A VISITAÇÃO MAÇÔNICA
Ir∴ Laurindo R. Gutierrez
Todo maçom tem direito a visitar qualquer Loja em qualquer lugar e circunstância, como está no 14º Landmark:
“O direito de todo maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja, é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito inerente que todo irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a consequência de encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência, da Família Maçônica Universal”.
Na primeira visita é a curiosidade que nos conduz; queremos saber como trabalham aqueles irmãos, será que conheceremos algum amigo naquela Oficina, poderei usar da palavra, como me comportar entre irmãos, nos perguntamos.
Tudo é uma incógnita em nossa primeira viagem a outra Loja.
No cristianismo primitivo, as “novas” eram transmitidas, justamente através da visitação. A visita é elemento necessário seja para a confraternização entre grupos, seja para a ampliação do conhecimento ou para criação e fortalecimento de novas amizades.
Os discípulos e mais tarde os Apóstolos percorriam todo o mundo, então conhecido, para o fortalecimento da Fé. Eles sabiam como identificar uma igreja, um irmão.
Sob o ponto de vista esotérico o visitante não comparece sozinho em uma visitação; junto a si está toda sua Loja incorporada espiritualmente. Ele conduz a força vibratória dos irmãos que o fizeram embaixador. Ao colocar o óbolo na Bolsa de Beneficência, estará não somente colocando a si próprio para a imantação de seu óbolo, mas também a imantação de seu grupo. Uma vez dentro do Templo o visitante, deve ser considerado como uma presença misticamente valiosa, como uma dádiva e uma benção.
Ainda hoje compêndios e livros, perdem-se nas digressões sobre o direito ou não de visitação. Esses são preceitos exclusivamente administrativos e bitolados. Alguns mestres tentam controlar a visitação por aprendizes, alegando que só acompanhado de um mestre isso é possível. Sempre aprendi mais em visitas a outras Lojas, do que na minha própria, haja vista que são ritos diferentes, irmãos que não conhecia, e modo diferente da ritualística ainda que fosse o rito de minha Loja.
A Maçonaria não pode isolar-se dentro dos Templos, simplesmente em trabalho exclusivo com os membros de seu quadro. Se assim agir, fenecerá e se autodestruirá. É preciso “outras luzes”, “outras forças” e “outros alimentos”.
Nota: Adaptação de “Visitação” - Rizzardo Da Camino
Nenhum comentário:
Postar um comentário