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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

DE UMA PARA OUTRA COLUNA

DE UMA PARA OUTRA COLUNA
(republicação)

Em 16.12.2014 o Respeitável Irmão Gercilene Rolim Formiga, Loja José Rodovalho de Alencar, 2.912, REAA, GOB-PB, Oriente de Cajazeiras, Estado da Paraíba, solicita o seguinte esclarecimento: 
gercileneformiga@hotmail.com 

De uma para outra Coluna: 

Baseando-se em sua resposta a questionamento anterior quanto à saudação – "Nesse particular o Ritual do GOB não mais prevê essa saudação que geralmente era identificada ao Delta toda vez que um Obreiro em circulação de uma para outra Coluna venha cruzar o Equador". Como então se requer e se obtêm permissão para se passar de uma coluna para outra? Desde já fico grato pela sua atenção, pois sou um interessado em ritualística.

Considerações: 

Pelo que me parece, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mudança de Coluna não possui nenhuma relação com saudação ao Delta nesse caso. O que pode existir relação é simplesmente o ato de ultrapassar (cruzar) o equador da Loja (eixo longitudinal) que é o limite divisório abstrato no Ocidente entre a Coluna do Norte e a Coluna do Sul. 

Como eu já havia anteriormente informado, nas Lojas do REAA pertencentes à constelação do Grande Oriente do Brasil o costume dessa saudação não está mais previsto. 

De qualquer modo, o que me chama a atenção é outro fato pertinente à questão acima: “passar de uma para outra Coluna”. Nesse particular a questão é a seguinte: quem passa de uma para outra Coluna e inclusive ingressa e se retira do Oriente são apenas os Oficiais que por dever de ofício (conforme exara o ritual) transitam durante uma sessão maçônica (seja ela ordinária ou magna), como por exemplo, o Mestre de Cerimônias, o Hospitaleiro, os Diáconos, os Expertos, etc. 

Isso implica que aleatoriamente não existe esse costume anacrônico de que qualquer Obreiro possa ou tenha o direito de deixar a sua Coluna e passar para a outra, salvo se o ritual assim determinar. 

A título de esclarecimento e para o bem da ritualística em geral, é oportuno salientar que também não existe o tal esdrúxulo costume de que alguém possa se posicionar entre Colunas, oportunidade em que não poderá ter a palavra caçada. Esse absurdo é pura e mera invenção e em qualquer hipótese deve ser severamente coibido. 

Diz o ritual “Desde agora a nenhum Irmão é permitido falar ou passar (o grifo é meu) de uma para outra Coluna sem obter permissão (...)”. Assim, essa permissão é dada apenas pelo Venerável, todavia ele geralmente não deve permitir essa prática ao ponto de torna-la corriqueira, podendo, se for o caso e ao seu juízo, sim retornar a Palavra para a Coluna na qual alguém pleiteie novamente usar a palavra (nesse caso obedecerá ao giro completo da mesma). 

Igualmente, isso nada tem a ver com o ato de que algum Irmão simplesmente possa sair da sua Coluna e passar para outra, ou mesmo se dirigir ao Oriente. Para que isso aconteça somente se o fato excepcionalmente, mas excepcionalmente mesmo seja necessário e, mesmo assim com autorização do Venerável que fará com que o Mestre de Cerimônias conduza quem porventura tenha solicitado. 

Em sendo a necessidade extraordinária e oriunda de uma das Colunas, o suplicante pede ao respectivo Vigilante que por sua vez solicita autorização ao Venerável. 

Cabe aqui um esclarecimento oportuno e necessário: infelizmente ainda existem práticas completamente equivocadas que alguns Irmãos insistem em desenterrar das catacumbas do anacronismo. É o caso daqueles que pensam ser correto mudar aleatoriamente de uma para outra Coluna ou mesmo ir até o Oriente com a presunçosa desculpa de se usar a palavra. Isso é um erro crasso na Maçonaria e o Venerável deve energicamente coibir sua prática independente de quem se “ache” no direito de usá-la. 

Caso haja necessidade premente para tanto, o Venerável fará voltar a Palavra, porém nunca autorizando alguém do Ocidente a mudar de Coluna ou mesmo se dirigir ao Oriente para fazer uso da palavra – ou para repeti-la, ou para nela algo acrescentar ou mesmo replicar. 

Finalizando, volto a salientar que em qualquer situação no Rito em questão e no GOB, ninguém ao passar de uma para outra Coluna faz qualquer saudação. Saudação em Loja (sempre pelo Sinal Penal) e conforme o ritual em vigência se faz ao Venerável quando da entrada ou saída do Oriente ou ao Venerável e aos Vigilantes quando do ingresso na Loja após a Marcha do Grau. Agora se no caso excepcionalmente vier ocorrer mudança de uma para outra Coluna, esta carece da autorização do Venerável e, se ela ocorrer, na transposição do eixo no GOB não existe mais nenhuma saudação – nem ao Delta e nem ao Venerável. 

E.T. – No REAA∴ o único Oficial em Loja que pode circular sem autorização, desde que para o cumprimento do seu ofício, é o Mestre de Cerimônias 

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com 
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.679 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 5 de maio de 2015

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