Em 18.04.2023 o Respeitável Irmão, Celso Mendes de Oliveira Junior, Loja Pioneiros de Mauá, 2000, REAA, GOB-RJ, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte.
TRANSFORMAÇÃO DE LOJA
Conforme preconiza a tradição, a transformação da Loja deve seguir a ordem prevista nos rituais, a saber, a passagem de graus deve ocorrer na sequência de Aprendiz para Companheiro e de Companheiro para Mestre. Além disso, o encerramento definitivo dos trabalhos deve ocorrer no mesmo grau em que foram abertos pela primeira vez.
Contudo, levanto a seguinte indagação: em circunstâncias excepcionais nas quais não haja Aprendizes e Companheiros presentes, seria possível iniciar os trabalhos em grau de Mestre e, em seguida, realizar a transformação da Loja em Companheiro e depois em Aprendiz?
Em minha concepção, a transformação decrescente é uma possibilidade viável, desde que ocorra sem prejuízo ritualístico, e seja encerrada no grau de abertura dos trabalhos. Suponhamos que no momento da abertura da Loja não havia Aprendizes e/ou Companheiros, mas posteriormente comparecem alguns; seria possível realizar a transformação decrescente, desde que seja encerrada no grau de Mestre, que foi o grau de abertura dos trabalhos.
Sendo assim, solicito a gentileza do amado Irmão em esclarecer essa questão, caso existam precedentes ou orientações específicas sobre o tema.
CONSIDERAÇÕES:
Transformar Loja de um grau mais alto para o mais baixo para tratar de assuntos pertinentes a graus mais baixos me parece redundância, pois os graus mais altos comportam perfeitamente o trato de assuntos de graus mais baixos. Isso quer dizer que não é necessária transformação de Loja para essa finalidade.
Caso isso ocorresse, certamente que seria algo contrário ao progresso e ao bom desenvolvimento dos trabalhos. Só para ilustrar, seria o mesmo que transitar no sentido anti-horário ao passar de uma para outra coluna.
Veja, se a sessão foi aberta no 3º grau ou no 2º grau é porque a Loja está seguindo o seu calendário aprovado. Naturalmente que nesse caso não se farão presentes Irmãos cujo grau os impeça de participar dos trabalhos.
No tocante à possibilidade de aparecerem Irmãos visitantes atrasados em uma Loja que foi inicialmente aberta em grau superior ao que eles possuem, simplesmente os mesmos não serão admitidos, pois não faz sentido transformar a Loja só para acomodar uma situação de Irmãos que comparecem à Loja depois do início dos trabalhos. Realmente, isso é algo fora de cogitação.
Nesse sentido, foi para que se evitem atitudes desnecessárias e contraproducentes que as transformações de Lojas estão ordenadas e previstas nos rituais sempre do grau mais baixo para o mais alto, retornando em seguida, após ter atendido a necessidade que a levou à transformação, a retomar os trabalhos no grau em que ela fora inicialmente aberta.
No caso do REAA, que é o mencionado na questão, para a transformação de Aprendiz a Companheiro, sua a ritualística de transformação se encontra no ritual do 2º Grau. Para se transformar de Companheiro para Mestre, a ritualística de transformação encontra-se no ritual do 3º Grau. O mesmo ocorre no sentido contrário para o retorno ao grau inicial em que a Loja foi aberta.
Ao concluir, é bom que se diga que há ritos, a exemplo do York, que não possuem transformação de Loja. No York abre-se sucessivamente a Loja a partir do Aprendiz até o Grau que a Loja irá trabalhar. No encerramento é a mesma coisa. A Loja é sucessivamente fechada até o grau de Aprendiz.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
jukirm@hotmail.com
Fonte: http://pedro-juk.blogspot.com.br
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