Páginas

PERGUNTAS & RESPOSTAS

O “Perguntas & Respostas” que durante anos foi publicado no JB News e aqui reproduzido, está agora no “Blog do Pedro Juk” . Para visita-lo ou tirar suas dúvidas clique http://pedro-juk.webnode.com/ ou http://pedro-juk.blogspot.com.br

sábado, 22 de agosto de 2020

BASTÃO E O MESTRE DE CERIMÔNIAS

BASTÃO E O MESTRE DE CERIMÔNIAS
(republicação)

Em 08/01/2016 o Respeitável Irmão Enildo José Pires Cabral, Loja Custódia do Moxotó, 3.986, GOPE/GOB, REAA, Oriente de Custódia, Estado de Pernambuco, formula a questão seguinte: enildojpcabral@yahoo.com.br

Peço a sua ajuda para esclarecer a seguinte duvida levantada em nossa Oficina por alguns Irmãos. Após a realização de uma sessão Magna de Iniciação, houve um debate entre alguns Irmãos sobre o trabalho executado pelo Irmão Mestre de Cerimônias. Uns argumentando que o mesmo ao cumprir a determinação do Venerável Mestre durante todo o Ritual de Iniciação deverá portar o seu bastão, (páginas 118, 120, 131,133, 135, 138, 141), outros, no entanto argumentam o contrário, de que o nosso Ritual não prevê tal procedimento. Gostaria que se possível o nobre Irmão me esclarecesse, via e-mail sobre a prática correta de circulação do Mestre de Cerimônias durante uma Sessão Magna de Iniciação, como também onde posso encontrar mais informações a respeito.

CONSIDERAÇÕES:

Páginas 118 – 120 envolvem procedimentos relativos à prova da T∴S∴ com a participação do Mestre de Cerimônias. Em face dessa prática ritualística, cujo protagonista está vendado, o Oficial não porta o bastão, justificando-se pela necessidade de mobilidade na condução do Candidato e outros procedimentos de acordo com o ritual, o que faz com que o Mestre de Cerimônias careça estar com as mãos livres nessa oportunidade.

Página 131. Trata-se do ato de conduzir o candidato ainda vendado e ajuda-lo nos procedimentos pertinentes ao Juramento – é dispensado o uso do bastão para facilitar a missão do Mestre de Cerimônias ao prestar auxílio, inclusive ao Venerável.

Página 133. Trata-se da condução do candidato vendado para se recompor após o Juramento e em seguida posicioná-lo no lugar de costume para receber a Luz. Nessa oportunidade também o Mestre de Cerimônias tem a missão de desvendar o iniciando. Pelas características desse ofício, é dispensado o uso do bastão.

Páginas 135 – 138. Nelas destacam-se procedimentos da Sagração e constituição do Aprendiz, entrega dos paramentos, instrução e comunicação dos segredos do Grau Aprendiz, etc. Assim, também o Mestre de Cerimônias como auxiliar imediato do Venerável não usa o bastão no exercício dessa atividade iniciática.

Página 141 - Nela há a saudação da Loja ao recém-iniciado que também agradece pela bateria, auxiliado pelo Mestre de Cerimônias. Devido a esse procedimento, e os que se seguem no ato (assinatura no Livro e condução ao lugar devido), ele também não usa bastão.

RECOMENDAÇÕES PELO BOM SENSO NA PRÁTICA RITUALÍSTICA

Evidentemente que existem situações ritualísticas que não comportam o uso do bastão pelo Mestre de Cerimônias, até pela praticidade da ação e da agilidade e conforto do ofício no ato. Isso significa que o bastão como instrumento de ofício, não deve atrapalhar a prática conforme a situação. É a história do bom-senso e não uma questão de estar ou não escrito.

Em resumo, o Ritual de Aprendiz na sua página 44 exara o seguinte: “O M∴ de CCer∴ estará munido de bastão, não devendo usá-lo quando circular em Loja, excetuando-se na abertura e no encerramento dos Trabalhos, ou quando conduzir um Irmão em Loja, ou ainda quando o Ritual o determinar”.

Analisando o escrito vê-se que há uso obrigatório nos procedimentos que envolvem o Mestre de Cerimônias quando da abertura e encerramento ritualístico da Sessão. No que diz respeito a conduzir um Irmão em Loja, significa nas conduções formais e não naquelas que envolvem conduções em segmentos de práticas do teatro iniciático, já que se a situação exigir bastão o Ritual assim determinará.

Nas demais situações o Mestre de Cerimônias em cumprimento ao seu ofício não porta o bastão. Isso é facilmente compreendido em se analisando atentamente as práticas litúrgicas e ritualísticas de uma sessão maçônica, sem que com isso haja a necessidade de que tudo precise estar escrito. O ideal é que o praticante de Maçonaria saiba primeiro o verdadeiro significado dos fatos e das ações antes de coloca-las em prática – isso se faz com acurada atenção e estudo.

T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 2.134 – Florianópolis (SC) – Sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário