Em 20/04/2019 o Respeitável Irmão Antonio Sérgio Nogueira, Loja Dever e Humanidade, 860, REAA, GOB-PE, Oriente de Caruaru, Estado de Pernambuco, coloca a seguinte questão:
BASTÃO DO M. DE CERIMÔNIAS APOIADO NO CHÃO
Recentemente te fiz uma consulta e perguntei sobre o bastão do M. de Cerimônia se "Quando parado, na posição a rigor, principalmente, acompanhando o Orador na abertura do L∴L∴ se o bastão ficava apoiado no chão" o que você confirmou que sim. Em loja, houve uma discordância pelo atual M. de Cerimônia alegando que, "instrumento nenhum pode ser apoiado no chão". Ele argumentou que leu um livro do irmão Castellani da década de 70 e neste livro "falava" que instrumento nenhum poderia tocar ou ser apoiado no chão. Segundo o irmão da minha loja o livro se referia diretamente a ESPADA, porém, também dizia que, instrumento de trabalho usado em reuniões pelos nossos irmãos NÃO poderiam ser apoiados no chão. Por gentileza, nos esclareça.
OBS: Quando se refere à espada, ele comenta que "era comum" no passado o guarda Interno apoiar a espada nas pernas (quando sentado) e/ou a ponta da espada no chão (ainda sentado) e a testa do irmão apoiada no cabo da espada.
CONSIDERAÇÕES:
Munido do bastão, o Mestre de Cerimônias, simplesmente para não o arrastar no chão, empunha-o com a mão direita pela sua porção mediada tendo o antebraço respectivo à frente de tal modo que o instrumento, empunhado na vertical, não fique em contato com o piso durante o deslocamento. Parado, ele simplesmente mantém a mesma posição do braço, porém agora com a base descansando no chão.
Quanto ao que mencionava o saudoso e irretocável Irmão José Castellani, ele se referia à espada, pois aconteciam com ela verdadeiros absurdos, tipo esse mencionado na sua questão em que o portador da espada, estando sentado, apoiava a sua testa no cabo da mesma. Além da postura desmedida, pior ainda eram as justificativas que os “gajos” davam pela atitude tomada – é melhor nem comentar.
Sempre teremos os que discordam em nome do “eu aprendi assim”, “no meu tempo era assim”, “eu li não sei aonde”, etc.
De tudo, não dá para confundir o modo de se empunhar o bastão com o da espada. Ambos os objetos se destinam a ofícios diferentes, daí, segurar o bastão em descanso se faz apoiando a sua base no chão, já a espada quando não é utilizada, o seu titular geralmente a embainhada ou a deixa presa num dispositivo que fica fixado atrás do espaldar da cadeira.
Arrastar espadas, apoia-las no solo e outras firulas imaginativas mais, sobretudo em nome do não se sabe o quê, não condiz com os ditames da Sublime Instituição.
Essa estória de tudo junto e misturado não se enquadra na Maçonaria, assim, nessa questão, o titular que utiliza o bastão, ao estar parado e dele munido, descansa-o no solo. Espada, é outra coisa, não se apoia chão porque não é modo apropriado de trazê-la em descanso.
Notadamente, ainda imperam certas carcaças de dinossauro como a de “aterrar espadas” para descarregar energias, isso como fosse o titular da arma uma espécie de para-raios. Pior ainda é também querer transferir essa atividade absurda para o bastão – pobre do Mestre de Cerimônias.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br - 09/08/2019
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