria muito grato em saber essas informações.
CONSIDERAÇÕES:
Uma Loja somente poderá ser aberta na presença de sete Mestres. Além da própria tradição maçônica e independente de ritos, o Grande Oriente do Brasil prevendo essa tradição assim determina no seu Regulamento Geral da Federação.
Para o Rito em questão e observando os dispositivos legais com sete Mestres a Loja ficará composta pelo Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor e Mestre de Cerimônias.
Para a transmissão da Palavra o Secretário cumprirá o ofício do Primeiro Diácono enquanto o Mestre de Cerimônias o do Segundo. O Cobridor não se afasta do seu lugar devido à importância do seu ofício na guarda da entrada da Sala da Loja.
Essa questão da tal Estrela de David é mera filigrana inventada no passado que ainda tem guarida nos tempos atuais.
Primeiro que a Estrela de David que é composta por dois triângulos equiláteros sobrepostos de tal maneira que forme a estrela de seis pontas não é apanágio dos Ritos de vertente francesa como é o caso do Rito Escocês Antigo e Aceito. Estrela de Seis Pontas é símbolo dos trabalhos ingleses.
Segundo é que pela disposição dos cargos em Loja no Rito Escocês é preciso um grande exercício de imaginação para se construir uma estrela formada por dois triângulos equiláteros.
No giro da bolsa de propostas ou de beneficência o que está em verdadeira apreciação é a importância dos cargos que são abordados por primeiro e deles o Cobridor faz parte pelo seu valor na doutrina, tradição e liturgia maçônica.
A estrela preconizada no Rito Escocês é a Pitagórica, ou Hominal e é composta por cinco pontas sendo elemento de estudo do Segundo Grau e, da mesma forma, nada tem a ver com a circulação de Oficiais em Loja.
Quanto às perguntas adicionais:
No item número um não entendi bem a questão de “circular a palavra”, todavia em linhas gerais, a partir do momento em que o Venerável pede aos Irmãos para ajuda-lo na abertura da Loja, procede-se a circulação na forma de costume (sentido horário no Ocidente).
Nesse caso o que fica abolido é o Sinal até a Loja estar declarada aberta, salvo àquele que prevê o reconhecimento como dever do Vigilante, ou Vigilantes se for o caso.
No item número dois também a questão me parece confusa. “Cobertura do Orador” não existe. Se a questão se referir a ele deixar o seu lugar para a leitura do Livro da Lei, isso é perfeitamente exequível, pois ele pode deixar a sua mesa para o desempenho temporário do ofício.
No item número três a questão continua confusa. “Abre-se e fecha-se no malhete”. Mesmo assim farei um exercício para compreender a dúvida. Talvez o Irmão esteja se referindo ao golpe único de malhete para abrir e fechar os trabalhos. Se for essa a dúvida, posso lhe afirmar que em lugar algum no Ritual está prevista essa aberração.
Toda Sessão que transcorreu dentro dos princípios e leis, portanto “Justa e Perfeita” será aberta e fechada na forma ritualística conforme o Grau. Uma sessão que porventura venha a ser aberta ou fechada por um só golpe de malhete não é considerada legal.
Assim, “no malhete” talvez possa se considerar que toda sessão é aberta ou fechada, agora a sua legalidade está em percutir o malhete conforme especifica o Ritual.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JBNews n. 799, 03/11/2012
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