Em 01/04/2020 o Respeitável Irmão Elmo Nélio Moreira, Loja Itaúna Livre, REAA, GOMG (COMAB), Oriente de Itaúna, Estado de Minas Gerais, solicita esclarecimentos para o que segue:
TRANSFORMAÇÃO DE LOJA
Já trocamos e-mails outrora. Já o conheço e acompanho seus escritos há muito tempo e sei de suas qualidades. Por isso recorro ao Irmão. Novamente.
Na minha Loja Simbólica, eventualmente alteramos uma Sessão de Aprendiz para Sessão de Companheiro, alteração que denominamos convolação. Na Ordem do Dia os Aprendizes se retiram, o Orador é levado ao Livro da Lei para leitura do Salmo e alteração da posição do Esquadro/Compasso para o Grau 2. Nossa dúvida reside sobre o momento da troca do sinal, pois estamos à Ordem com o sinal de Aprendiz (gutural). Trocamos para o sinal cordial na leitura do Salmo ou quando o Orador alterar a posição do Esquadro/Compasso? Já vasculhei os escritos relativos ao GOMG, no que temos que seguir, mas nada encontrei a respeito. Até porque é do nosso conhecimento que essa alteração não deve ser costumeira, pois nem está prevista em nosso Ritual e nem no livro que detalha a ritualística para se cumprir o Ritual que utilizamos. Então, recorro ao Irmão para nos orientar com sua opinião, de acordo com os “usos e costumes” (na ausência de previsão em Ritual), ou de acordo com o funcionamento formal que seja de seu conhecimento. Sou Mestre Instalado na Loja Maçônica Itaúna Livre e coordeno nossa Escola Maçônica, a qual é responsável pelas Instruções a todos os Irmãos e preparação de Aprendizes e Companheiros para respectivos aumentos de salário. Pode nos ajudar?
CONSIDERAÇÕES:
Antes alguns comentários pertinentes:
O termo comumente utilizado na Maçonaria para a mudança de grau numa sessão é o de “transformação de Loja”. Para mim é novidade o emprego do verbo transitivo indireto “convolar” para essa prática. Outro aspecto é o de que instruções em Loja ocorrem no Tempo de Estudos, podendo, inclusive, ser aberta uma “sessão de instrução”, se o regulamento previr. Assim, não é apropriado ministrar instruções na Ordem do Dia. Cabe ressaltar que a Ordem do Dia é preenchida com assuntos previamente organizados e que carecem de votação. Por fim, alerto que a leitura do Livro da Lei no 2º Grau não se trata de Salmo, mas de versículos do Livro de Amós. Do mesmo modo no 3º Grau, onde se faz a leitura em Eclesiastes. O Salmo de Davi, embora na contramão do que prevê tradicionalmente no REAA[i], é previsto no 1º Grau.
No tocante à sua questão e o momento em que se “transforma” o Sinal do Grau, esta ocorre assim que o Esquadro e o Compasso fiquem dispostos sobre o Livro da Lei de acordo com o Grau que a Loja foi transformada. Geralmente, quando existe transformação de Loja, o Venerável Mestre, atento a liturgia, é que dá o comando. Por exemplo: à Ordem no 2º Grau!
Concluindo, cabe ainda uma última observação sobre procedimentos para aumento de salário e a Ordem do Dia. É bom que se diga que algumas Obediências tratam da apresentação do trabalho do grau e do questionário de avaliação durante a Ordem do Dia. Para tal existe uma explicação. É que dessa apresentação haverá votação para conceder ou não o aumento. Dessa forma, cabe essa matéria na Ordem do Dia, contundo há que se notar que isso não é mais instrução, mas avaliação de alguém que aspira mudança de grau. Geralmente, depois da apresentação, ainda na Ordem do Dia, a Loja é transformada no grau seguinte para a deliberação. Contudo reitera-se, isso não é período de instrução.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com.br
Fonte: pedro-juk.blogspot.com.br
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