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terça-feira, 17 de setembro de 2019

CÂMARA DE REFLEXÕES

CÂMARA DE REFLEXÕES
(republicação)

Em 12.01.2015 o Respeitável Irmão Valmir Pratas Guimarães, sem declinar o nome da Loja, REAA, GOB-MG, Oriente de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão: 
valmir.guimaraes@uol.com.br 

Quero fazer um trabalho sobre a origem da Câmara de Reflexões nos nossos trabalhos. Estou tentando entender quando, como e por que a Câmara de Reflexões entrou em nossos rituais?

Considerações: 

A Câmara opera uma reflexão naquele que dela faz uso. Daí o correto seria o título de “A Câmara de Reflexão”. 

O uso pelo protagonista da Câmara de Reflexão como recinto apropriado para meditação e contemplação por consciência do espírito sobre si mesmo em exame do seu próprio “eu interior” por meio do entendimento e da razão não é prática unânime em toda a Maçonaria, senão por ritos e costumes que dela se fazem valer como alegoria simbólica. 

Não confundir “Sala de Preparação do Candidato” com a Câmara de Reflexão comumente usada e conhecida no simbolismo do REAA∴, por exemplo. 

Esclarecendo: Sala de Preparação do Candidato, comumente usada pela Maçonaria Inglesa e Americana é o simples recinto de preparação daquele que passará pela cerimônia de Iniciação. 

Nelas não existem Câmaras de Reflexão, sobretudo com todo o simbolismo conhecido na Maçonaria latina. 

No REAA∴ a Câmara de Reflexão começaria a integrar o seu simbolismo no Século XIX, mais precisamente após o aparecimento em 1.804 do seu primeiro ritual simbólico na França. Na evolução dos rituais escoceses a partir daí, paulatinamente se condensaria uma forma de alegoria da transformação como ponto de partida do Iniciado, desde a sua morte para renascer na Luz como processo iniciático embasado nas Leis Naturais e a posterior mutação do aperfeiçoamento simbolizada pelo processo alquímico como sustentação doutrinária do Segundo Grau até a purificação do Mestre. 

Assim, os melhores dados para pesquisas autênticas nesse sentido serão encontrados a partir do início do século XIX nos verdadeiros rituais franceses do Rito em questão. Sugere-se também a acurada observação de que nem todos os Ritos possuem Câmara de Reflexão, destarte ainda que os que as possuem, nelas podem existir significativas diferenças simbólicas e alegóricas, tão próprias das suas minudências doutrinárias. 

No intuito de colaborar, segue um anexo com uma peça de arquitetura da minha lauda publicada na revista O Prumo em novembro/dezembro de 2.001 titulada como “Considerações sobre o Contato do Candidato com a Câmara de Reflexão”. 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.686 – Melbourne – terça-feira, 12 de maio de 2015

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