Pobres Cavaleiros de Cristo, cuja missão era proteger os cristãos peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro, à época das Cruzadas, e que, tendo enriquecido excessivamente, suscitou a cobiça dos reis e do alto clero.Tendo nascido em Besançon, na Borgonha (França), por volta de 1244, de uma família nobre - pouco se sabendo de sua infância e adolescência -, Jacques DeMolayentrou para a Ordem do Templo por volta de 1265, aos 21 anos de idade, sendo forjado nos moldes da cavalaria e instruído por uma rigorosa filosofia sócio-econômica que dominava na época do feudalismo, seguindo, depois, para a Palestina, onde se distinguiu nos campos de batalha contra os infiéis. Era Grão-Mestre da Ordem do Templo, à época em que Jacques DeMolay nela teve ingresso, o templário Thomas Berard. No ano de 1298 Jacques DeMolay assumiu o cargo de Grão-Mestre dos Templários - denominação dada aos cavaleiros da Ordem do Templo -, fazendo com que seu nome fosse escrito e pronunciado por historiadores do mundo inteiro, após a morte de seu antecessor Teobaldo Gaudini, tendo, para tanto, sido eleito por unanimidade, embora ausente da Terra Santa. Quando se preparava para reparar os danos sofridos pelos cristãos no Oriente, DeMolay foi chamado à França pelo Papa Clemente V, que pretextou o desejo em que estava de estabelecer uma aliança entre Templários e Hospitalários - Ordem estabelecida em Jerusalém, em 1099, depois da tomada da cidade pelos Cruzados, que tinha por finalidade hospedar os peregrinos cristãos e cuidar de suas necessidades e doenças -, que de há muito rivalizavam e se desentendiam. Essas duas Ordens formavam uma grande potência econômica, sendo que a Ordem dos Templários possuia várias propriedades e outros tipos de riqueza, doados pelos que um dia haviam recebido sua ajuda Templários em várias cruzadas pela Europa. Frustado o intento de juntar as duas ordens e se transformar em líder absoluto, Felipe "O Belo", rei da França, de quem Jacques DeMolay era amigo e padrinho de um de seus filhos ( Delfim Carlos, que mais tarde se chamaria Carlos IV "rei da França ), movido pela ganância, arma um plano para acabar com a Ordem dos Templários, usando um nobre francês de nome Esquin de Floyran, o qual teria como missão denegrir a imagem dos templários e de seu Grão-Mestre Jacques DeMolay. Como recompensa Esquin de Floyran receberia terras pertencentes aos Templários, evidentemente só receberia depois da queda da Ordem dos Templários. Em 1307, Jacques DeMolay foi a Paris para o funeral de uma Princesa da casa Real Francesa e a noite foi repousar em um castelo de propriedade dos Templários que ficava mais perto do castelo do rei Felipe, em companhia de poucos homens que, em sua maioria, eram nobres. Posto em ação o infame plano do rei de França, Jacques DeMolay é preso na madrugada de 12 para 13 de outubro pelo chefe da guarda real Guilherme de Nogaret que era também um de seus Conselheiros, sob a acusação dos crimes mais odiosos. Submetido a tortura, Jacques DeMolay fez algumas declarações desfavoráveis à Ordem do Templo, retratando-as posteriormente. Por esse motivo, e sob a acusação de relapso, foi condenado a ser queimado vivo, juntamente com Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, e outros dignitários da Ordem que o acompanharam na retratação. Jacques DeMolay declarara que as heresias e os crimes imputados à Ordem eram falsos, que a regra do Templo era santa, justa e católica, mas por ter cedido em outros tempos ao receio dos tormentos e às carícias do papa e do rei, fazendo confissões inverídicas, considerava-se digno de morte, oferecendo-se por isto a suportá-la com paciência. DeMolay foi julgado três vezes e torturado várias vezes para que dissesse que era Herege e que a ordem dos Templários cometia várias heresias. Em 18 de março de 1314, uma comissão nomeada pelo Papa Clemente V (inquisição), julgou Jacques DeMolay pela última vez, que, aos 70 anos de idade, foi condenando a morte. Jacques De Molay e os demais dignitários da Ordem do Templo que o acompanharam foram queimados vivosneste mesmo dia 18 de março de 1314, numa ilhota do Sena, chamada "Île de la Cité". É bem possível que os Templários, que se tinham transformado em banqueiros, inclusive dos papas e dos reis, se deixassem levar a certas desordens morais, pecando principalmente por orgulho e intemperança, mas o seu crime principal parece ter sido a inquietação em que as suas riquezas e o seu poderio militar mantinham os reis, que poderiam facilmente combater, visto possuírem um exército de 20.000 cavaleiros. Porém, as suas imensas riquezas excitavam os monarcas famélicos e rapinantes como Felipe, o Belo, sempre necessitado de dinheiro.
Jacques DeMolay durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando os descendentes do Rei da França, Filipe "O belo". O primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo em seguida o Chefe da guarda e conselheiro real Guilherme de Nogaret e no dia 27 de novembro de 1314 morre o rei Filipe aos 46 anos de idade.
Fonte: http://blogoaprendiz.blogspot.com
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