MAÇONARIA PARA NÃO MAÇONS
(Desconheço o autor)
Esclarecimentos àqueles que se interessam pela Ordem Maçônica, separando-a de tudo aquilo que falsamente lhe tem sido atribuído, mais das vezes com histórias fantásticas contadas por pessoas estranhas a Ordem, envolvendo-a em escândalos inventados, somando ideias que soam aos ouvidos dos incautos como sendo entidade antirreligiosa que pratica forma de atrocidades, etc. O nosso objetivo é proporcionar esclarecimentos para uma visão da origem e dos propósitos da Ordem sem necessidade de opiniões alheias, e se realmente é o caminho que tem procurado para realizar-se como homem cumpridor dos deveres para com Deus, Pátria e a Família.
Histórico – No 1º quartel do período medieval, os “Collegias Fabrorum” do Império Romano deram origem às associações de artífices de mesmas profissões, e na Alemanha, tais entidades foram denominadas de “GUILDAS” de operários. As associações guardavam os segredos das profissões, e o faziam de modo a serem confiados a poucos, após um demorado tempo de aprendizado. Na época, os trabalhadores, reunidos em associações ou Guildas, tinham seus serviços contratados para construção de palácios, catedrais, mausoléus, pontes, etc. Os maçons da idade lendária e medieval são tidos pelos historiadores como maçons operativos, designação oriunda do trabalho manual de muitos, enquanto o trabalho intelectual era privilégio de poucos.
O período moderno ou especulativo surgiu no século XVII, quando a construção de catedrais estava em declínio, o que levou muitas GUILDAS de talhadores de pedras a aceitar, como membros, pessoas de letras eruditas, que deram outro rumo à Maçonaria, tornando-a especulativa. Como não eram profissionais da arte da construção, foram rotulados de “maçons aceitos”.
Como resultado dessa evolução, teve início a MAÇONARIA, tal como é hoje. Em 1717, quatro Lojas Maçônicas, que se reuniam em Londres (Inglaterra), formaram a primeira Grande Loja do Mundo, a qual passou a credenciar outras Lojas e Grandes Lojas em muitos países.
O que é Maçonaria? – Resposta: um sistema peculiar de moralidade, velado em alegorias e ilustrado por símbolos. Não um sistema de crença ou fé, mas um sistema de moralidade. Ora, moralidade é um tema atual, onde o povo clama nas ruas pela volta da moral. Então a próxima pergunta tem de ser: O que é moral? Colocando numa linguagem não Maçônica, a resposta é que moral são os tijolos com os quais toda a vida humana é construída.
Historicamente, a Maçonaria se tornou proeminente na Grã Bretanha no começo do século XVIII numa época de grande falta de moral, desonestidade e vício. Nesse clima desfavorável surgiram Lojas de homens que se comprometeram em juramento solene que eles obedeceriam a lei moral, confiariam e ajudar-se-iam mutuamente e se tornariam mais disponíveis para servir ao mundo. Religião não foi considerada, apesar da crença e o respeito pela Bíblia Sagrada; e, naturalmente eles começavam e terminavam suas reuniões fazendo uma breve prece como faziam o Parlamento, Conselhos Municipais, Universidades e Escolas em qualquer lugar.
Aqueles primeiros Irmãos não recrutavam ou convertiam, eles apenas viviam de acordo com seus princípios e confiavam que uma opinião favorável preconcebida de sua instituição poderia incitar outros homens de mesma opinião a procurar se tornar membro.
Candidatos à Iniciação – Profano, assim é denominado em razão de ainda não ter encontrado a “luz”, ou seja, ingressado na Ordem.
Acreditar em Deus é uma qualificação essencial. A religião dos candidatos não interessa, a figura de sua construção pode ser diferente da Ordem, desde que seja construído com os mesmos materiais e de acordo com as mesmas regras – isto é o que a Maçonaria constantemente declara.
Tendo expressado sua crença em Deus, o candidato é então instruído como construir sobre esta fundação pela obediência às regras de moral e modelos (exemplos) encontrados no plano de trabalho – e aquelas regras de moral são as mesmas para todos os homens e todas as religiões.
