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PERGUNTAS & RESPOSTAS

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terça-feira, 10 de março de 2020

ORAÇÃO E LUZ AZUL NO ÁTRIO

ORAÇÃO E LUZ AZUL NO ÁTRIO 
(republicação)

Em 02/10/2015 o Respeitável Irmão José Pereira de Souza Filho, Deputado Federal da Loja Liberdade e Glória, nº 4.033, REAA, GOB, Oriente de Glória, Estado da Bahia, apresenta a questão que segue solicitando com urgência esclarecimento. pereirasf@hotmail.com

O nosso Venerável Mestre viu em uma Loja da Grande Loja que no átrio se apaga a luz para se fazer a oração de entrada. Ele (o Venerável) implantou na nossa Loja a mesma pratica e mais, acrescentou uma Luz AZUL. Meu irmão, eu tenho 23 anos de Maçonaria e nunca vi essa pratica. Me corrija, isso existe? É PERMITIDO APAGAR AS LUZES DO ÁTRIO E ASCENDER UMA LUZ AZUL? E DEPOIS FAZER UMA ORAÇÃO DE ENTRADA?

CONSIDERAÇÕES:

Lamentavelmente ainda existem esses procedimentos esdrúxulos e anacrônicos que desrespeitam completamente o Ritual legalmente aprovado e em vigência.

Parece-me que esse Venerável está trocando os pés pelas mãos ao inserir procedimentos inexistentes, tanto sob o ponto de vista legal como sob o ponto de vista das tradições, usos e costumes do Rito Escocês Antigo e Aceito. 

No escocesismo simbólico não existem orações, preces, apagar de luzes no Átrio, muito menos instalação de luzes azuis para essas práticas inventivas. 

Se esse Venerável viu procedimentos desse quilate em outra Obediência, ele que entenda que a sua Loja pertence ao GOB, em cujos rituais não estão previstas nenhuma dessas práticas, inclusive de que o próprio ritual alerta para a proibição de inserção de cerimônias que nele não estejam previstas, constituindo-se em delito maçônico que será aplicado sobre o autor dessa desrespeitosa desobediência às Leis do GOB. 

Sou da opinião de que se houver insistência dessa prática por parte de quem seja o Orador deve tomar as providências como Guarda da Lei e, em sendo ele omisso, também responderá junto com o autor delituoso por denúncia feita diretamente ao Ministério Público Maçônico por um Mestre Maçom regular da Loja. 

Sem dúvida é preciso que se acabe com essas atitudes autoritárias que, nesse caso, querem implantar práticas alienígenas ao Rito, talvez só por “achar” bonito. Não vivemos em uma Maçonaria do faz de conta. 

Penso que alguém poderia lembrar a esse Venerável o dia da sua Instalação quando ele se comprometeu ao receber a Carta Constitutiva da Loja a conservá-la imutável e respeitosa às Leis do GOB∴, isso para não se falar do juramento iniciático. 

Outra lembrança que caberia ao Venerável inventor e que acha bonito é a de esclarecer que o seu cargo é transitório e não o torna proprietário da Loja. Penso que para os defensores dessas invencionices caberia um pouco de estudo em fonte de água limpa para que talvez assim pudessem compreender que Maçonaria não é religião nem palco de proselitismo de credos pessoais. 

Finalizando: não são permitidas orações, preces nem o apagar de luzes no Átrio da Loja no REAA∴. Muito menos ainda a colocação de lâmpadas que emanam lúmens de matiz azulada em nome dessa invenção cerimoniosa. Quem insistir nessa prática no mínimo comete delito maçônico e assim, como exara o próprio Ritual, será fielmente tratado. 

Não cabe aqui nenhuma crítica sobre procedimentos, sejam eles certos ou não sob o ponto de vista da tradição e costume, adotados por outras Obediências.

T.F.A. 
PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.833 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 7 de outubro de 2015

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