A MORAL MAÇÔNICA
Ir∴ Ricardo Martinez
A Moral está na base da Maçonaria, em sua origem, em sua história, em suas leis e em todo o seu desenvolvimento. É a razão de ser e o principal objetivo da Instituição milenar que, sem ela, não se poderia manter. Esse objetivo é assinalado no art. 1º da primeira Constituição Maçônica de 1721 (publicada em 1723) em Londres, que já estabelecia: “Um Maçom é obrigado, por sua condição, a obedecer à Lei Moral”, ou seja, ficou estabelecido que a moral fosse requisito essencial na vida de um maçom, pois o mesmo deve ter a sua moral ilibada e consagrar esse requisito para toda sua vida. Assim, a Moral Maçônica, que é imutável, também é uma moral solidária (que tem responsabilidade recíproca).
A Moral Maçônica não é a mesma moral profana, porque os princípios morais para os membros da ARTE REAL não traduz o comportamento comum da sociedade, pois adota uma atitude espiritualizada, ou seja, o comportamento maçônico cultiva a fraternidade, o amor, a tolerância e o mútuo respeito. Os ensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicarem a felicidade de seus semelhantes, não somente pela razão e pela moral que lhes impõem tal dever, mas também porque esses sentimentos de solidariedade os fazem irmãos.
A Maçonaria exige de seus filiados, entre outras exigências, boa reputação social e moral. É intolerável que o maçom, uma vez vencido em suas pretensões, faça uso de palavras ou de gestos para denegrir aqueles que deles divergem, desprestigiando ou ofendendo a honra ou o caráter daqueles de quem divergem.
Esse é um comportamento mesquinho e sórdido que afeta a Moralidade Maçônica.
Aliás, não se justificam o inconformismo e a insatisfação como elementos de represálias ou de intolerância contra seus opositores. A liturgia espiritualista da Maçonaria não doutrina isso nem produz esse tipo de energia negativa. O ressentimento, o ciúme e o ódio são vícios que devem ser varridos dos templos maçônicos, para que não venham produzir resultados prejudiciais à Maçonaria Universal e nem a humanidade em geral.
A deslealdade, a falsidade e a hipocrisia que já são comportamentos indesejáveis entre os profanos devem ser evitados pelo Maçom, que deve pautar seu comportamento na lealdade, na fraternidade e no sigilo. A verdade entre maçons, como já dizia o velho sábio Mahatma Gandhi, deve ser “dura”... E Gandhi disse mais: “Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo”.
O filósofo e matemático francês René Descartes, nascido em 1596, ilustre maçom e pai da matemática, dedicou grande parte da sua obra às questões relacionadas com a moralidade. Em sua obra “O Tratado das Paixões” deduz que é no livre-arbítrio que o homem poderá buscar a educação do intelecto, capaz de livrálo do vício. Afirma que o “erro moral” é precedido pela falta de sabedoria. Para ele a utilidade da moral consiste em governar o desejo sobre o nosso modo de agir.
Na opinião do autor maçom Raimundo Rodrigues: “Moral é a parte da filosofia que trata dos costumes ou deveres do homem para com os seus semelhantes e para consigo mesmo”. A moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da nossa Essência.
Para refletirmos sobre o significado de fazermos parte da Ordem.
Fonte: https://www.facebook.com
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