Do ponto de vista administrativo, um Candidato à Iniciação maçônica deve: - Ser um homem livre (o desaparecimento da servidão não acarretou o desaparecimento dessa fórmula, mas ela assumiu um significado moral); - ter boa reputação - bons costumes. (Essa exigência leva à exclusão daqueles cuja vida privada e profissional não é exemplar, assim como dos sexualmente incomuns, cuja presença em uma sociedade fechada puramente masculina concebe-se como indesejável); - a Maçonaria exige a crença em Deus, o compromisso de se abster de quaisquer discussões religiosas ou políticas na Loja, assim como de frequentar as Obediências Irregulares; do ponto de vista físico, o Candidato deve ser do sexo masculino e sem doenças. Essa última exigência, que era compreensível entre os operativos, tende, em nossos dias, a desaparecer, exceção feita aos candidatos em que uma enfermidade os torne inaptos para a Maçonaria.
Além das condições acima, deverá o candidato satisfazer os seguintes requisitos: a) ter completado vinte e um anos de idade; b) residir por mais de um ano no Estado; c) achar-se em pleno gozo dos direitos civis; d) ter condição social e instrução suficiente para compreender e praticar os ensinamentos da Ordem; e) ter meios de subsistência honesta e suficiente para si e sua família; comportando, sem sacrifícios, os encargos pecuniários maçônicos.
Segredo – Mas diz o crítico, se é tão simples, por que o segredo? Por que não deixa que qualquer um participe? Isso nos leva a outro aspecto que faz a Maçonaria “especial”: Chama-se isso de “troca de experiência”. Não há outra maneira de se tornar Maçom senão pelo compartilhamento da experiência da cerimônia de Iniciação. Será manifestamente incorreto e injusto admitir em nossas cerimônias qualquer um que não tenha dividido aquela experiência – por esta razão o segredo. Os Maçons operativos guardavam os segredos de sua arte compartilhando palavras de passe e sinais. Nós fazemos o mesmo, mas as palavras e sinais não são os segredos, eles são as defesas da experiência compartilhada a qual é o real segredo da Maçonaria.
Não vemos boa razão porque o público (profano) não possa saber tudo isso, para que possa julgar por ele mesmo. Não devemos abrir as nossas sessões para não Maçons – isto poderia desbaratar o conceito de “troca de experiência”, mas deve ser, com certeza, uma boa coisa para o mundo saber o que é que nós pretendemos – e o que nós prometemos solenemente fazer. Certamente isto coloca um tremendo peso sobre nós e é certo que seja assim.
Concluindo – O que importa é a história que vivemos, e é ela que é utilizada como ponto de partida para o futuro. Esta é a PRIMEIRA PARTE. Procurem na sociedade profana as inteligências livres, os corações bem formados, os espíritos elevados, os homens justos, corretos e livres, de idade madura, com perfeito julgamento e moral rigorosa, preparados para a Luz maçônica.
Fugindo dos preconceitos e da vida fácil, seremos agradáveis para com nossos superiores, com os iguais e com os subalternos, que buscam uma vida nova e poderemos nos tornar elementos poderosos para a difusão dos princípios maçônicos.
Uma boa construção não tem somente de proteger e prover para aqueles que estão dentro das quatro paredes, também tem de ser boa para aqueles que estão fora.
A Maçonaria tem sido bem sucedida fazendo isso já por muitos séculos e não tem dúvida que, com lealdade e obediência à lei moral, continuaremos a crescer em vigor e importância através dos séculos. Se o mundo souber o quão sérias são as promessas, mesmo havendo desaprovação daqueles que são culpados de “conduta não maçônica”.
As promessas não param tão logo a Loja seja fechada, para sermos encarregados de praticar fora da Loja aquelas obrigações para que fomos ensinados, e provar ao mundo os efeitos felizes e benéficos de nossa antiga instituição. Afinal, ser maçom é buscar a Verdade, é lutar em prol da Liberdade, é querer tudo JUSTO E PERFEITO.
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