Em 06.03.2020 o Respeitável Irmão Ismael Ramos Gomes, Loja Luz e Verdade, 123, REAA, Grande Loja de Santa Catarina, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, formula a seguinte questão:
PEDINDO A PALAVRA
Em primeiro lugar quero agradecer seu pronto atendimento em minha solicitação pelo Messenger dando-me assim a oportunidade de maiores informações sobre assuntos de ritualística o qual descrevo abaixo.
Conforme mencionado no Messenger, na data de ontem em Seção de Aprendiz ocupei a posição de 2º Experto por não estar muito bem de saúde, e assim ficar mais próximo a saída do templo. Minha função atual em Loja é Mestre de Cerimônias. Em determinado momento, senti-me um pouco pior na condição de saúde, levantei e fiquei em posição e sinal do grau, esperando a manifestação do 2º Vigilante para comunicar o Venerável Mestre que eu havia interesse de falar, como assim não ocorreu eu pedi a palavra para solicitar meu afastamento definitivo dos Trabalhos. Fiz correto em esperar para o 2º Vigilante solicitar a palavra ou minha atitude foi correta?
CONSIDERAÇÕES:
Essas não são situações corriqueiras, mas podem perfeitamente acontecer durante os trabalhos de uma Loja, sobretudo quando se trata da saúde de alguém.

Em se tratando de ordem e organização de procedimentos, alguém para pedir a palavra em caráter de urgência num momento em que a mesma não está concedida à Loja, nas Colunas pede-se a palavra ao respectivo Vigilante. Para tal utiliza-se da forma de costume, isto é, ainda sentado, o obreiro, para chamar atenção, bate com a palma da sua mão direita no dorso da sua mão esquerda, levando em seguida a mão direita espalmada à frente. Por sua vez, o Vigilante da Coluna comunica diretamente ao Venerável que alguém, fora do tempo próprio, pede a palavra. Se autorizado pelo Venerável, o Vigilante então a concede. Ato seguido, o Irmão que pediu a palavra fica à Ordem e expõe o motivo que o fez extemporaneamente (que não é próprio do tempo em que se faz ou sucede) solicitar o uso da mesma. Caso esse pedido inoportuno ocorra no Oriente, cabe ao Venerável Mestre dar diretamente a autorização.
No mais, cabe mencionar que não é de boa geometria, salvo se isso constar no Regulamento da sua Obediência, que alguém para pedir a palavra, mesmo que em caráter de urgência, deva antes ficar à Ordem para chamar atenção do Vigilante ou do Venerável.
Nesse caso, a maneira consagrada no Rito para pedir a palavra é a acima descrita. Além disso, para que alguém fique em pé durante os trabalhos, salvo quando o ritual assim determinar, é preciso antes ter obtido autorização.
Ao concluir devo mencionar que antes que alguém possa se utilizar do rançoso "onde isso está estrito", respondo antecipadamente que essa é uma maneira revestida de razoabilidade e que define a capacidade de se adequar regras e costumes a determinadas realidades. Isso se chama "bom senso", portanto, não precisa estar escrito. A propósito, um exemplo de atitude de bom senso é a prudência que utilizamos normalmente antes de se atravessar uma rua. Nada disso precisa "estar escrito".
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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