USO DA GRAVATA
(republicação)
Em 04/08/2016 o Respeitável Irmão José Ailton de Oliveira, Loja 7 de Setembro, nº 7, Grande Loja do Estado do Acre, sem mencionar o nome do Rito, Oriente de Rio Branco, Estado do Acre, formula a seguinte questão:
jose.ailton@torkms.com.br
Mais uma vez recorro aos conhecimentos do irmão para tirar uma pequena dúvida surgida em minha loja na última semana. Apesar de ser um assunto relativamente simples, acabou gerando um grande debate com relação ao uso da gravata comprida por Aprendizes e Companheiros Maçons. Pelo que pude observar a maioria de minha loja concorda que os aprendizes e companheiros deverão usar gravatas borboletas, porém, uma pequena parte entende que isso não passa de um excesso de formalidade, contando inclusive com a opinião de Mestre Instalado. Meu irmão, eu peço encarecidamente que me ajude esclarecer o assunto, visto que em razão de estar ocupando o cargo de 1° Vigilante estou agora dirigindo a loja em face de ausência do VM que se afastou definitivamente por motivos particulares.
CONSIDERAÇÕES:
É até mesmo hilário se pensar que uma gravata foi a causadora de um grande debate na Loja. Se não fosse trágico eu diria que seria cômico. Penso que isso é literalmente dar mais valor ao molho do que a carne.
Pelo que eu tenho percebido, os Regulamentos das Obediências têm orientado o uso dos trajes para as sessões maçônicas de acordo com o Rito praticado. Em se tratando do uso da gravata no Brasil o REAA, Brasileiro, York, Adonhiramita e Moderno ela é a comum conhecida, aquela do tipo tira de tecido, estreita e longa, usada em volta do pescoço e amarrada em nó ou laço na parte da frente. O que pode variar nesses Ritos é a cor da gravata. Já para o Rito Schröder, é comum o uso da gravata borboleta. Entretanto, há que se considerar primeiro o que está previsto no regulamento da Obediência, pois isso não é uma regra mundial.
Não sei, sinceramente, no que o uso de um traje possa causar tanto debate em Loja, até porque o verdadeiro traje de um maçom é o Avental. Nunca é demais lembrar que o elemento perfectível, isto é, passível de aprimoramento na Maçonaria é o Homem, não a sua roupa, muito embora, como latinos por natureza, infelizmente a roupa tem sido tema para discussão em sessões ritualísticas maçônicas. Nunca é demais lembrar que também é comum entre nós o uso do balandrau negro nas sessões econômicas (ordinárias) e nele não há gravata.
Nesse sentido, no que diz respeito especificamente ao tipo de gravata a ser usada, eu sugiro a verificação pelo Orador da Loja (que é o Guarda da Lei) sobre o que prevê o Regulamento da vossa Grande Loja em relação a ela e o Rito praticado.
T.F.A.
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JBNews – Informativo nr. 2.188 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 28 de setembro de 2016
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